CAPÍTULO 31: DEMONSTRAÇÃO DE PODER

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- Aqueles são... - Phillípos estava pasmo com o que surgia no horizonte.
- Sim! - disse Sam também estático - Mas como? Como nos descobriram? - virou-se para Phillípos.
- Quando o Templo da Vida é ativado, sua localização é revelada. Assim, como pequenos pulsos de energia são lançados na atmosfera, não demoraria muito para as Trevas nos descobrir.
- Eu tinha me esquecido disso! - voltou a atenção para os inimigos - Droga, não dá tempo de avisar o Monte Olimpo e mesmo se desse, até reunirem o exército seria tarde demais! - respirou fundo mostrando frustração.

Mesmo sabendo a resposta Phílippos perguntou o que iriam fazer, recebendo apenas um olhar de Sam, que prontamente se apoiou no parapeito enquanto sua armadura surgia por todo seu corpo, seu namorado então falou:

- Isso é loucura! - se aproximou - Veja quantos são! - apontou para as Trevas.
- E você quer que eu faça o quê? Que a gente fuja e deixe meus amigos para morrer? - seu olhar era sério.
- Não, m-mas... - suspirou - isso é suicídio! - colocou a mão no rosto desapontado.
- Sou o Guardião, devo assumir minha posição! - olhava atentamente para o exército inimigo.
- Então, o que pretende fazer para derrotá-los? - sua armadura surgia pelo corpo e a espada na mão.
- Ganhar tempo até que os Deuses cheguem com os reforços! - falou uma voz feminina e conhecida.

Assustados pela voz feminina que invadiu o recinto que quase sempre era silencioso, os dois se viraram para ver Helena que estava parada de braços cruzados e ao seu lado estava Katos e Isís, todos usavam sua armaduras, exceto Helena, que pela gravidez, a barriga não permitiria vestir uma armadura. Então, trajava um longo vestido vermelho, com mangas largas para facilitar o manejo das mãos e braços na hora de conjurar magia, os detalhes feitos em linhas douradas nas mangas e na barra do vestido, dava charme e beleza a Helena, a cauda complementava com toda a beleza, amiga de Sam estava de fato como um verdadeira maga.

- Helena, o que faz aqui? E meu Deus, sua barriga... está enorme, oito meses? - o garoto correu para abraçar a amiga.
- Nove na verdade! - sorriu abraçando o amigo.
- Você não deveria estar aqui, nove meses o bebê pode nascer a qualquer momento! - estava sério e feliz por ver a amiga.
- Foi o que eu disse á ela! - Katos se aproximou do parapeito para ver os inimigos.
- Mas eu sou teimosa e vim mesmo assim, meus amigos precisam de mim! - tinha firmeza na fala.
- Sei disso! - disse Sam.
- Bom o que vamos fazer agora? - Isís perguntou.
- Quanto tempo até eles chegarem? - Phillípos cumprimentava Katos.
- trinta minutos! - Helena olhou para o portão - É atrás daquele portão que os dois estão?
- Sim, e eu tenho que proteger!
- Temos, isso que você quis dizer! - virou e deu pequeno tapa na cabeça de Sam que reclamou.
- Então o que estamos esperando? - disse Katos, pulando do Templo.
- Porque ele tem que ser assim? - Isís suspirou.
- Antes de ir, tenho algo a fazer! - Sam se posicionou perto do parapeito e tocou suas palmas no chão - Invocação da Floresta Viva!

Toda a floresta que havia em volta do Templo, ganhou vida. As árvores se levantavam como se tivessem acabado de acordar de um sono de eras, dos troncos surgiam os braços e mãos, as raízes desgrudavam do chão, permitindo que caminhassem, lentamente os olhos se abriam, revelando olhos reluzentes e prontas para atacar. Katos que corria entre elas sorriu fraco e falou baixo:

- Mostre do que é capaz garoto!

Helena estava admirada vendo as árvores se posicionarem diante do Templo, aguardando as ordens de Sam.

- Caramba, Sam! - virou-se para o amigo - Eu já vi você invocar algumas árvores agora dezenas delas, seus poderes aumentaram! - sorriu.
- Ainda não é tudo, vamos! - saltou do Templo, pousando no chão suavemente.

Caminhava no meio das árvores, falando que elas deveriam proteger o Templo a qualquer custo, que não deixasse nenhum inimigo passar, que elas eram as últimas defesas, caso tudo desse errado.

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