36 - Desculpas

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Esse cap é importante na "redenção" da Catra, mas não é tudo que vai ter em relação a isso, ok? É tudo um processo hsausha.


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Catra sentiu o coração acelerar.

Por conta de sua demora em responder, Adora se explicou:

- Eu acho que eles tão querendo ficar um pouco sozinhos. - Ela justificou, meio sem jeito.

- Ahh. Pode. - Catra respondeu, também um pouco sem jeito.

Ela esperou até a loira a alcançar, e as duas desceram as escadas, com a morena na frente, guiando com a luz.

O silêncio entre elas não costumava ser constrangedor em condições normais, afinal, após tantos anos mantendo uma relação próxima, era quase impossível que fosse, porém, isso era diferente depois de brigas, e este era um daqueles momentos. Para Catra, o silêncio de Adora era dolorido, mas era pior ainda quando ela falava sem querer realmente falar com ela, por isso, ela continuou quieta, mesmo estando desconfortável.

Não podia nem dar uma provocadinha...

Já na cozinha, a morena colocou o celular em cima do balcão para que elas ficassem com as mãos livres para pegar os alimentos nos armários. Adora estava atrás dela, e Catra sentiu que ela queria falar alguma coisa, então parou de procurar apenas para olhá-la por cima do ombro e esperar que ela o fizesse.

Ao fazer isto, deu de encontro com seus olhos azuis a observando. Lindos, como sempre.

Adora percebeu que Catra estava esperando que ela falasse, mas lhe faltou coragem para tocar no assunto que realmente queria discutir, então desviou dizendo outra coisa qualquer:

- Ééé, você comeu aquela hora? O almoço...

Catra assentiu.

- Ah tá. - A loira disse. - Sua comida estava muito boa.

- Obrigada.

Novamente, o silêncio reinou e elas voltaram a fazer o que tinham ido fazer: pegar algo para lancharem. Vasculharam a geladeira e os armários e, no fim, separaram vários doces e quase nenhum salgado. Ao constatar isso, Catra foi em busca de alguma opção salgada, e se contentou com um pote de azeitonas. Depois de separarem tudo, as duas voltaram para o andar de cima com as mãos cheias.

Enquanto se aproximavam do quarto, entretanto, Catra parou bruscamente no meio do caminho, fazendo com que Adora trombasse nela e quase derrubasse os pacotes que segurava. A loira ficou confusa quando Catra começou a rir baixinho.

- O que foi? - Ela perguntou.

- Espera, deixa eu ver uma coisa. - Catra pediu, e entregou o celular para ela. Adora não entendeu nada, mas obedeceu.

A morena deu mais três passos e chegou perto da porta do quarto de Glimmer, voltando a rir baixinho. Virou-se para Adora e sussurrou:

- Acho que você não vai querer entrar ali.

- Por quê?

- Seus amigos estão se pegando.

Adora abriu a boca em surpresa, e riu também.

- É sério mesmo? - Catra assentiu, e as duas se aproximaram da porta sem fazer barulho para xeretar. - Chocada! Achei que eles iam ficar só nos flertes.

- O choque é isso não ter acontecido antes, tão a noite inteira nisso. - Catra comentou.

- É verdade. Até que enfim! - Adora disse, rindo.

It's MY dream! • CatradoraOnde histórias criam vida. Descubra agora