Universo Obscuro - Livro 2

39-A caçada a Bris começa

Em uma estalagem modesta, os dois viajantes esperavam a comida que haviam pedido, refeições para agora e mantimentos para a viagem que estava quase chegando ao fim, pois Eliseo falara que já estavam perto do lugar de sua missão.

Havia mais outras quatro pessoas no local, e automaticamente Bris puxava o capuz quando alguém passava por perto, na última vez se repreendeu mentalmente, tinha que lembrar das palavras de Deon " Não agir como se os outros soubessem". Olhou para Eliseo e ele ainda escrevia uma espécie de carta.

_ O que é isso? _ Finalmente perguntou.

_ Uma carta, para Tayder saber como estamos.

Viu de relance alguém entrar no estabelecimento, e conseguira se controlar, não puxando mais ainda o capuz.

_ Não é arriscado? _ Perguntou dando atenção para Eliseo.

_ Depende... _ Guardou a carta em um envelope e se voltou para o homem que entrara ao ouvir muitos cochichos.

O homem pregava alguns panfletos na parede, quando terminou se retirou. Eliseo levantou e foi até lá. A essa altura Bris já havia visto do que se tratava, assustada vendo Eliseo indo até lá e arrancando um dos papéis se levantou rápido e foi até ele, agarrando sua mão. Seu coração estava quase saindo pela boca.

_ Fica calma, isso é normal. _ Eliseo olhou de relance ao redor, por sorte a casa estava vazia e ninguém notou a estranheza de Bris. _ Sempre tem mais informações atrás, quem está interessado arranca o cartaz. _ Explicou, viu a garota o olhar com espanto, abaixando a cabeça logo em seguida, como quem não crê em algo.

_ Eu sei... _ Disse sussurrando, e ela realmente sabia desse fato, que havia desaparecido completamente de sua cabeça.

_ Vamos subir. _ Chamou Eliseo pegando sua mão, indo em direção às escadas que davam acesso aos quartos do estabelecimentos, haviam alugado um por uma noite.

Já no quarto simples com uma beliche, os dois se sentaram na cama de baixo, e o rapaz começou a ler o que estava atrás do cartaz, que possuía um retrato de Bris.

_ Não disseram exatamente o que você fez, estão sendo bem vagos. Olha só _ virou um pouco o cartaz para ela _ sacanas, não colocaram um preço muito alto pra não levantar suspeitas, ainda assim alto o bastante pras pessoas se interessarem. Tem sorte de eu ser eu, se não fosse já tinha te entregado.

_ Hum. _ Bris apenas sorriu com descrença.

☆☆☆☆☆☆

Na torre do Vento, o príncipe Dragon exigia explicações de Mirla. Chegando em sua sala colocando o cartaz na frente de seu rosto para ter certeza que estava vendo.

_ Imagino que vai querer saber disso. O que está acontecendo? Eu não sei se sente-se culpada, mas deveria, custava ser mais gentil com ela. Vivi muito com você, para saber que é uma grossa, mesmo assim, Mirla, você exagerou, juntando se a Estearijor. Desde que ele apareceu...

Mirla o encarou com desprezo, e antes que pudesse expressar seus sentimentos em palavras Dragon falou novamente.

_ O que aconteceu com seu ombro? _ Notou aquela região enfaixada, não parecia ser algo pequeno. Se perguntava quantas coisas poderiam ter acontecido enquanto estava fora.

_ Não é da sua conta. E sobre Bris, se se importasse com as coisas que acontecem ao seu redor, saberia. Agora saia da minha sala, e nunca mais _ fez questão de levantar, apoiando as mãos na mesa _ coloque nada na minha cara.

Ficaram em silêncio por alguns minutos, e antes de Dragon resolver que seria melhor sair, duas pessoas entraram na sala, Estearijor e o rei Blaste.