Árvore Da Vida

CAPÍTULO 4: CIDADE DE ATENAS

Ao serem interceptados pelos soldados Atenienses e levados até o Comandante Fetz, os três amigos caminhavam pelas ruas observando como era a cidade, casebres feito de pedras brancas com dois andares, iluminação feita com tochas penduradas nas paredes das casas que iluminavam também as ruas, árvores frutíferas enfeitavam os quintais de algumas casas e jardins dava cores a cidade, um lugar simples, mas muito bem cuidado. Algumas pessoas andavam pelas ruas, umas observavam de suas janelas o céu que se encontrava todo estrelado e outras simplesmente continuavam seu caminho, para qualquer que seja. Enquanto passavam pela Praça Central de Atenas, Sam notou que o aquele lugar formava um grande círculo ao redor da enorme estátua de uma mulher com um grande escudo em seu braço esquerdo e na sua mão direita uma espada apontada para frente, o ambiente movimentado mostrava que estavam no centro da cidade, havia tendas ao redor do círculo, algumas vazias ou fechadas outras com pessoas olhando para objetos e comidas. De costas para a estátua, uma escada levava a um lugar com enormes pilastras feitas de marfim, um palácio de cor branca, com torres altas que se destacavam em meio ao lugar, começaram á subir e em cada lance de escada terminado havia estátuas de homens e mulheres todos em uma pose diferente, mas um tinha chamado a atenção de Sam, Henry e Helena, segurando uma espada erguida para o céu e com a outra mão apontando para frente, a estátua não só lembrava o jovem que tinha salvado-os, mas como de fato era ele. Não acreditando Henry perguntou:

- Aquele não é o homem que salvou a gente e nos guiou até aqui?! - disse Henry baixinho perto do ouvido de Sam.
- Ele deve ser muito importante! - disse Helena ouvindo o cochicho.

Dentro do palácio, o lugar era impecável, tudo ali brilhava, os vasos de plantas feitos de ouro, o piso refletia os reflexos de todos que ali se encontravam. Caminhavam pelo corredor central através do tapete vermelho, e à frente avistaram o trono, sentado nele estava um homem, usando vestes parecidas como o do jovem que encontraram mais cedo, os três ao ficarem diante do homem, foram recebidos com a seguinte pergunta:

- O que estrangeiros fazem por essas bandas? - disse se ajeitando no trono e observando cada um.
- FALA VOCÊ! - Henry e Helena empurraram Sam para frente.
- Isso foi culpa sua, Henry! - falou baixinho olhando para seu amigo.
- Então, vossa alteza! - falava calmamente, mas foi interrompido.
- Não me chame de vossa alteza, as únicas altezas são os Deuses, me chame apenas de Comandante Fetz!
- Então, Comandante Fetz, estamos aqui, pois um homem que se denominou de Sem Nome, disse que poderíamos passar a noite na cidade de Atenas, já que de algum modo fomos teletransportados por uma espécie de runa mágica, palavras do homem que nos salvou e guiou até aqui! - ao final fez reverência.
- Mas acabamos de apelidá-lo de Lucas, achamos que combina com ele! - disse Henry rapidamente.
- Em que momento "nós" apelidamos ele? - Helena estava com medo de qual seria a reação do homem sentado no trono.
- Sim! - disse Sam - Concordei com o Henry que poderíamos chamá-lo de Lucas, enquanto subíamos as escadas - falou baixo.
- Homem Sem Nome? Entendo! - colocando a mão no queixo como se estivesse pensando - Será um prazer recebê-los, mesmo porque, que tipo de maldade vocês poderiam fazer? Claro que, não podemos recusar os amigos do herdeiro, crianças, apenas digam-me o nome e idade de vocês! - inclinou-se para frente.
- Sou Sam, tenho dezesseis anos, esses são Henry também com dezesseis e Helena com quinze anos! - falava calmamente.
- Muito bem, sejam bem-vindos a Pólis de Atenas! Soldado, acompanhe-os até seus respectivos quartos, deem comida e roupas á eles, pois se vestem como bárbaros! - "O que há de errado com uma calça jeans preta, uma camiseta polo e uma blusa de banda?" Pensou Henry - Amanhã será um grande dia para vocês! - Falava de pé e caminhava para fora do palácio.
- Sigam-me! - disse o soldado.

Já tomado banho e jantado, Sam estava deitado na enorme cama macia pensando em tudo o que acontecera desde que chegaram a Grécia:

"O ataque da fera, os poderes que foi obrigado a usar, os amigos que ainda não teve tempo para explicar sobre seus poderes, o jovem que os salvou e guiou até a cidade de Atenas, o local, o Comandante e o jovem... porque ele não sai dos meus pensamentos? Como ele também tem poderes? Gostaria de poder me encontrar com ele de novo! E porque Diabos, essas roupas parecem com vestidos?" . Em meio aos pensamentos Sam pegou no sono tranquilamente ou quase...

"Filho? Filho? Escute o que eu tenho à dizer, você é o escolhido, você tem o que é necessário para derrotá-los, mas ainda não descobriu! - estava com as mãos no ombro da criança.
Mãe, não me deixe! Eu tenho medo, medo da escuridão! Porque eu sou o escolhido? O que isso quer dizer? - estava aos prantos.
Você é forte filho! Você foi abençoado pela luz! AGORA VÁ, ELES JÁ ESTÃO AQUI! - se levantou ficando de frente para á porta.
NÃÃÃÃÃÃÃÃOOOO! MÃÃÃÃEEE! Não me deixe aqui sozinho!".

Caindo na escuridão, Sam acordou assustado, no escuro ele quebrou a barreira de pedra que se formou em sua volta, viu que o lugar estava todo bagunçado, a cortina e o vidro que cobriam a visão para a sacada estavam quebrados pelo forte vento de seus poderes, mas a brisa da noite de lua minguante e de céu estrelado adentrava o quarto, juntou suas pernas do corpo, abraçou e se pôs a chorar, logo pensou:

"Esses pesadelos voltaram me assombrar!".

Voltou à dormir apenas quando os primeiros raios de sol raiaram no horizonte, pois o cansaço se falou mais alto.

Em algum lugar nos céus:

- Sabia que eles o batizaram de Lucas, majestade? - falava a mulher enquanto fazia a reverência, o jovem apenas sorriu.
- Nunca pensei que isso aconteceria, mortais em nossa realidade! - observava as estátuas.
- Acha que a profecia começou a acontecer? -passava a mão nas mesmas estátuas que o jovem observava.
- Diga-me você, Deusa da Sabedoria, Atena! - observava agora no pátio dois homens se enfrentando.
- A profecia nunca errou majestade! Desde os tempos que seu pai ainda governava toda a Grécia, a profecia sempre se cumpriu! Não é atoa que... - observava o rapaz de frente para ele - E aquele garoto dos poderes elementais? - falou calmamente parando ao lado de Lucas, observando também a luta, que foi vencida pelo homem com uma lança nas mãos.
- Um garoto misterioso, com um potencial ainda adormecido! - falou virando-se de costas para a mulher - ele precisa ser lapidado, ser treinado! - caminhava para o jardim - Se de fato a profecia começou, prepare-se Atena, pois muitas coisas vão acontecer e pode ter certeza que o Monte Olimpo terá que interferir! - disse olhando entre ombros para a mulher parada com as mãos juntas em frente ao corpo - Tenha uma boa noite! - retirou-se do local. Atena observou a enorme placa de pedra presa na parede atrás da enorme tábula redonda e pensou:

"O guerreiro capaz de ter as trevas chegou, grande Zeus!".