CAPÍTULO 25

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ANDREA

Caminho até o deck da casa, esticando meus membros que soltam estalos satisfatórios, me sinto renovada depois de minha pequena aventura com Miranda.

Deslizo a porta de vidro para o lado e minha surpresa é encontrar Caroline, Elle, Cassidy e Dennis tomando cerveja na borda da piscina, ao som de um rap que desconheço. Não preciso lembrar para vocês da regra de Miranda "sem álcool e sem cigarros na casa", certo? Pois bem.

ANDREA - Vocês perderam o amor pela vida?

Todos me olham assustados.

CASSIDY - Mamãe está aqui!?

ANDREA - Acabou de subir. Sugiro que sejam rápidos.

Eles se levantam e começam a catar apressadamente as garrafas de cerveja espalhadas pelo deck. Dou as costas maneando a cabeça em negação e grito enquanto saio.

ANDREA - E já está na hora das crianças irem para cama!

Quando entro no quarto, o som da ducha ligada se faz presente. Isso significa que a mulher mais linda do universo está nua e molhada. Não posso perder esse espetáculo.

Entro no banheiro me desfazendo das peças de roupa que me adorna e entro no box, ela vira no próprio eixo e abre seu lindo sorriso, que me atravessa e me inunda de felicidade.

ANDREA - Hey baby. Precisa de ajuda?

Meus braços envolvem seu corpo e meus lábios encontram os seus. Deliciosa.

MIRANDA - Meu amor, não comece. Sabe que não podemos.

ANDREA - Eu não estou fazendo nada!

MIRANDA - Ah, não está? Então, estou curiosa, o que é isso crescendo entre a gente?

ANDREA - Isso é inevitável, vida.

Ela sorri mordendo o lábio. Ah, essa mulher vai ser a causa da minha morte.

Pego a esponja em sua mão e começo a passar em seu corpo, seus mamilos rosados molhados de espuma são uma visão divina da perfeição, eu poderia ficar o dia inteiro apreciando sua nudez.

ANDREA - Levanta a perna, deixa eu higienizar meu jantar.

Ela solta uma risadinha que me faz sorrir ainda mais. É lindo quando todas essas pequenas coisas em uma pessoa fazem a gente sorrir. As ruguinhas que se formam no canto dos olhos quando um sorriso é aberto, a maneira como as bochechas coram, ou a forma como beslica a ponta da orelha quando está nervosa.

Coisinhas que em conjunto formam o ser mais gracioso que existe.

Quando saio do banheiro, Miranda já está na cama, deitada, com os óculos empoleirados na ponta do nariz, mexendo no celular, com sua camisola longa e preta.

ANDREA - Por que não usa uma menor? Está calor.

MIRANDA - Você quer dizer: por que não usa uma menor para eu tirar proveito do seu corpinho?

ANDREA - Isso também. O que está fazendo?

MIRANDA - Vendo as fotos da nossa viagem.

Junto-me a ela na cama, com uma regata e uma boxer, apenas. Ela deixa o celular de lado, guarda os óculos e logo eu puxo ela para um beijo intenso, descendo a alça de sua camisola e migrando meus lábios para seu seio, beijo e chupo seu delicado mamilo, que enrijece ao toque da minha língua. Miranda estremece e solta um suspiro trêmulo.

MIRANDA - Sabe que não podemos.

Murmura ofegante, seu corpo começa a aquecer, como se não tivéssemos feito nada no carro meia hora antes. Essa mulher é puro fogo, e eu adoro isso.

Alguém Tem Que Ceder (Mirandy - Intersexual)Onde histórias criam vida. Descubra agora