CAPÍTULO NOVE

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A comida que pedimos nos foi servida pelo mesmo garçom simpático e sorridente, eu o percebi algumas vezes olhando demais para Jennie, mas fiquei calada

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A comida que pedimos nos foi servida pelo mesmo garçom simpático e sorridente, eu o percebi algumas vezes olhando demais para Jennie, mas fiquei calada. Ela não é nada minha, pelo não mais.

Tentei me concentrar no meu prato, mas eu a sentia me encarar. Não sei o que de repente deu em mim, fiquei sem jeito para encará-la nos olhos, parecia estranho demais tudo isso. Nada natural.

Não que fosse algo forçado, mas Jennie na maior parte do tempo estava com seus olhos fixados em mim, em cada movimento meu. Eu por outro lado, fingia não percebê-la, mas no fundo, ambas sabemos que a situação ao nosso redor não mudou nada.

Jennie e eu ainda temos uma baita química e uma fudida atração física, é como se toda aquela coisa do passado, tivesse voltado com cinco vezes mais intensidade. Estava praticamente estampado na nossa cara isso.

- A comida daqui é boa, - ela puxou assunto.

- Sim. - concordei mastigando - Já vim aqui com o meu melhor amigo.

- O Kunpimook?

A encarei. - Você lembra?

- Claro. - olhou para o seu prato, colocando uma garfada de comida na boca - Você falava bastante nele, não há como esquecer.

- Jennie, me desculpe. - eu quis falar. Ela me encarou diretamente nos olhos, parecendo fragilizada - Eu sinto muit...

- Por favor, não estrague esse almoço. - forçou um sorriso, mas seus olhos gritavam por socorro - Teremos uma conversa sobre isso quando estivermos confortáveis, ambas. - disse - Por enquanto, vamos apenas degustar a comida e tratar dos negócios.

Baixei os olhos. - Claro.

Não que eu estivesse me sentindo forçada à isso, mas com ela, a intensidade parecia muito mais avançada. Eu quis pedir desculpas agora porque veio à minha cabeça isso, e eu não sei muito bem controlar no momento meus sentimentos.

Gostaria muito de dizer que estou certa do que quero fazer e falar, mas parece que até meus cálculos matemáticos fugiram da cabeça no momento em que ela apareceu no lado oposto da mesa.

Jennie está ainda mais linda do que nunca, absurdamente linda. Ela está com um tubinho preto colado ao corpo e chegando até seus joelhos, saltos enormes e um blazer pendurado em seus ombros. Seu cabelo parece castanho e está cortado em camadas.

Não sei nem o que falar do seu rosto, parece a Jennie de antes, porém com um ar mais sexy. Ela lembra aquelas executivas sexys que fico com um enorme tesão. Seus olhos de gato parecem ainda mais intensos e vivos.

Jennie deve estar com a mesma idade que eu, deve completar vinte e seis daqui à alguns meses. Ela está sexy, gostosa e linda demais, eu literalmente não sei lidar com isso no momento. Preciso processar demasiadas informações.

- Bem, o que você achou do plano que Jinyoung montou para você? - apoia os antebraços na mesa, jogando o cabelo para o lado.

Por um momento, saio de órbita. A encaro parecendo um cachorrinho vendo seu dono, isso me irrita demais, gosto de estar no controle sempre e com ela aqui na minha frente, depois de oito anos, não parece nada fácil manter o controle.

- Achei bom. - pigarreio - Facilitou bastante.

Jennie sorriu. - E como estamos? - perguntou ansiosa - Desculpe, eu quero muito trabalhar nisso. - reencostou na cadeira - Relembrando que não quer...

- Eu sei. - ergui o canto da boca, em um mini sorriso - Bem, eu gostei muito do plano e de como a empresa terá lucros fortes no mercado, - falei - a única coisa que me assusta é você comprar as ações com porcentagem acima.

- Lalisa, eu sou uma mulher determinada. - pegou a taça em mãos e a balançou levemente - quando eu quero algo, eu persisto naquilo. - seu olhar ficou feroz - Tenho certeza absoluta certeza que sermos sócias nos dará muitos benefícios.

Beberiquei meu vinho. - Se você diz.

- Então temos um acordo?

- Temos um acordo. - afirmei.

Pude ver os olhos de Jennie brilhando nos meus, ela estava ansiosa e feliz por isso. A música no restaurante estava lenta, uma força enorme veio até mim e quis que eu chamasse-a para dançar comigo, mas seria estranho demais.

Obrigada razão, por me proteger sempre.

- Quero minhas boas-vindas, senhorita Manoban. - ela estendeu a mão por cima da mesa, para eu apertar.

Quando eu apertei a dela, senti um misto de sensações me consumir. A maciez de sua mão continuava a mesma, parece que ela nunca escreveu nada em sua vida, de tão macia e boa que seu aperto é.

- Tenho certeza que seremos ótimas colegas de trabalho. - disse.

- Tenho certeza que sim. - devolvi no mesmo tom sedutor.

O que está acontecendo? Estou flertando com a minha ex? Isso é é tão estranho de se pensar.

- Quando iremos assinar os papéis e finalizar? - ela perguntou, degustando agora sua sobremesa.

- Amanhã mesmo! - respondi - Pela manhã terei uma reunião fora da sede, mas à tarde você pode passar lá na empresa para finalizarmos tudo. - falei - Vou pedir ao meu advogado para preparar a papelada hoje mesmo. - concluí.

Ela sorriu de ladino. - Rápida, assim que eu gosto! - sua voz agora estava sexy - Amanhã faço questão de ir até lá para resolvermos tudo, - bebeu novamente seu vinho - não vejo a hora de começar a trabalhar por lá.

Eu sorri, mas por dentro meu coração estava nervoso. De agora em diante, eu trombaria com Jennie nos corredores da empresa, e com isso, precisava saber lidar com toda essa intensidade nos rodeando.

 De agora em diante, eu trombaria com Jennie nos corredores da empresa, e com isso, precisava saber lidar com toda essa intensidade nos rodeando

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