· Andrew narrando ·
Eu sei que cada pessoa tem um propósito aqui, como eu que me dedico ao laboratório, existem certas pessoas que são boas em invadir grandes empresas, hackers, isso ajudou bastante a investigar mais sobre a "experiência" com os mutantes capturados no ataque, Erik, Shou, entre outros.
Descobrimos como funciona, o que usam, onde fica ainda é um mistério, mas tenho certeza que descobrirão em breve. As coisas progrediram bem por aqui, tenho tido treinamentos, minhas adagas se tornam mais cortantes a cada dia. Meu pai sempre ocupado, Janet uma cópia dele. Muitos duvidam sobre o destino da resistência, pensam que logo todos seremos dominados, mas eu acredito que temos capacidade o suficiente para trazer os 11 de volta para casa. A confiança costumava a ser reluzente.
Nesse ponto, eu e Floyd já havíamos feito amizade. As vezes ele me passava grandes projetos pra fazer, por enquanto eu apenas recebia ordens, mas ele me dava bastante dicas importantes também. Por hora, eu não tinha muita coisa para fazer. Janet tem dado mais treinos pra Amberly, meu pai sempre pegava no pé de ambas, mas Amberly sempre recusava o treinamento. Ela perdeu o tempo certo para treinar, já que agora sua barriga começaria a crescer, eu avisei, mas ela não deu ouvidos mesmo assim.
Meu pai foi criado maior parte de sua vida aqui, sabe todos os esconderijos, portas secretas, salas secretas, talvez ele quer que sejamos igual a ele, coisa que nunca poderíamos fazer em 4 meses, quase 4 meses. Já era Abril, Abril de 2013, ano que vem tem a Copa do mundo. Sempre gostei da Copa, dessa vez seria no Brasil, sempre conto os anos pras próximas Copas. Não jogo futebol, mas gosto de assistir, acho que o jogo em si é bastante estratégico, como um xadrez, mas com bolas e mais jogadores.
Estava na sala de reuniões com Janet, Wes e Amberly, é a primeira vez em 1 mês que ela topa fazer algo. Janet estava pensando em algo em um canto, enquanto Wes e eu conversávamos, Janet e Amberly trocavam olhares, não muito agradáveis.
─ Temos que pensar no futuro ─ Janet dizia procurando uma ideia vinda de nós. ─ Virá um médico para cá, um médico de Charlotte na Carolina do Norte ─ lembrei de algumas aulas sobre o nosso país. Charlotte era uma das maiores cidades da Carolina do Norte, mas não era a capital do estado, e também era uma das principais cidades e centro comercial da Carolina do Norte. Essa parte final eu tive que decorar para uma prova, então grudou na mente. ─ Nunca tivemos um médico antes e agora, nesse caos, virá um. E adivinha o motivo? A princesa da Amberly é o motivo. ─ Ela soltava uma risada que perfurava nossos ouvidos. Não era uma risada comum, mas sim de vergonha.
─ De nada ─ Amberly soltou um sorriso falso devolvendo a risada.
"Escrota" era o que Amberly quase dizia em voz alta, eu sentia isso. Janet também ouviu, porém preferiu não causar nenhum conflito. Enquanto isso, virou de costas para nós para mexer em uns computadores no fundo da sala.
─ Eu falei pro teu pai te segurar enquanto podia, ele recusou e agora você ta grávida de um marmanjo qualquer. Viva a família VanCite. ─ aquelas palavras me ofenderam tanto quanto Amberly, mas, diferentemente dela, eu soube me controlar. Nesse pequeno período de tempo que pensava em suas palavras, Amberly já estava de pé tentando proteger o seu ego ferido.
─ E você acha que é culpa minha? Eu nem queria estar aqui pra começo de conversa. Estaria muito bem se voltasse pro lixo que seu amado Trent, vulgo meu pai, me largou. ─ Ela pode não ter falado muito, mas não deixou de deixar Janet uma fera. Amberly tá usando de tudo para se sentir superior a Janet, até inventando mentiras. Quando pude ver, Janet já havia levado Amberly para fora da sala de reuniões usando a força.
