Árvore Da Vida

CAPÍTULO 33: PERDA

- Que lugar é este? - Helena suava e arfava pela dor que sentia em seu ventre.
- Essa é uma das torres da antiga guarnição, responsável por proteger o Templo da Vida, esta desativado tem anos! - passava a mão na testa de Helena para tirar o suor - Vamos entrar, aguente mais um pouco! - sorriu sem jeito.
- Tem mais de trinta minutos que estou aguentando! - seu semblante era de dor.

Ao chegarem frente ao portão da torre, Quor usou a água para abrir, em pouco tempo, as duas caminhavam pelo corredor, Quor guiava para o saguão da guarnição, onde estariam protegidas dos inimigos que se aproximavam, por virem devagar as criaturas conseguiram seguir. A Deusa da Água estava num turbilhão de pensamentos, sobre o que faria se os inimigos chegassem, o que faria para proteger Helena e o filho que estava por nascer e acima de tudo pensava em como iria fazer o parto sem nunca ter feito um na vida. Pensava em tantas coisas que se assustou quando Helena gritou de dor.

Percebendo que Helena não conseguia mais se mover e vendo que de seu ventre sangue escorria, já que o chão tinha uma pequena trilha de sangue, Quor rapidamente pediu que Helena se deitasse, mas antes a Deusa da Água tirou sua capa e forrou, para que assim a garota não ficasse totalmente no chão gelado e cheio de poeira.
Quor usou a adaga de bolso para cortar um pedaço do vestido, tocou a perna da garota logo em seguida, que devagar abriu as pernas, Quor tentava manter-se calma, porém suas mãos tremulavam, quando Helena falou baixo para ela:

- Quor, preciso que você mantenha a calma! - tentava esconder o desespero que também tinha.

A Deusa apenas acenou, logo em seguida começou a observar as partes de Helena, pensando no que deveria fazer, mas estava muito confusa, pois não sabia do porquê de todo aquele sangue.

A areia se ergueu formando várias paredes, porém a esfera atravessava cada parede com facilidade, até que finalmente chegou em seu alvo, o portão do Templo, uma grande explosão se instalou no interior do recinto, Sam desnorteado não percebeu o ataque de um dos Titãs que o acertou com força, fazendo o garoto voar metros de distância.

- Ninguém vai me impedir! - Angmar falou baixo.
- Isso é o que veremos!

Phillípos apontava sua espada de fogo para o Lorde das Trevas, enquanto limpava a pequena trilha de sangue que escorria por sua boca. Angmar olhou com calma, riu e após cessar o riso falou:

- Você morrerá pelas minhas mãos, General de Esparta! - avançou contra Phillípos.

Os dois lutavam com voracidade, Phílippos movia sua espada com agilidade e precisão, enquanto Angmar se esquivava e contra-atacava.

Sam cuspiu sangue, seu corpo todo doía, mesmo a areia o protegendo o impacto foi forte. O garoto se levantou devagar quando ouviu uma voz dentro si:

- Você precisa de nossa ajuda, liberte-nos! - dizia a voz grossa.

De olhos fechados, procurou respirar calmamente, precisa se concentrar se quisesse libertá-los. Alguns segundos depois o garoto podia ouvir a batida de seu coração, ao abrir os olhos e olhar seriamente para o campo de batalha, disse:

- Libertem-se! - abriu os braços.

Três dragões foram invocados, rapidamente estavam em seus tamanhos originais, os olhos revelavam fúria, bufavam e rugiam, aguardavam apenas o sinal de seu mestre, que foi dado assim que o último dragão abriu suas asas no céu.

Os três voaram em direção ao campo de batalha, o Dragão de Raio lançou de sua boca poderosas rajadas de raios, destroçando vários inimigos, os Dragões de Água e Vento avançaram para cima dos dois Titãs e com uma única investida derrubou os dois. A Deusa da Lua, posicionada em cima de uma pequena colina, iniciou o processo de selamento em um dos Titãs.