CAPÍTULO 15: CONTOS

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Após duas semanas desde os acontecimentos, os Deus se preparavam para a grande festa, onde comemorariam a ascensão do Rei dos Deuses, com uma grande coroação.
Atena corria pra lá e pra cá com os preparativos, ditava ordens para os outros com relação ao que tinham que fazer, os outros, apenas seguiam as ordens para que tudo ocorresse conforme o planejado.

Lucas o anfitrião da festa, tirou o dia para descansar, já que a festa seria no dia seguinte. Henry acompanhado de seu amor, fazia companhia para o mesmo, horas faziam amor, horas conversavam sobre o futuro e mudanças que seriam aplicadas na Grécia e também já debatiam sobre o casamento que ocorreria dali três meses, após a festa de coroação.

Tentando ajudar nos preparativos, mas recebendo de Atena apenas um não precisa, vá descansar. Sam, desceu o Monte até Esparta, se não tinha como ajudar, iria passar o dia ao lado de Phílippos, General do exército espartano. Ele ao qual ficou feliz em ver o garoto no saguão principal do palácio, cumprimentando-o:

- O que devo à vossa visita? - reverenciando.
- Eu gostaria de saber se quer dar uma volta? - dizia um pouco corado o garoto da profecia.
- Mas é claro que aceito, sua companhia me enche de alegria! - beijou a parte superior da mão de Sam.
- Deixe dessas formalidades, sabe que eu não ligo para isso! - riu disfarçadamente.
- Não estrague o momento! - riu junto ao garoto.

Algum tempo depois, os dois saíam pelo portão da pólis espartana, Phílippos o levaria a um lugar especial. Caminhavam calmamente pela longa trilha, Sam aproveitou esse momento a sós, para conhecer mais sobre o homem que era Phílippos, ele então perguntou:

- Qual foi o motivo de sua entrada para o exército de Esparta? - com seu braço por debaixo do dele, Sam apertou suas mãos com o medo do impacto que aquela pergunta causaria no rapaz.
- Uma pergunta bem objetiva! - ele sorriu - Serei sincero e verdadeiro com você! - segurou a mão fechada de Sam, para que pudesse relaxar a mesma.
- Está bem! - afirmou Sam.
- Venho de uma família muito pobre, meus pais eram camponeses, na pólis de Marimburg. Com o tempo o lugar tornou-se difícil a sobrevivência e apenas os grandes latifundiários tinham vez, mesmo assim, nunca desistimos, todos os dias íamos para a praça central vender o pouco da mercadoria que conseguíamos produzir. - fez uma pausa para observar Sam.
- Mas como isso tem ligação com sua entrada para o exército? - falava com curiosidade.
- Bom, um certo dia o povo mais ao Sul da pólis de Karak Khul, um lugar tribal apesar de comercial, dominavam La Coronna e tentaram dominar Marimburg. Mas uma maga interviu e expulsou os Bárbaros, ela também libertou La Coronna, mas... - fez uma pausa.
- O que houve? - perguntava preocupado.
- Houve muitas mortes, dentre elas meus pais, mortos brutalmente pelos Bárbaros - suspirou com um ar de tristeza - depois daquele dia, Esparta entrou em Marimburg, fundou um exército e a maga me deu forças para me inscrever nele. E me tornei o que sou hoje! - sorriu.
- E a maga? Quem era ela? - observava os músculos definidos de Phílippos.
- Ela ajudou na reconstrução de Marimburg. Porém, Zeus interviu e a expulsou, ela estava ganhando seguidores - deu de ombros.
- Expulsou para onde? - seus olhos denunciavam a curiosidade.
- Dizem que para uma outra dimensão! - deu de ombros - mas o povo de Marimburg ainda adora ela - olhou para Sam - Chegamos!

Adentravam um grande jardim, cercado de todos os tipos de flores, Phílippos então falou:

- O que achou? - dizia passando a mão em uma rosa vermelha.
- É lindo! - acariciava um girassol - Como pode existir um jardim assim?
- Após a morte de Zeus, Hera entrou em profunda dor e luto. Dizem que uma vez ela chorou na borda do Monte Olimpo e suas lágrimas caíram nessa parte do solo, florescendo pouco a pouco este jardim, sendo batizado como, O Jardim de Hera - ele sorriu.
- Porque Zeus morreu? - observava um dente-de-leão.
- Lá em cima eles não te contaram? - se aproximou de Sam.
- Não! - ele se levantou.
- Não sei se eu devia te contar, mas vou! - chamou Sam para se sentar no chão - Os povos da Grécia, até vinte anos atrás, não eram unidos. Todos viviam em guerra uns contra os outros, até mesmo os Titãs viviam com nós, nos ajudavam, nos abençoavam. Porém... - fez uma pausa para acariciar o rosto de Sam.

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