Eu e Wes nos encaramos, sem argumentos. Parecia que os dois não faziam a menor ideia do que aconteceu. As paredes são a prova de som, não dava pra escutar do lado de fora como também não dava para ouvir nada do que dizemos do lado de dentro. A curiosidade era grande, víamos um pouco pelo pequeno vidro da porta, uma pena que elas não estavam dentro do nosso campo de visão. O clima já estava ficando estranho, porém decidi esperar pelas duas. Pelo visto, o papo sobre o médico já perdeu a graça.
· Amberly narrando ·
─ Me solta! ─ Janet segurava meu braço como se eu fosse uma criança. ─ Você quer que eu te agradeça? ─ ela virou de frente para mim. ─ Ta aqui o seu agradecimento. ─ tentei dar um soco nela, como sempre fiz, mas ela era rápida demais pra mim. Sempre achei que conseguiria me proteger de tudo, Janet me provou o contrário. Ela logo segurou meu braço novamente e me empurrou de costas para a parede ainda me segurando por trás e imobilizando meu corpo. Seu corpo estava colado no meu, seu rosto mais perto ainda. Comecei a suar frio, temendo o que aconteceria em seguida.
─ Como você acha que o governo parou de te procurar? Amberly, eu fiz o máximo que consegui para te esquecerem, mas não foi o bastante. Eu e seu pai quem manteve você e seu ridículo namoradinho em segurança por tanto tempo. ─ Comecei a implorar para que me soltasse, mas ela não deu ouvidos. Ela não poderia ter todo esse poder, fazer os outros esquecerem de alguém como eu, aquilo era assustador.
─ Eu não entendo seu ódio contra mim. Eu não entendo o porquê que você é assim, ranzinza, apenas comigo. ─ Me livrei de sua imobilização e corri para o outro lado do corredor ─ Todo mundo me menospreza nessa merda, por que você não entende? Eu não quero saber de poderes ou qualquer coisa que vocês fazem aqui, eu só quero ir... ─ Antes que pudesse terminar a frase, Janet me empurrou sem muita força contra a parede, como se ela não quisesse me machucar. Dessa vez eu pude olha-la da cabeça aos pés, sem estar imobilizada de costas. Notei minha respiração falhar quando chegava mais perto de mim. Seu olhar frio e decidido causava isso. Na minha cabeça isso era ridículo, além do mais ela só me empurrou, porém tinha algo a mais que eu não conseguia ignorar.
Ela foi aproximando aos poucos, nesse momento eu nem tentava fugir mais, meu corpo foi sendo levado pela sua velocidade, sem muita pressa. Poucos segundos depois seus lábios já estavam colados um ao outro, coisa que eu realmente não estava esperando vindo dela.
Nos primeiros segundos vários pensamentos vieram à minha cabeça. Por que ela fez isso? Por que estava em choque? Eu não sei, algo me diz que isso ainda é errado. Eu ainda precisava voltar pro Zayne de um jeito ou de outro, não posso simplesmente ignorar sua existência. Janet logo deu um passinho para trás, sem mudar a expressão em seu rosto sempre permanente. Parecia como se aquilo não fosse nada além de trocar saliva.
─ Por que está fazendo isso? ─ perguntava. ─ E se nos descobrirem? Estamos mortas... ─ ela me interrompia com um simples comando, levantando o dedo indicador sobre a boca. Meus lábios tremiam, sua altura me assustava, me sentia presa, mas não queria sair dali.
─ Porque é o melhor jeito de te deixar quieta ─ ela saiu de cima de mim, me dando ar para respirar. Foi um alivio quando meu corpo voltou para a temperatura ambiente. ─ Você vai voltar a ter treinos, a comando de Trent. E não, eu nunca tive um caso com seu pai. ─ Entramos de volta para a sala, onde tudo começou, e onde Andrew e Wes nos olhavam confusos.
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I Think We're Alone Now - Temporada 1 (CONCLUÍDA)
ActionPRIMEIRA TEMPORADA DA SÉRIE I Think We're Alone Now PLÁGIO É CRIME! Inspiração: Manto e Adaga (2018) e The Gifted (2017) No ano de 2013, Amberly VanCite, uma garota que acaba de fazer 18 anos, se vê numa situação precária, dependendo do furto para s...