23 - Tudo que eu queria

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  Hey, leitores.

Primeiramente, desculpa pela demora, minhas aulas presenciais voltaram para meu desespero e agora meu tempo para escrever está um pouco reduzido, já que estudo integral. Mas não vou parar com a fic, não.
Segundamente, obrigada por lerem e comentarem, gosto mt de ler os comentários de vcs e me anima muuuito! <3

O Cap de hoje tem aviso de conteúdo para uso de drogas e álcool. Não está especificado o nome da droga pra não incentivar ahsuah, então não usem drogas, jovens!!!


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Adora não sabia dizer exatamente como as coisas haviam se desenrolado desde o momento em que ambas aceitaram passar o restante da noite na paz, mas o que lhe importava no momento era que aquela proposta estava indo melhor do que pensava. Após Catra aceitar a trégua, as duas foram juntas buscar mais bebidas na cozinha e depois de alguns minutos conversando sobre coisas diversas, e na maioria das vezes impessoais - como o jeito engraçado que Kyle agia perto de Rogelio ou como as pessoas da festa já estavam passando dos limites – resolveram explorar o andar de cima da mansão de Netossa.

Começaram a falar sobre o episódio com a pequena Spencer na última festa em que estiveram juntas enquanto caminhavam pelos longos corredores e Adora aproveitou para fazer piadas sobre o jeito "soft" que a morena a havia tratado. Catra provocou de volta zombando do jeito desesperado de Adora diante do problema.

Agora, as duas se encontravam em uma sala espaçosa que ficava no fim do corredor principal, ela aparentemente era usada para trabalhos artesanais, pois havia redes trançadas penduradas, assim como tapetes decorados e peças de roupas feitas por crochê. As janelas de vidro eram grandes e ocupavam uma das paredes inteira, entre elas, havia uma porta também de vidro que dava para uma pequena varanda. Todo o ambiente era iluminado por luz natural, no caso, as da noite estrelada.

A dupla havia aberto a porta de vidro e agora estavam deitadas no chão da varanda olhando para o céu, enquanto escutavam as músicas da festa tocarem em volume mais baixo, devido à distância.

- Você se lembra de quando a gente deitava na laje da sua antiga casa e competia pra ver quem contava mais estrelas? – Catra perguntou. Ela parecia mais tranquila do que o comum.

- É claro que me lembro. – Adora disse, no mesmo tom. – O engraçado é que a gente sempre acabava se distraindo e tendo que começar de novo.

- É verdade. – Catra comentou em meio a um sorrisinho. – A gente era muito idiota, competíamos em contar estrelas, em correr com as bicicletas, etc...

As duas riram, ambas refletiam como aquilo em especial não tinha mudado nada.

- Eu adorava correr com as bicicletas. – Adora disse.

- Aposto que agora que você é burguesa só anda de carro. – Catra brincou, mas Adora ficou calada, e o silêncio chamou a atenção da morena. – É brincadeira.

- Eu sei. – A loira sorriu fraco.

Adora sentiu-se culpada com aquele comentário, pois sabia que havia um pouco de ressentimento nele por parte de Catra. Talvez nem fosse tanto pela parte do "burguês", mas sim por dizer aquilo como se Adora desprezasse as memórias de antes de seu novo "estilo de vida", o que não era verdade.

A forma como Catra gostava de exagerar quando falava sobre isso a incomodava. E Catra, notando o silêncio que se estendeu, voltou a falar. Não queria estragar a trégua já na primeira hora.

- Uma, duas, três, quatro...

- O que você tá fazendo? – Adora perguntou.

- Oito, nove...

It's MY dream! • CatradoraOnde histórias criam vida. Descubra agora