· Andrew narrando ·
Depois de 1 meses desde que nosso pai quase colocou a gente pra fora, Amberly quase nem saía do quarto direito. Comecei a me preocupar a cada dia mais com ela, e ela sabia disso. Ambos de nós tivemos que tomar remédios, principalmente vitamina D, por causa do nosso isolamento. Amberly também tinha emagrecido, e ela já era muito magra quando chegamos. Mas tudo que ela colocava pra dentro, ela vomitava logo em seguida, e seria assim até os próximos meses.
Eu normalmente passava meu tempo treinando no mesmo lugar de sempre. Como recompensa pelo meu esforço, minha mira melhorou e agora pelo menos conseguia me defender. Janet me indicou tentar controlar a adaga depois de joga-la, como se manipulasse ela, seria mais fácil de acertar meus alvos. No inicio foi difícil, mas logo consegui controlar com mais facilidade. Parecia com matemática, confusa no inicio, mas na hora da prova você começa a entender, e essa prova seria uma batalha.
A uns dois dias, meu pai e seu batalhão, uns garotos bem treinados, trouxeram o resto de uma comunidade mutante ataca pelos Purificadores. Purificadores são as pessoas que precisam assassinar mutantes para um mundo melhor, e o governo está pouco se fudendo pras mortes. Tenho saudade dos X-Men, quando tudo era pacifico, mas depois de seu fim, a morte de Jean Grey, tudo voltou ao mesmo caos de antes. O que importa é que alguém teria que levar o resto dessa comunidade para uma base da resistência em Atlanta e outra em Nova Jersey. Eu me voluntariei e agora vou ter que viajar por 1.370 quilômetros, ou seja, umas 15 horas de viajem com parada na ida com desconhecidos, olha que maravilha. Tinha medo de deixar Amberly sozinha, mesmo tendo a promessa de Janet que cuidaria dela, mas ainda continuava me perguntando como seria sem mim.
─ Andrew, pode vir comigo? ─ meu pai perguntou, soando sério, enquanto eu treinava pensativo.
─ Claro. ─ apaguei a adaga e o segui, que ia andando do subsolo até a superfície novamente.
─ Quero que tome cuidado quando for para Atlanta, o caminho é longo. Você provavelmente terá problemas no caminho. Cuide-se. Se eu perder você eu terei que lidar com sua irmã sozinho. ─ dizia, soando preocupado, mas tentando justificar com Amberly.
─ Ela ficará bem. Não precisa de você a vigiando, e Janet estará me ajudando.
─ Janet ficará fora por um tempo. Ela também tem seus assuntos pra resolver. ─ agora sim eu comecei a me preocupar. Será que eu deveria mesmo ir? Me perguntei várias vezes. Ela não havia me contado que ficaria fora assim, do nada, deveria ter me dito.
─ Se eu voltar e ela não estiver do mesmo jeito que agora, você vai se arrepender de ter nos aceitado aqui. ─ ameacei. Logo ele me deu um leve empurrão, mas me fez encostar as costas contra a parede, e segurou minha camiseta.
─ Olha o modo que fala comigo, garoto. Pode ser meu filho, mas quem manda aqui sou eu. ─ dizia raivoso.
Fomos até o salão principal, onde os refugiados estavam, reuni todos e fomos à garagem, onde eu pegaria o carro para irmos. Meu pai me ajudou com dinheiro para combustível e pedágio, iria ser uma viagem em tanto. Eram 4 caras e duas meninas, o carro cabia 7 pessoas então dava direitinho. Depois que pegamos comida e cobertores, pra caso ficasse frio, eu fui direto para o quarto onde Amberly estava. Não queria me despedir agora, mas também não queria que ela visse que eu fui embora sem dar tchau.
Ela estava se olhando no espelho quando entrei. Tomou um susto quando abri a porta e deu um pulinho enquanto se virava para trás, soltando um palavrão.
─ Caralho, que susto do porra. Vai se fuder. ─ se estressava.
─ Preferia que eu fosse embora sem me despedir, então? ─ levantei uma sobrancelha, questionando-a.
─ Mais já? ─ se aproximou e me olhou nos olhos, quase tombando a cabeça pra trás por causa da diferença de altura. O jeito que agia se parecia como a de uma criança, e ela sabe disso. Uma criança cuidando de outra criança. ─ Queria ir com você.
─ É perigoso demais. E vê se sai desse quarto, pelo menos pra comer. ─ alertei. Ela concordou, balançando a cabeça, e dei um pequeno beijo no topo de sua cabeça. Quando saí, tentei me convencer que tudo ficaria bem, mas me preocupava com qualquer coisa de todo jeito. A cor do ambiente, paredes cinzas e sem graças, davam a impressão que não iria dar certo.
Peguei umas coisas minhas para levar junto, nada muito importante. Fui para a garagem, dar uma última checagem no carro antes de partir. Eu já sabia o nome de algum dos meus novos 'amigos', um deles era Ash, loiro e alto, uns 25 anos; uma das garotas se chamava Aubrey, cabelos castanhos, pele um pouco mais escura do que a minha e cabelo cacheado; não sei mais o nome do resto, mas com o tempo vou descobrindo.
Fiz todo mundo entrar no carro e então fomos. Eu nunca tinha dirigido com um mapa, não podíamos usar celular. Estava horrível de dirigir, errei as ruas varias vezes. Primeiro parei em Nova Jersey e deixei dois garotos la, Kyle e Micah, agora eu teria o longo caminho para Atlanta.
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I Think We're Alone Now - Temporada 1 (CONCLUÍDA)
AkcjaPRIMEIRA TEMPORADA DA SÉRIE I Think We're Alone Now PLÁGIO É CRIME! Inspiração: Manto e Adaga (2018) e The Gifted (2017) No ano de 2013, Amberly VanCite, uma garota que acaba de fazer 18 anos, se vê numa situação precária, dependendo do furto para s...