CAPÍTULO UM

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— Feliz aniversário!

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— Feliz aniversário!

Me assusto quando meu melhor amigo adentra à minha sala, com um enorme buquê de flores e uma garrafa de martini. Sorrio, porque ele sabe muito bem como me agradar.

Me refiro ao martini.

— Oh, isso parece ótimo.

— Foda-se sua ridícula, — ele sorri, colocando o buquê na poltrona à frente da minha mesa e vindo até mim com a bebida — devemos comemorar.

Me levanto. — Estou no horário do expediente.

— E você é sua própria chefe!

Bambam me abraçou forte, como todos os anos faz. Eu o apertei contra mim, sentindo seu cheiro masculino me envolver. Kunpimook tinha seus cabelos recém-molhados, o que me fazia pensar em uma coisa.

— Você trepou? — o afastei, encarando-o.

— Só uma rapidinha. — deu de ombros, pegando dois copos em cima do meu frigobar e me entregando um — Ela não soube sentar direito.

— Você é nojento. — ri, bebendo um gole da minha bebida favorita — Hum, delícia!

Ela sorriu. — Gostou do buquê? — perguntou — Comprei à cinco minutos atrás.

— Já imaginava. — revirei os olhos, indo até a parede de vidro bem atrás de mim.

Suspirei pesado, mais um ano se passava, meu vigésimo quinto aniversário. Observei a cidade de Nova York abaixo de mim, Manhattan sempre foi e sempre será meu lar. Mesmo que passe cinquenta anos.

Relembrei o quanto foi difícil estar nessa posição hoje, não pelo cargo mas sim, por mim. Nunca achei que eu me tornaria a CEO da empresa da minha família, mas cá estou eu.

Suspirando pesado e bebendo o resto da minha bebida, senti a mão do meu melhor amigo apertar meu ombro. Apenas Bambam sabia que por mais que eu tivesse todo o dinheiro do mundo, poder, luxúria e etc, eu ainda sim, me sentia solitária.

— Vou te levar à uma boate hoje, o que acha? — sugeriu.

Eu ri. — Preciso assinar alguns papéis.

— Qual é Lisa, você é a dona dessa porra aqui. — ele disse gesticulando — Deixe tudo pra amanhã, você precisa trepar.

— Trepei tem quatro dias. — falei o encarando — Estou bem!

— Seu vibrador mandou um “olá”.

Meu vibrador está muito bem guardado, — falei — e eu estou bem.

Ele revirou os olhos. — Tudo bem, vamos apenas dançar bastante.

Aquilo me fez sorrir, eu amava dançar. Antes. Quando completei dezoito anos e comecei a estagiar para o meu pai, todos os meus caprichos de adolescente foram por água abaixo. Deixei tudo para trás, para que hoje, eu me tornasse essa mulher.

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