CAPÍTULO QUATRO

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— Como foi a conversa?

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— Como foi a conversa?

— Ela está meio relutante, — ele disse — mas acho que vai aceitar.

Assenti. — Ótimo, preciso que ela aceite mesmo.

Bebi mais um pouco do meu vinho, olhando a vista do meu apartamento. Tudo bem, talvez eu esteja amargurada pelo passado, mas preciso saber o porquê de Lalisa ter ido embora sem se despedir.

Lembro-me que quando eu soube sobre sua saída do colégio, eu fiquei mal. Muito mal mesmo. Coloquei Roseanne contra a parede na época mas ela nunca me contou o que realmente havia acontecido.

Boatos rolaram nos corredores de que Lalisa havia cansado de mim, de que ela foi encontrar uma pessoa e que até mesmo iria se casar. Como eu estava dentro de um internato, não tinha como saber o que estava acontecendo.

A única coisa que eu lembro foi que entrei em uma linda ansiedade, na qual me resultou ser internada por semanas em um hospital. Lembro que meu pai ficou super preocupado, e disse que isso era culpa dela.

Faz basicamente três anos e meio que meu pai faleceu de uma doença renal, com isso, meu irmão assumiu a presidência da empresa e eu resolvi fazer minha faculdade assim que terminei o ensino médio.

Foram muitos conflitos internos que tive que enfrentar quando ela se foi, e até hoje tenho sequelas. Não consigo me relacionar fixamente com ninguém pelo único fato de não confiar.

Meu plano é derrubar Lalisa e seu império, quero que ela sofra nas minhas mãos assim como sofri quando ela partiu sem olhar pra trás.

O que me frusta é o fato dela seguir sua vida como se eu nunca tivesse existido, ela sai com pessoas, organiza festas chiques e aproveita a vida da melhor forma. Enquanto isso, eu tenho inseguranças e problemas com confiança, graças à ela.

Senhorita Kim, eu acho que ela vai aceitar, seria um ótimo investimento para a empresa dela. — Jinyoung fala.

Park Jinyoung é meu advogado, administrador dos meus bens e um amigo próximo. Me mudei para Manhattan faz algumas semanas e ele veio comigo, para me ajudar.

— Você disse à ela que quero manter o anonimato por enquanto? — balancei um pouco a taça, com o restante do vinho.

— Sim, e ela disse que gostaria de uma reunião.

Sorri. — É claro.

Pelo que leio nos artigos e jornais, Lalisa é uma mulher muito poderosa na indústria das finanças. Sua empresa movimenta muito dinheiro todos os dias e com isso, sua reputação aumenta cada vez mais.

Não a reconheço mais, tudo bem que todos mudam, porém Lalisa não era mais a “minha Lisa”, ela havia mudado demais. Se tornou alguém poderosa que fará de tudo para o quer.

Não usava mais jeans e tênis estranhos, agora era só terninhos e saltos agulha. Não vou mentir e dizer que ela não mexe comigo porque ela mexe e muito, mesmo depois de anos, mas no passado, ela me deixou.

Sem motivo.

Pensa em alguém extremamente apaixonado, louco e totalmente entregue à uma pessoa. Eu era assim por Lalisa, mas por força do destino, ela se foi. Sem dizer adeus, sem me deixar falar que eu a amava demais.

— Ela disse que iria me procurar quando pensasse bem.

O encarei. — Mantenha meu anonimato por enquanto, vou pensar no que faço.

Jinyoung concordou, pediu licença e saiu. Eu não queria ficar no escuro pra sempre, quando Lisa resolvesse vender as ações majoritárias para mim, eu iria até ela.

Não que eu queira acabar totalmente com ela, mas quero que Lisa sinta como é ter alguém ali e não poder tocar. Eu sei que ela parece durona mas é uma mulher sensível, dentro daquela casca habita ainda a menina de dezessete anos, com medo de se apaixonar.

Talvez eu possa estar enganada e ela pode acabar não ligando para minha volta repentina em sua vida, mas metade de mim acha que ela vai surtar com isso. Lalisa parecia apaixonada demais por mim no passado, mesmo indo embora.

Eu tirei sua virgindade, eu pratiquei com ela os primeiros atos sexuais de sua vida. Com toda certeza, eu ainda tinha efeito sobre ela.

Meu sexo apertou quando abri a foto dela no iPad, estava com um macacão preto e uma expressão facial de matar. Mordi o lábio inferior sentindo minha respiração mais acelerada.

Aproveitei que estava finalmente sozinha no meu apartamento, abri minhas pernas, coloquei minha calcinha para o lado e fui massageando meu clitóris, enquanto olhava sua foto.

Fechei os olhos largando o iPad na mesinha de centro. Fiquei massageando meu clitóris até sentir o orgasmos me atingir. Imaginava que ela estava ali, me assistindo e querendo colocar sua boca no meu corpo.

Eu ainda sentia muito tesão por Lalisa, e sim, eu ainda queria transar com ela pra ver se ela havia melhorado bastante. Meu lado racional gritava que eu estaria fazendo besteira caso fosse pra cama com ela, eu estaria assinando minha sentença de morte.

Mas quem disse que eu ligava tanto assim?

Se eu fosse me afundar para deixá-la louca, então eu faria. Em meus quase vinte e seis anos de vida, eu não ligava muito para o romantismo, pelo menos não mais. Me limpei e levantei, indo até até minha sacada.

O vento de Manhattan bateu contra meu rosto, senti o clima bem frio. Depois de anos cá estava eu, a passos de saber a verdade da boca dela. Eu só não sabia se iria aguentar ouvir o que ela tinha a dizer.

 Eu só não sabia se iria aguentar ouvir o que ela tinha a dizer

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