CAPÍTULO DOIS

11.7K 1.3K 904
                                    

— Bom dia, Jihyo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Bom dia, Jihyo. — sorri para minha funcionária, observando-a ficar de pé — Leve para minha sala a minha agenda de hoje, por favor.

Ela sorriu. — Claro, senhora Manoban!

Oferecendo mais um sorriso pra ela, caminhei até minha sala. Não que eu esteja com um “ótimo” bom humor nessa linda manhã de quarta-feira, mas ontem completei vinte e cinco anos e uma boa foda com a ruiva stripper.

Meu melhor amigo sabe que eu tenho uma despenca enorme por mulheres ou até mesmo homens com cabelos avermelhados, isso os faz parecer mais quentes. Sorrio sozinha com esse pensamento, é tão idiota mas eu gosto.

Coloco minha bolsa Celine no chão abaixo da minha mesa e ligo meu notebook. Hoje resolvi combinar meu look com a minha bolsa, que é marrom com pequenas logos da marca.

Desde que assumi a presidência da empresa, preciso me vestir como tal. Por mais que tênis fossem perfeitos e confortáveis, minha vida hoje em dia era apenas saltos e terninhos. Para trabalhar é bem melhor.

Ouço os saltos de Jihyo batendo contra o piso da minha sala, então levanto meu rosto para encará-la. Jihyo trabalha pra mim à quatro anos, ela é uma ótima secretária e tem ótimas idéias para meus eventos.

— Com licença, senhora. — para em frente à minha mesa — Hoje, a senhora tem duas reuniões antes do almoço e seu pai ligou.

Levanto um dedo. — Primeiramente, já avisei que não precisa me chamar de senhora, não sou uma velha. — brinquei e ela riu — Segundo, o que meu pai queria?

— Ele disse que está chateado pela senh... você, não atender as chamadas de ontem. — explicou — Eu o avisei que está muito ocupada essas semanas e que iria retornar.

Assenti. — Ótimo, fez certo! — digitei minha senha no notebook e abri meu e-mail — Ok, estou vendo aqui as reuniões mas... — a encarei — com quem é o almoço?

— Senhor Oh. — disse — Ele disse para avisá-la que faz questão que apareça.

Revirei os olhos. — Sehun como sempre um cavalheiro insistente.

Sehun e eu somos sócios em um negócio, ele não perde a oportunidade para me cantar ou jogar charme. Definitivamente ele não faz o meu tipo, mas gosto de ser bajulada algumas vezes.

Aumenta meu ego.

— Ligue para o meu pai Jihyo, diga à ele que retornarei no final do dia?

— Certo. — anotou na agenda — Posso confirmar tudo para hoje?

— Sim.

Jihyo assente saindo da minha sala e me deixando trabalhar. Ela me entrega alguns papéis sobre a oferta do hotel Mirty que quero comprar, expandir mais a empresa em outras áreas incluindo a Flórida, é um dos meus objetivos.

[ • • • ]

— Jihyo, você pode ir almoçar. — passo em sua mesa — Voltarei às 14hrs.

Minha secretária assente e eu caminho para o elevador. Minha empresa tem quarenta e dois andares, minha sala fica no último andar, onde há apenas eu e Jihyo.

Não gosto muito de trabalhar onde existe salas demais, isso atrapalha meu raciocínio. Minha sala antes era a sala do meu pai, basicamente, eu herdei tudo que ele tinha aqui, menos a secretária é claro.

Por sorte, o elevador desce até a garagem subterrânea apenas comigo, o que eu agradeço demais. Tenho orgulho da mulher independente e poderosa que me tornei, e sim, minha autoestima está elevada.

Talvez seja porque eu e a ruiva gostosa trepamos deliciosamente em cantos do meu quarto hoje de manhã, ou talvez seja porque completei mais um ano de vida sem me arrepender de nada do que fiz.

Quase nada.

Quando estou sozinha no meu apartamento, me pego pensando nela. Como ela deve estar, se já casou ou outra merda possível. Não tenho e nem procuro notícias de Jennie Ruby Kim desde que saí de Londres, à oito anos atrás.

Tenho certeza que se eu procurasse algo sobre ela e visse o que não quero ver, isso mexeria com a minha cabeça. Preciso estar no controle da minha vida, não posso simplesmente largar tudo por uma paixão adolescente que não me entrega nenhum tipo de estabilidade.

Além do mais, gosto de ser solteira. Não tenho planos nenhum de me casar, meus pais sabem que me relaciono com homens e mulheres e eles não dizem nada, afinal, sou dona do meu próprio nariz.

Enquanto dirijo para o restaurante onde vou encontrar Sehun, repasso minha vida atual. Estou no auge da minha carreira na empresa, faço dinheiro como bebo água e posso ter tudo que quero na hora que quero.

Então porquê pareço vazia por dentro?

Nunca fui uma mulher de ligar para amor, ainda mais depois que sai obrigada de Londres. É estranho você ter basicamente todo o poder do mundo e mesmo assim ser alguém solitário. Dinheiro traz felicidade em alguns momentos da vida, mas não é sempre.

Decido afastar os pensamentos ruins da minha cabeça e presto atenção no caminho. Coloco uma música calma que me relaxe e me preparo mentalmente para as cantadas chatas e engraçadas de Oh Sehun.

Bambam me envia uma mensagem perguntando como foi minha noite ontem, mas como estou dirigindo, eu deixo para responder quando chegar no restaurante.

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
YOU ARE MINE?Onde histórias criam vida. Descubra agora