Árvore Da Vida

CAPÍTULO 41: O INÍCIO DO FIM

Seus olhos se abriram lentamente até que se acostumassem com a luz do Sol, que adentrava na caverna e como num assusto, Sam pulou e de pé tentava lembrar o que havia acontecido, como tinha chego até aquela caverna e para sua surpresa foi envolvido por um abraço, um abraço que fazia todas suas defesas caírem e pode ouvir quase que como um sussurro a voz do homem:

- Finalmente você acordou! - virou o garoto de frente para si e encarou-o.
- Phillípos! - sua voz saiu quase como um sussurro e em seguida teve seus lábios tocados gentilmente pelos de seu amado.

Um beijo calmo, que aos poucos foi cessando e ambos sorriram, felizes por ver um ao outro.

- Que bom, que você está! - passou a mão nos cabelos de Sam.
- O que aconteceu depois daquele dia? Onde estamos? Eu não havia sido banido? Meu Deus como estou sendo egoísta! - deu um salto pra trás - Amor, você está bem? - suas mãos tocaram o rosto do homem, que não se importava com o tanto de perguntas, apenas sorria feliz em ver namorado ali, na sua frente, bem e acordado.

Pousou suas mãos na de Sam e aos poucos as levou na altura de seu peito e falou:

- Estou bem! - sorriu - E fico melhor por ver você bem! - deu um selinho no garoto que corou - Você precisa comer e enquanto isso eu te conto tudo o que houve! - disse puxando um cesto cheio de comida.

Se ajeitou se encostando na parede e puxou a cesta para perto de si, enquanto Phillípos falava, o garoto revirava o cesto.

- Depois da batalha com o Lucas eu apaguei por alguns minutos, o que foi suficiente para vocês dois começarem a destruir um ao outro, do alto da montanha eu só consegui ver o fim da luta, foi quando eu recuperei minha memória! - olhou pro garoto que prestava atenção, mas ao mesmo tempo devorava os pães que haviam na cesta.

- Bom, pra você estar aqui na minha frente, isso quer dizer eu não fui banido? - perguntou esperando uma resposta.
- Ele não tinha intenção de te banir! - levou as mãos ao canto da boca de Sam, limpando-a.
- Mas eu ouvi ele dizer! - tinha um semblante confuso.
- o Raio Branco que caiu do céu após ele pronunciar que te baniria, não era pra te banir, mas sim pra te matar! - cerrou os punhos lembrando da cena.

Com a cabeça baixa, o garoto sentiu uma forte angústia e rapidamente percebeu a enorme cicatriz que estava em sua barriga, passou a ponta dos dedos lentamente sentindo a pele elevada e baixo ele disse:

- Então eu devia estar morto? - olhou cabisbaixo para Phillípos que com sua mão tocou o queixo do garoto levantando-o, seguido de um longo beijo nos lábios finos e quentes de Sam - Como eu ainda estou vivo e como viemos pra cá? - perguntou após terminar o beijo.
- Bom, depois que Lucas foi embora, você ficou lá, caído e agonizando, quando eu finalmente cheguei, você não estava mais consciente, eu tive que usar algumas magias para poder manter você vivo! - pegou uma maçã de dentro do cesto - Eu pensei que fosse perder você! - acariciou o rosto do garoto.
- Eu... - olhou para o chão - eu nem sei o que dizer! - olhou para Phillípos que ainda estava em estado de euforia por ver seu amor - Obrigado! - ele abraçou o mais forte que pôde o homem, que retribuiu se aconchegando em seu ombro - Por quanto tempo eu dormi?

- Duas semanas! - admirava os olhos de Sam.
- Não pode ser! - se levantou rapidamente - E o Henry? Como ele está? - caminhou com pressa até a entrada da caverna.
- Ele está bem! - seguiu.
- E as Trevas? Angmar ele deve estar atrás da última Runa, temos que nos apressar! - tentou fazer sua armadura surgir em seu corpo - droga, esqueci que não sou mais o Guardião! - revirou os olhos.
- Espera! - segurou o garoto pelo pulso
- O quê? - olhou para o homem que estava acoado.
- Você não pode ir lá, ainda está se recuperando da batalha - puxou o corpo de Sam para perto do seu - Se você aparecer diante do Deuses, o que acha que Lucas vai fazer? Te receber de braços abertos? - ajeitou a franja do menor que caía sobre os olhos.
- Eu preciso saber como o Henry está! - encarava o olhar apaixonante de Phillípos.
- Eu posso garantir que ele está bem! - sorriu.
- Como?
- Eu o vi na cidadela espartana, estava acompanhado de Lucas, eles nomearam um novo General de Esparta! - desviou o olhar.