⚓ MARCO ⚓

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Acordo com o meu celular vibrando insistentemente, uma fresta da cortina deixava o sol forte passar e atingir a minha perna que pegava fogo de quente. Meu celular vibra novamente, o pego com toda a preguiça do mundo e vejo que é meu pai.

- Oi pai, bom dia. - Digo ainda sonolento, dormi tarde e estava exausto, tenho certeza que dormi muito pouco tempo e o fuso horário acabava comigo.

- Bom dia? Você quer dizer boa tarde né? Já viu as horas? Eu te liguei milhares de vezes, você acordou agora?- Demoro pra raciocinar todas as perguntas dele, eu demoro pra até pra pensar quando junto sono e cansaço. Vejo que horas são e me assusto quando vejo que são 15:30, é... parece eu não dormi tão pouco quanto imaginava não.

- Ontem eu dormi muito tarde estudando e mandando o restante dos e-mails para os diretores dos hospitais então na hora de dormir virei uma pedra, estava esgotado.- Falei me levantado e indo ao banheiro.

- Entendi, ainda temos tempo até a reunião, quer sair pra comer alguma coisa? Eu estou em uma padaria que também é lanchonete, te passo o endereço se for vir.

- Eu topo, me manda e em 20 minutos chego aí.- Digo e logo desligo. Recebo o endereço e vejo que tenho mensagens de Luan, Ellen e alguns colegas de faculdade perguntando como foi a viagem, deixo para responder no caminho para a padaria e aproveitei que estava no banheiro e fui tomar banho.

Terminei e fui me arrumar, não queria sair do quarto além do necessário mas como estou sem comer nada e eu não fico a melhor pessoa quando estou com fome, então só topei por quê era por comida.

Já arrumado, saio do quarto indo em direção ao elevador, como a padaria é a poucas quadras do hotel e não levaria 5 minutos de carro, então vou a pé. Assim que chego ao ponto de encontro com meu pai, o vejo em uma pequena mesa falando ao celular.

- Certo, então estamos combinado? - Ouço dizer assim que me sento a sua frente, ele levanta um dedo indicando pra eu esperar um pouco. Tenho a paciência dos anjos (é verdade, quer dizer, as vezes não né).

Ele finalmente desliga e diz que pediu café da tarde para nós dois, eu não como muita coisa pesada quando acordo tarde.

Assim que o pedido chega ele começa a falar:

- A reunião de hoje vai ser em um restaurante no Centro e está marcado para as 19:00, tudo referente a essa reunião é importante e se fecharmos contrato, nada nos impede de conseguir fechar outros também mas como a vida é uma bosta, vamos voltar pra casa com um ou dois nãos.- Diz tomando seu café com um croissant e alguns pãezinhos recheados, eu ouço tudo comendo um pedaço de torta de limão, alguns cookies de chocolate e um suco de laranja, irei aguentar até essa reunião e jantar.

Terminamos, conversamos um pouco e fomos para hotel nos arrumar. "As 18:30 em ponto eu venho te encontrar" ele disse antes de entrar no seu quarto. Assim que entro no meu, meu celular toca e vejo que é Ellen.

- Oi Ellen.

- Oi querido, como está tudo por aí?- diz com aquela voz calma que eu amava. Ellen sempre sempre foi paciênte e calma, até quando eu faria qualquer pessoa surtar. Ela é uma mulher muito bonita, até alguns anos atrás vivia com a filha mas a mesma se casou e foi morar em Washington com o marido, hoje Ella praticamente mora lá em casa.

- Está tudo bem, vamos ter uma reunião hoje à noite. Como está tudo por aí? A casa está em ordem?- Pergunto me sentando na mesa, ligando o notebook e vendo os novos e-mails.

- Está tudo bem, você saiu daqui ontem mas estou com saudades do meu menino, alguma novidade pra me contar?- Ela pergunta.

- Nenhuma, por que?- Pergunto.

Destino ou coincidência?Onde histórias criam vida. Descubra agora