30 - O bom filho à casa retorna

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Hey, pessoas.

Como vcs estão? 

Mais um cap de lembrança pra ajudar a entender melhor a histórias delas. :)

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 Um ano e onze meses atrás...

Era uma semana fria em Etheria, diferente do que se esperava para aquela estação. Além das baixas temperaturas, graças a alguns eventos climáticos no sul do país, nuvens carregadas cobriam o céu e garoas finas alternavam com fortes tempestades.

Nos noticiários, diversas notícias alertavam sobre os riscos de se ficar desprotegido durante as chuvas e relacionavam as alterações climáticas com ações do homem no meio ambiente.

Para alguns, isto significava folga em seus trabalhos por questões de segurança, já para outros, significava aumento dos turnos para suprir as demandas. Para Catra, esta última opção era definitivamente a mais adequada.

Já fazia algum tempo que ela havia recebido a notícia de sua mãe sobre estarem prestes a perder a casa por conta de atrasos em impostos - além de outras dívidas. Aquele era um problema que nunca antes a havia assolado, mas nas circunstâncias em que estavam, Catra precisou se inteirar dele e ajudar Weaver a solucioná-lo, caso contrário, iriam as duas para a rua.

Para isto, passou a procurar por empregos e economizar ao máximo para quitar logo aquelas dívidas. Culpava SW por ter deixado acumular tanto, mas não adiantava continuar reclamando - pelo menos, no futuro, quando a mãe adotiva reclamasse de alguma de suas atitudes, ela poderia jogar na cara dela que havia a ajudado a salvar a casa.

Naquele mês, ela estava trabalhando em uma papelaria, e por conta do temporal e do pedido de folga de alguns funcionários, estava ficando todas as tardes, até as dos finais de semana, como no sábado em questão. Estava cansada, pois dividia os dias em trabalho e escola, mas naquele dia nada seria capaz de interferir em sua felicidade, afinal, enquanto nenhum dos funcionários estavam por perto, ela aproveitava para trocar mensagens com Adora - que, surpreendentemente, a estava respondendo na hora.

"Onde você está?" - Adora perguntou, na mensagem. Catra cogitou contar a ela, mas não queria ocupar o tempo de conversa falando sobre aquilo, já que se contasse que estava trabalhando, acabaria tendo que contar todo o contexto em que se encontrava em sua casa.

Desde que a loira havia trocado de escola e as conversas entre as duas haviam se tornado menos frequentes, Catra evitava contar detalhes de seus problemas familiares, pois não queria desperdiçar o tempo com Adora e nem preocupá-la à toa. Ela tinha coisas mais importantes para pensar.

E Catra temia que, se ela soubesse, acabaria ficando com dó e pararia de contar as coisas boas sobre sua vida para não deixá-la mal, ou pior, temia que ela quisesse emprestar dinheiro para ajudá-la - algo que ela nunca, nunca mesmo, cogitaria aceitar.

A verdade é que a morena pouco se importava com o dinheiro, dentre suas ambições a salarial nem mesmo ocupava uma posição tão importante - preferia muito mais o reconhecimento e o sucesso profissional - mas parecia que as questões relacionadas à ele sempre lhe perseguiam.

Existiam coisas tão mais importantes do que o dinheiro...

E era bem fácil para Catra dar um exemplo daquilo... Sua melhor amiga.

Não havia absolutamente nada que importava mais para Catra do que Adora.

Mas ela também temia que para Adora a história fosse diferente. Afinal, agora ela tinha dinheiro e estudava com pessoas que também tinham, e não desgrudava dessas pessoas mais. Ela havia deixado seu bairro, sua antiga casa, sua antiga escola, e Catra.

It's MY dream! • CatradoraOnde histórias criam vida. Descubra agora