Eu já não via a hora de chegar no hotel e descansar, passar horas sentado e levantar só pra ir ao banheiro é uma merda. Já fazia 4 horas que embarcamos para a Flórida e ainda faltava longas 4 horas pela frente.
Meu pai estava conversando com o Sr. Gonzáles, que coincidentemente, estava indo para a Flórida a trabalho e algo sobre visitar as filhas. Eu estava com o notebook apoiado nas minhas pernas. Estávamos otimistas sobre os contratos que seriam fechados, tinha muitos investidores mas eu acreditava muito na empresa do meu pai e sei que não vamos voltar para o Brasil sem ao menos 3 contratos fechados.
Estudei pra cacete durante esses anos, trabalhei com meu pai durante 4 anos pra juntar dinheiro para entrar de cabeça na área que eu tanto estudei e com certeza irei passar na faculdade.
Ai vocês me dizem "filhinho de papai, só conseguiu trabalho por que foi o pai é empresário e é rico".
Alto lá, vamos por partes. Primeiro, eu trabalhei para ter o meu dinheiro, tenho meu apartamento (não, não moro com o meu pai, passo o dia na casa dele quando tenho oportunidade) com meu dinheiro e tenho um carro que saiu do meu bolso. 28 anos e sendo bancado pelo pai? Depois que consegui estabilizar a minha vida, eu não recebi nem um real vindo dele.
Faço algumas coisas no notebook e olho no relógio, vejo que só passou uma porcaria de hora, faltam mais 3 horas para chegar no solo americano. Resolvo descansar os olhos, assim o tempo vai passar voando. Piadinha interna, saibam que amo isso.
Guardei o notebook no suporte e coloquei onde ficam as bagagens de mão. Não costumo sair da cidade, muito menos do país então se torna algo pouco frequente.
Foi só inclinar um pouco a poltrona pra eu dormir. Acordei com o avião sacudindo de leve, turbulência é uma merda.
- Que bom que você acordou, você estava quase babando, ficaria estranho alguma comissária ver eu limpando baba de um homem desse tamanho. - Meu pai disse, claramente tirando uma da minha cara. - Aliás, falta alguns minutos para nós pousarmos.
Já em terra firme, caminhávamos para dentro do aeroporto rumo a saída, mas não cansado o suficiente, meu pai resolve se despedir de Gonzáles. O encontramos se virando em direção a saída e meu pai o chama.
Duas moças ruivas estão grudadas em cada lado dos seus braços, provavelmente as filhas de quem ele falou algumas vezes. Elas eram lindas mas uma me chamou a atenção. Não que era feia, mas sim por algo que me agradou meu interior, não entendi isso. Ela tinha o cabelo curtos quase no ombro, nariz coberto por algumas sardas bem fracas que iam um pouco para a bochecha. Disrfarcei mas logo senti seu olhar em mim, a olhei diretamente nos olhos - e que olhos- e ela virou o rosto rapidamente.
- E esse rapaz é Marco Cavinsck, futuramente um dos melhores delegados do Brasil. Não se surpreedam caso vejam ele em alguma capa de revista. - Disse o senhor Gonzáles. Puxa saco!
Soube os nomes das filhas do Sr. Puxa Saco.
Isabela e Camily.
Estava observando uma e assim que ela viu, fechei a cara e olhei pra qualquer ponto distante.
Enfim nos despedimos e fomos para o carro.
Pra fechar a noite com chave de ouro, o trânsito estava um saco. As luzes dos faróis e buzinas dos carros eram como um gatilho pra minha cabeça latejar. Vou pedir comida assim que chegar no quarto, comer e hibernar. Tem coisa melhor que isso?
- Está aéreo, o que houve? - Meu pai pergunta sentado no banco do carona.
- Impressão sua pai, só estou cansado. - Digo voltando a atenção para o trânsito lento. Estava pensando demais sobre o que aconteceu na minha vida, eu estava cansado e isso me fazia pensar em muitas coisas.
- As Gonzáles são muito bonitas, não acha? - Pergunta de repente.
- Por que a pergunta? - Pergunto variando entre ele e o trânsito que começava a fluir.
- Não sei, vi você reparando muito nelas, pensei que soubesse disfarçar.
- São bonitas, mais alguma pergunta? - Volto minha atenção para o trânsito que resolveu andar quase normalmente.
- Nenhuma.- Diz por fim.
Graças aos céus chegamos no hotel, fazemos o check-in e subimos para nossos quartos.
- Nós temos uma reunião amanhã só à noite. Pode tirar o dia pra descansar ou pra ir em algum lugar. - Meu pai diz indo abrir a porta do quarto.
- Certo, vou ter que resolver algumas coisas das provas da facul, então vou estar meio ocupado. - Respondo.
- Você vai pedir o serviço de quarto ou vai ir para algum restaurante? - Meu pai pergunta.
- Pretendo pedir.- Respondo já abrindo a porta e meu pai colocando as malas dentro do quarto dele.
- Certo, vou pedir também. Depois conversamos. Boa noite filho.
- Boa noite pai. - Entrei no quarto já indo em direção ao telefone para pedir o jantar. Fiz o pedido e pedi para que mandassem em 15 minutos, assim iria tomar meu banho e comer logo em seguida.
Fico como vim ao mundo e tomo um belo banho. Ponho uma bermuda e cabelos ruivos específicos me vem aleatoriamente a mente. Seja lá foi aquilo, eu meio que fiquei mexido, seja ou não atração, eu não tive motivos pra sentir isso já que nem se quer direcionei uma palavra pra ela. Não sou um adolescente que besta na primeira vez que vejo uma garota.
Saio dos meus pensamentos com batidas na porta, vou abrir já sabendo que é minha comida.
- Com licença senhor. - Entra e vai em direção a mesinha de quatro cadeiras que tem perto das enormes janelas do quarto, colocando a comida do carrinho na mesa.
Agradeço e ele sai. Como e vou tentar adiantar um pouco de trabalho e estudo, logo em seguida escovo os dentes e vou dormir. Amanhã será um novo dia.
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Oi genteeee ❤❤
Como está sendo o 2023 de vocês?Tenham paciência comigo <3
Até logo!
(Revisado)
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XOXO
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Destino ou coincidência?
FanfictionCamilly Gonzáles, uma mulher que enfrenta diversos desafios em sua vida. Ela presencia frequentemente o relacionamento abusivo do seu cunhado com a sua irmã, que a persegue e ameaça constantemente. Além disso, Camilly cuida de uma criança que encont...