CAPÍTULO 5: QUESTÕES

42 6 2
                                    

- SOLDADOS! FORMAÇÃO! NÃO DEIXEM QUE PASSEM PELOS PORTÕES! - o homem gritava dando ordens aos soldados para que entrassem em formação frente ao portão, preparados para atacarem.

Do outro lado, era possível ouvir gritos, barulhos de espadas, correria, a cidade tinha se tornado um verdadeiro campo de guerra, então o homem anuncia:

- SEJAMOS FORTES! SOMOS SOLDADOS, NOSSO DEVER É DEFENDER A PÓLIS DE TODO O MAL! - Ele sacava a espada da bainha.
- Comandante, a cidade está em chamas, estamos sob um ataque inesperado, estamos sendo dizimados, devemos recuar, a pólis de Argos abrirá suas portas para nós! - dizia o homem com seu arco e flecha em mãos.
- Escute soldado! CORINTOS NÃO SE RENDERÁ! - todos conseguiam sentir sua determinação.

Com isso, o último portão da pólis foi derrubado, revelando a frente os soldados protegendo a passagem para o palácio. Uma fumaça negra se forma na entrada, os homens em formação de ataque esperavam pelo sinal do comandante que estava no topo da escadaria do palácio vendo toda Corintos queimar em chamas negras, construções desmoronando, onde antes existiam jardins imensos de adorações aos Deuses, simplesmente estava destruído, o que antes era o templo sagrado para os deuses agora o que restava eram ruínas, a muralha da pólis já não existia mais e toda a alegria e cor que rondava a população, apenas o cinza passou a existir. O comandante sentiu sua mão tremular, sabia do medo e do desespero dos soldados, e percebera que antes dos oito mil soldados que protegiam Corintos, agora não passavam de mil, ele então de olhos fechados balbuciou uma reza:

- Óh! Grande Deus da Forja, Aristeu, abençoe nossas armaduras para resistirmos ao adversário, abençoe nossos escudos para que possamos nos defender de seus golpes, abençoe nossas lâminas para que nossos ataques destrua nossos inimigos e por fim tenha minha eterna devoção e lealdade à ti! - o sub comandante ao seu lado ouvindo a reza do amigo que há anos serviam juntos no exército de Corintos, pronunciou colocando a mão no ombro do Comandante:
- Amém! - sorrindo para o amigo que foi retribuído da mesma forma.

E então, entre as fumaças negras que rondavam o portão, surgiram criaturas, deformadas e queimadas, correndo em quatro patas na direção dos soldados que ainda aguardavam a ordem do Comandante, as criaturas tinham um forte odor de morte e enxofre, uma aura negra cercavam seus corpos com um único propósito, o de destruição.

- PELOS DEUSES... E PELA GRÉCIAAA! - Gritou o Comandante dando a ordem que todos aguardavam.

Os soldados avançaram na direção das criaturas que também vinham, o choque logo aconteceu. Os soldados usavam seus escudos para se defenderem das criaturas, forçavam ataques, rápidos e certeiros, pois suas lâminas leves e afiadas permitiam tal ação, desferiam ataques com escudos sendo acompanhados das espadas, as criaturas morriam uma após a outra.

- ARQUEIROS! FOGOOOO! - Deu a ordem o sub-comandante.

A chuva de flechas lançada há pouco, perfurava os corpos das criaturas que caíam uma atrás da outra, porém mais e mais criaturas apareciam das fumaças. O comandante já nas linhas de frente, dava ordens enquanto atacava criaturas de vários lados, seus soldados confiavam nele, sabiam que sua liderança era nata.

E então surgia da fumaça, um ser que caminhava calmamente, o barulho que se ouvia era o de sua armadura prateada tocando o solo sem nenhum respingo de sangue, a espada ainda na bainha deixava a impressão de que não havia participado da guerra, mas sim, ordenado. No lugar das mãos ele possuía enormes garras afiadas, não era possível ver seu rosto, pois coberto com o capacete deixava apenas seus olhos vermelhos cortantes à mostra, aquele ser observava o campo de batalha, mas não se exaltava, porém ele olhou seriamente para um soldado que corria em sua direção, gritando para desferir um ataque que se não esquivasse o acertaria em cheio, mas antes que o ataque pudesse acertá-lo, com suas garras desferiu um contra-ataque, fazendo a espada do soldado ser destruída e voar para longe dali. O soldado que antes estava determinado, agora possuía desespero no olhar, o Comandante olhava o seu soldado ser brutalmente cortado ao meio pelas garras do cavaleiro das trevas, pôde apenas sentir a dor de outra morte causada pela batalha.

Árvore Da Vida Onde histórias criam vida. Descubra agora