"Somos iguais, feitos do mesmo pó"
Finalmente consegui sair no horário para buscar a Tupã, eu estou nervosa pois sei que quando ele chegar em casa, vai ser um novo começo, pelo menos provisório. O começo de uma adaptação.
No caminho, acertei a conta com o Hospital, liguei para os meus patrões e disse que amanhã não iria conseguir trabalhar pois houve um imprevisto. Digo que irei explicar melhor quando voltar, vou tirar minhas férias adiantadas.
- Boa tarde, em que posso ajudar?- Diz a recepcionista do hospital.
- Boa tarde. Eu vim buscar uma criança que está sendo tratada aqui.
- Ah sim, você é parente dela?- Pergunta mexendo no computador a sua frente.
- Não exatamente, eu encontrei a criança perdida e a trouxe para cá. Mas eu fui autorizada por assistente sociais a levá-lo para casa.
- Entendi. É importante que você tenha todos os cuidados necessários com a criança, especialmente se ela estiver se recuperando de alguma doença ou lesão.
- Pode deixar, eu vou cuidar bem dele. Eu tenho alguns dias de folga no trabalho, então vou poder ficar em casa com ele.
- Ótimo. Antes de liberar a criança, vou precisar que você assine alguns documentos e receba algumas orientações sobre os cuidados que ela vai precisar.- Faço tudo e em alguns minutos já terminei, realmente era muita coisa.
- Eu estou muito ansiosa para poder levar a criança para casa e fazer com que ele se sinta confortável e seguro.
- Entendo perfeitamente. Nós vamos providenciar as informações que você precisa e estamos à disposição caso tenha qualquer dúvida ou problema.- Diz simpática e diz para eu ir para o quarto com Tupã que o doutor irá falar comigo.
Assim que entro no quarto, Tupã está sentado na cama comendo uma barrinha de chocolate.
- Adivinha quem vai sair desse hospital hoje?- Ele se vira e corre para abraçar a minha cintura.
- E então pequeno, como você está? - Me abaixo na sua altura para conversarmos.
- Estou bem, mas estou com muita saudade da minha mãe. - Fala com os olhinhos brilhantes.
- Eu sei querido, mas estamos fazendo o máximo que podemos para acharmos a sua mãe, tudo isso é só questão de tempo, ok?- Ele assente.
Eu dou um abraço nele e o doutor chega.
- Olá doutor, como vai?- Pergunto apertando sua mão.
- Estou ótimo, hoje eu ganhei meu dia quando percebi que uma criança muito especial vai embora do hospital hoje.- Ele olha para Tupã que olha atentamente para o doutor, provavelmente sem entender nada do que ele diz.
- Então ele já está 100%? - Pergunto preocupada.
- Sim, já está muito melhor. Mas ele precisa de acompanhamento regular para garantir que a anemia não volte.- Diz e anota algo em sua prancheta.
- Perfeito. Equanto à alimentação? Ele tem uma restrição?
- Sim, é importante que ele siga uma dieta rica em ferro e vitaminas. Vou enviar junto com o kit de cuidados uma lista de alimentos que ele pode e não pode comer
- Entendi. E se eu tiver alguma dúvida ou precisar de ajuda, como devo proceder?
- Você pode entrar em contato comigo diretamente ou com nossa clínica sempre que precisar. Estamos aqui para ajudar e garantir que o menino receba os cuidados necessários para sua recuperação completa.- Ele diz atencioso e preocupado.
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Destino ou coincidência?
FanfictionCamilly Gonzáles, uma mulher que enfrenta diversos desafios em sua vida. Ela presencia frequentemente o relacionamento abusivo do seu cunhado com a sua irmã, que a persegue e ameaça constantemente. Além disso, Camilly cuida de uma criança que encont...