Árvore Da Vida

CAPÍTULO 7: MONTE OLIMPO

    Ao abrir os olhos lentamente, reparou que estava deitado sobre uma cama macia e grande, o ambiente recebia um pouco de luz do pôr do Sol que vinha da janela e consequentemente levava a sacada, a leve brisa faziam com que as longas cortinas voassem, além da cama o quarto tinha espadas grudadas na parede, um móvel de mármore com um vaso de planta em cima e ao lado da cama tinha um sofá divã comprido de cor branca. Deitado sobre ele estava um homem, seu corpo definido e esticado sobre o sofá, a perna esquerda dobrada, as mãos sobre a barriga, a respiração pesada indicava cansaço, mesmo assim continuava lindo, observava ele ali imóvel, podia reparar que a pele do rapaz era macia e lisa, sabendo que era Lucas, teve a incrível vontade de tocá-lo, mas segurou-se e pensou:

"Porque ele está aqui? Será que estou em seu quarto? Mas por quê? Quanto tempo eu dormi? E porque ele é tão lindo?".

   Sentado-se sem colocar os pés para fora da cama, sentiu seu corpo doer e latejar, ao redor de suas costelas haviam faixas indicando curativos, tinha em sua testa e mais alguns espalhados pelo corpo, seu braço doeu, numa tentativa de levantá-lo, gemendo baixo de dor, e ao olhar de novo para o jovem, levou um pequeno susto, este que antes estava dormindo, estava agora acordado observando e falou logo em seguida:

- Você não deveria se esforçar tanto! - sua voz saia com sono, sentou de frente para o garoto - Você se chocou fortemente contra a pedra! Uma outra pessoa qualquer teria morrido - se espreguiçava agora - mas você usou seus poderes para se salvar, foi esperto! - estava sentado na cama, ajeitando a franja de Sam.
- Foi sorte! - olhava para as mãos - Esse é o seu quarto? - disse corando.
- É sim! Por quê? - olhava para o curativo em seu braço - Parece que o corte abriu!
- Por que me trouxe para cá? - estava totalmente envergonhado - A-além disso, e-ele é meio...vazio! - fez outra pergunta rapidamente por cima da outra, fazendo Lucas rir.
- Bom... - ele estava mexendo na gaveta do móvel de mármore à procura de curativos limpos - achei que você se recuperaria mais rápido em um lugar calmo e tranquilo - voltando para perto de Sam, com curativos em mãos - e nada mais calmo e tranquilo do que meu quarto, além do mais sei que você tem apenas dezesseis anos... não se mexa! Vou trocar seu curativo! - tirando o curativo sujo do braço de Sam.
- O que você quis dizer com isso? - fez uma cara de dor enquanto sentia o algodão com um líquido percorrer seu ferimento, Lucas limpava o sangue que escorria, para fazer um novo curativo.
- Eu quero dizer que... as leis, a cultura, os métodos e as formas de pensar... - fez uma pequena pausa,  enquanto enfaixava o corte - não se aplicam á essa realidade! - sorriu - Abra seu coração e sua mente Sam! E não se preocupe, não fiz nada e nem vou fazer, apenas cuidei dos seus ferimentos! - ele continuava sorrindo.
- Desculpe, se eu tive alguma ideia errada sobre você! - desviou o olhar pro chão - E obrigado...por cuidar de mim! - os dois sorriram um para o outro - Onde estão meus amigos? Aonde estamos? - encarava Lucas.
- Seus amigos estão bem! Estão nos quartos de hóspedes - fez uma pausa antes de continuar - Bom...vou te levar até a janela e você me diz o que acha, ok? - ajudando o garoto de cabelos bagunçados a se levantar e acompanhando até a sacada.

   Ao chegarem na sacada, Sam deparou-se com uma magnífica visão do lugar, o sol terminava de se pôr no horizonte deixando todo o céu em tons de amarelo alaranjado e as primeiras estrelas brilhavam no céu . Olhou para os lados e via apenas o céu então perguntou:

- Estamos no céu? Digo é uma cidade flutuante? - olhava encantado para as belas construções feitas de estruturas médias, nas cores branco, marrom, dourado e prata, o lugar estava a cima se comparado a cidade de Atenas, passava o ar de potência e de fato parecia ser aquilo que queriam, toda a arquitetura feita tinha como princípios a racionalidade, a ordem, a beleza e a geometria.

- Estamos! Claro que daqui não da para ver tudo, os jardins, os templos, os salões - sorria - mas você logo conhecerá, sendo assim... - fez uma pequena pausa - Seja bem-vindo ao Monte Olimpo! - abriu os abraços, olhando para o lugar, Sam sorriu.