CAPÍTULO DEZESSETE

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Acordei com um zumbido vindo da minha cômoda, abri os olhos e vi que ainda ia amanhecer

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Acordei com um zumbido vindo da minha cômoda, abri os olhos e vi que ainda ia amanhecer. Era meu telefone vibrando, então ainda um pouco lenta, o peguei e sem ao menos ver quem era, colei-o no ouvido.

— Alô? — falei meio sonolenta.

Vem aqui em casa. — a voz de Lalisa ecoou nos meus ouvidos.

— São quase quatro da manhã, sua idiota.

Fale comigo nesse tom novamente e levará mais bofetadas. — disse meio embargado.

— Você bebeu? — apoiei meus cotovelos na cama e perguntei.

Houve um minuto de silêncio, então deduzi que havia bebido mesmo. Sua respiração ficou pesada no telefone, me deixando mais desperta e nervosa. Me sentei na cama, esperando alguma reação dela que logo veio.

Não me sinto muito bem. — ela disse.

— O que você está sentindo? — juntei minhas pernas sob o lençol.

Queria ouvir sua voz.

Apertei os olhos, sentindo meu coração afundar.

— Lisa...

Eu sinto muito. — disse, com a voz meio estranha — Você era ótima e eu fodi com tudo na época.

Você está bêbada, — mordi o lábio nervosa — não é o tipo de conv...

Desculpe por ser covarde e deixar seu pai me ameaçar. — falou.

Segurei a vontade de chorar, porque ela estava se sentindo dessa forma novamente e não era como eu gostaria que ela se sentisse. Quando conversamos sobre o passado, eu disse à ela que não era sua culpa, mas parece que ela não entendeu isso.

Não quero pensar na idéia de Lalisa se embebedando para esquecer de toda a merda que aconteceu no passado, porém, com essa ligação repentina quase amanhecendo, não me dava outra escolha a não se pensar nisso.

Meu pai está morto mas mesmo assim, eu ainda guardo as boas lembranças dele. A única coisa que me irrita é saber que ele foi ruim ao ponto de ameçar uma adolescente apenas para que eu me tornasse "normal".

Você deveria dormir. — falei, segurando o impulso de ir até ela.

Vem aqui no meu apartamento.

Sorri. — Não posso fazer isso.

Estou indo para Los Angeles amanhã, irei passar o final de semana na casa dos meus pais. — disse, logo depois ouvi som de líquido batendo contra a garganta dela.

Meu peito afundou com essa notícia, eu sinceramente não esperava, ela nem havia me avisado sobre. Achei que algo de diferente iria acontecer nesse final de semana, mas parece que eu estava enganada.

Não que eu estivesse acostumada de estar em sua presença, mas eu gosto de estar perto dela. Lalisa além de minha sócia, é minha ex namorada, o motivo dos sonhos mais eróticos que tenho. Sim, eu quero transar com ela, mas não quero dar a entender.

Não dessa vez.

Dessa vez quero que ela beije o chão que eu piso, mas não vou negar que estou triste por saber que eu só a verei na segunda pela manhã. É doloroso.

— Vou sentir sua falta.

Ela sorriu na ligação. — Vai mesmo?

— Sim, eu irei. — me deitei novamente, sentindo sua respiração pesar cada vez mais.

Se serve de consolo, eu já estou com saudades. — disse com a voz divertida — Aliás, sua bunda é muito boa de esbofetar.

Soltei uma gargalhada. — Não acha que está muito safadinha?

Estou meio alta, tudo bem. — soltou uma gargalhada no telefone — Gostaria que você viesse aqui para nos divertimos um pouco.

— Quer usar e abusar de mim, antes de viajar, hein? — brinquei.

Ela gargalhou novamente. — Talvez.

Oh, eu quero te socar na cara, Lalisa! — tentei segurar o riso, mas logo meu tom de voz ficou normal — Agora é sério, pare de beber e descanse! Amanhã você tem uma viajem a fazer.

Ela suspirou. — Eu já parei, estou indo tomar um banho e vou... descansar. — bocejou — Boa noite, olhos de gato.

Boa noite, olhos amêndoados. — sorri igual uma idiota, quando ela encerrou a chamada.

Fiquei olhando para o teto por alguns minutos pensando nela, com um sorriso otário nos lábios. Tristeza me atingiu quando lembrei que iria vê-la apenas na segunda, mas Jisoo estava para chegar, então pelo menos eu a teria no final de semana.

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