Ao se remexer na cama e perceber que o grande corpo definido de Phílippos não estava ali, Sam abriu seus olhos lentamente, vendo a luz do sol penetrar o ambiente por uma única fresta na cortina. Sentou-se na cama e relembrou os acontecimentos da noite passada, rapidamente foi tomado por dor e confusão, sua cabeça latejava pela falta de sono, porém não imaginava conseguir dormir, talvez o corpo quente e protetor de Phílippos o tenha feito dormir.
Se dirigiu para o banheiro, Sam nunca havia reparado que existia espelhos pendurados a cima da pia, ficou surpreso por exisitir pia, em um lugar onde ainda escreviam em pedras. Surpreendia-se a cada dia com aquele lugar.Feito suas higienes matinais e colocado sua roupa grega, desceu para o café da manhã, mesmo sendo tarde. Caminhava pelos corredores, o garoto foi tomado por calafrios ao lembrar do pesadelo, o lugar por onde correu com sua mãe, receoso ele olhou para trás, sentiu como se a mesma sombra do sonho estivesse ali, quando percebeu já estava no salão do trono, encarou a porta, ficou curioso em saber o que poderia existir atrás dela, o centro de Marimburg ou sua antiga escola, uma pergunta que ficaria sem respostas, pois se pôs a caminhar novamente.
Na cozinha, sentou-se ao lado de Phílippos que comia uma maçã e lia um pergaminho, curioso perguntou:- Do que se trata? - servia o suco para ambos.
- Bom dia?! meu Guardião! - olhou para o garoto.
- Desculpe, bom dia amor! - sorriu, dando um beijo na bochecha do homem.
- Um pergaminho de Esparta, parece que muitos jovens tem se candidatado para entrar no exército! - sorriu.
- Isso é bom, um exército forte precisa se manter forte! - comeu um pedaço do bolo.
- Exatamente! É... dormiu bem? - estava receoso com a pergunta.
- Nos seus braços... durmo maravilhosamente bem! - os dois riram.
- Fico feliz que meus braços o fazem se sentir seguro! - beijou o pescoço de Sam - Bem, não demore, estarei esperando por você lá fora, iremos atrás da runa! - piscou para o garoto, que apenas riu.Algum tempo depois, os dois cavalgavam no cavalo que Phílippos arrumou, Sam sentia-se feliz por aquilo, nunca andou de cavalo e sentir o vento em seu rosto o fazia se sentir leve, curtia aquele momento querendo que não acabasse, mas sabia que em poucos quilômetros estariam adentrando uma caverna, à procura de uma runa e provavelmente um dragão.
Faltando dois quilômetros para chegarem, Phílippos parou o cavalo tirando Sam dos devaneios que vinham, então perguntou:- Porque paramos? - olhava seu amor descer do cavalo.
- Quero te mostrar a vila em que morei! - estendeu a mão, ajudando Sam a descer.O cavalo se retirou para o pasto, enquanto os dois se afastavam para perto da vila.
Algum tempo depois, os dois estavam parado em frente á entrada, Phílippos então falou:- Essa é a vila onde cresci! - sorriu - venha vou te mostrar o lugar!
A vila no seu interior, era um lugar simples, casas simples feitas de madeira branca, a rua mto bem cuidada tinha pessoas carregando cestos com comidas e outras com roupas. As pessoas ao verem Phílippos, sorriram e vieram cumprimentá-lo, percebeu que o povo daquela vila possuía enorme carinho por Phílippos. As pessoas também o reconheceram, já que sua fama por ser o Guardião da Grécia havia se espalhado pelos quatro cantos, sorriu e cumprimentou a todos.
Depois de a recepção calorosa, os dois dirigiram-se para uma área mais afastada da vila, Phílippos contava histórias do lugar, algumas engraçadas outras mais sérias. Depois de caminharem por algum tempo, finalmente haviam chegado no destino, a caverna, sua entrada grotesca rodeada de árvores, cipós caíam pela entrada, e o barulho do vento entrando pela caverna, causava arrepios a qualquer um. Sam pergunta:
- Eu pensei que... - mas foi interrompido.
- Que a caverna ficasse pro outro lado ou mais pra frente? - riu.
- Pensei que me mostraria a casa em que morou! - encarou o chão.
- Ela não existe mais, foi destruído quando os bárbaros invadiram Marimburg! - deu de ombros.
- Entendo! - pegou na mão de Phílippos - O que faremos agora?
- Bom, vamos encontrar a tal runa! - sorriu, mas percebeu que Sam estava receoso - que foi, meu amor? - acariciou o rosto do garoto.
- E se os Cavaleiros das Trevas vierem? Eles sempre aparecem nos momentos mais importunos! - desviou o olhar envergonhado pelas carícias.
- A gente acaba com eles! - sorriu.
- Todos dizem isso! - deu de ombros - Mas eles sempre sabem como nos achar e como nos deter! - encarou os olhos pretos de Phílippos.
- Tenho um palpite sobre isso, mas isso não dá pra confirmar! - segurou a ponta do queixo.
- Qual?
- Talvez exista um infiltrado no meio dos Deuses! - olhou sério, enquanto ainda segura o queixo com ponta dos dedos.
- Dos Deuses? - Sam estava impactado - Você acredita que um Deus possa ser um traídor? - dizia ainda não acreditando naquilo.
- Amor, tudo pode acontecer! - segurou Sam pelos ombros - não estou afirmando nada também, ok? - sorriu.
- Talvez seja um General ou Capitão! - encarava Phílippos.
- Talvez!
- Os Deuses passam a maioria das informações para vocês generais, correto?
- Sim, mas nunca passaram informações sobre localizações de runas - encarou.
- Ok, vamos atrás dessa runa, depois duscutimos sobre isso! - sorriu.
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Árvore Da Vida
FantasíaSam um adolescente com um passado misterioso de origem até então desconhecida, com a incrível capacidade de controlar os elementos. Porém, isso não o impede de sofrer bullying na escola. Ao lado de seus melhores amigos Henry e Helena, estão sempr...