33 - O que vai ser?

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Eram sete da manhã, o período de aulas havia acabado de começar. Aquela sexta-feira seria decisiva para muitas coisas e os nervos estavam à flor da pele, tanto para os estudantes quanto para a direção.

- Quem disse que precisava falar comigo, Juliet? - Angela perguntou, ao entrar na secretaria, com o café na mão e a bolsa ainda no ombro.

- Ali, Diretora. - Juliet apontou para a pessoa sentada nas cadeiras da sala de espera. - Ela disse que é importante.

Angela olhou para ela e assentiu, depois agradeceu Juliet.

- Pode vir comigo, Srta.

Angela e ela entraram na sala da diretoria, e enquanto a diretora guardava a bolsa, ajeitava a mesa e tomava um gole de seu café, a mais nova tentava controlar os tremores de suas pernas, enquanto mexia nas próprias unhas.

- O que é tão importante que você precisou vir falar antes do intervalo das aulas? - Angela perguntou, assim que se posicionou na cadeira.

Ela encheu o pulmão de ar e hesitou um segundo antes de dizer de uma vez:

- Eu menti.

Angela arqueou uma sobrancelha.

- Sobre o que exatamente? - Ela perguntou.

- Sobre eu não saber quem invadiu o sistema da universidade. Eu sei quem foi.

A mulher então recostou-se na cadeira.

- Certo. Quem foi? - Perguntou, pacientemente.

A garota olhou para baixo e cerrou os olhos, depois voltou a olhá-la, deixando a hesitação de lado e falando muito mais decidida:

- Fui eu.

...

- Foi você?

- Sim.

- E quem mais? - Angela perguntou.

- Só eu.

- Você está mentindo novamente.

Catra suspirou.

- Eu recebi outro nome além do seu, Srta. - A mulher continuou.

- Essa informação que a Sra recebeu foi um engano, foi minha culpa também ela ter chegado até você. Eu pesquisei meu nome e os nomes dos meus colegas no ranking pra comparar nossas notas. Fui só eu.

- Certo. - Angela concordou. - Eu vou precisar que você me conte com detalhes como fez isto.

Catra assentiu, e contou. Contou tudo - ocultando apenas as partes que envolviam Entrapta, Scorpia e Double Trouble. Quando terminou, Angela parecia impressionada, mas também um pouco cética.

- E você fez tudo isso sozinha? - Questionou, desconfiada.

- Eu faço parte do grupo de computação, eu tenho esse conhecimento. - Mentiu.

- Ok. - Angela fingiu acreditar. - E por que você fez isso, Catra? Você entende a extensão desse problema?

- Eu entendo. Eu sei que isso prejudicou a escola, a UFO, meus colegas e a senhora, por isso vou aceitar qualquer punição que decidir. - Catra sorriu, sem humor. - Não vou fugir dos meus problemas.

- Você não quer me explicar melhor por que chegou a isto? - Angela perguntou. Depois pegou alguns papéis na mão. - Você estava indo tão bem na avaliação, não que seja uma surpresa pra Srta...

Catra franziu o cenho, como se tivesse escutado um absurdo.

- "Tão bem" é um exagero, com todo respeito. - Catra comentou, decepcionada. - Eu vi a cor que eu estava, azul. Mediana.

It's MY dream! • CatradoraOnde histórias criam vida. Descubra agora