Com 28 anos, posso dizer que já conquistei 90% de tudo que uma pessoa sonhou em conquistar quando criança ou adolescente e o fato de eu ter nascido em berço de ouro facilitou muito, não posso mentir.
Sou neurocirurgião, moro sozinho em uma casa gigantesca, tenho algumas casas espalhadas pelo mundo, tenho alguns carros na garagem, uma namorada gostosa pra exibir e recentemente CEO de uma empresa. Tenho pendências para acertar para ser um homem verdadeiramente feliz.
Paro o carro em frente a casa de Camilly, consegui o endereço dela com um funcionário de onde ela trabalha com a desculpa de que sou um parente distante e vim fazer uma surpresa pra ela. Ele ficou meio relate em me passar o endereço, mas mostrei algumas fotos nossas de quando ainda namoravamos para ele ter certeza que não sou um estranho.
E sim, tenho duas ou três fotos com ela de quando ainda namoravamos, guardo como uma joia preciosa.
Desco do carro toco a campainha da casa, que é bem grande por sinal.
Espero que ela não se incomode de me ver logo pela manhã.
Para meu azar, quem atende a porta a irmã de Camilly. Assim que ela abre e me vê, ela tenta fechar a porta de novo, mas eu não deixo.
- O que diabos você faz aqui?- diz baixo.
- Eu quero falar com a Camilly, chama ela por favor.- Respondo educadamente, mesmo que ela nunca tenha gostado de mim e não falte motivos para eu ser grosseiro com ela também.
- Que tal você sair e tomar alguma coisa?- olho pra ela sem entender nada e ela termina.
- Vai pra casa do caralho e vai tomar no cu.- Ela diz com os olhos em chamas e mostrando o dedo do meio.
- Eu não vim brigar, eu só quero falar com a Camilly.- Eu vim na paz, já fiz muito mal pra essa família.
- Ela não está, mesmo se tivesse, não iria falar com você. Depois de tudo que você fez, como tem a cara de pau de sequer mencionar o nome da minha irmã?
- Eu quero me retratar primeiro com a sua irmã, depois quero falar com você e o seus pais...- falo mas a voz calma da mãe de Camilly nos interrompe.
- O que está acontecendo minha filha?- ela fecha a cara assim que me vê.
- Nada de mais mãe, esse moleque já tá de saída não é?- Ela arregala os olhos pra mim.
- Sem problema, eu volto outra hora.- levanto as mãos em sinal de resistência.
- Avise pra eu te receber com muito carinho.- diz passando o polegar no pescoço, como se fosse arrancar meu pescoço se eu aparecer de novo.
Assim que dou um passo pra traz e me viro pra sair, esbarro em alguém, justamente em quem eu procurava.
- Mas que porra...
Com o choque dos nossos corpos, ela quase cai, mas eu consigo segurá-la antes que seu corpo beije o chão. A aperto forte, sentir seu corpo quente tão junto ao meu novamente é reconfortante e gostoso.
- Me solta, por favor.- ela diz de cabeça baixa, me empurrando de leve. Não quero soltá-la, o cheiro dela me faz voltar ao tempo em que eu era perdidamente louco pelo seu corpo, pelo seu carinho, pelas nossas noites de amor e todo o tempo de qualidade que eu passava com ela.
Ela me empurra mais forte, me fazendo sair do transe e soltá-la, percebendo seu pulso está enfaixado.
- Como soube onde eu moro?- diz cruzando os braços e com um olhar confuso, achei que ela surtaria e me expulsaria da porta dela a tiros.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Destino ou coincidência?
FanfictionCamilly Gonzáles, uma mulher que enfrenta diversos desafios em sua vida. Ela presencia frequentemente o relacionamento abusivo do seu cunhado com a sua irmã, que a persegue e ameaça constantemente. Além disso, Camilly cuida de uma criança que encont...