24- Servatriz impura

44 4 47
                                    

Destriensy, um reino protegido por um mar de areia, lar da família cujo a linhagem era direta dos senhores do raio. Tal família, que sempre esteve no poder, era respeitada pelo povo do reino. Chegar em Destriensy, conhecido como o reino de uma cidade só, era uma tarefa difícil, o deserto abaixo de várias nuvens, de onde raios caiam constantemente, era traiçoeiro. No entanto, para dois jovens aquele deserto já não era mais tão desafiador.

Trajando roupas pesadas e armas peculiares, uma espada de lâmina abrupta e uma espécie de rosa dos ventos de quatro direções, que eram as lâminas dessa arma, eles marchavam para a cidade monumental, protegidas por muros e portões.

Um homem de curtos cabelos negros, dotado de uma aparência respeitosa, esperava pelos dois próximo de um dos portões. Ele curva-se levemente, levando uma das mãos perto do rosto quase tocando o polegar no nariz, quando os dois jovens chegam até ele. Estes repetem o gesto.

_ Mestre, _ a jovem que carregava a rosa se pronuncia _ ele fugiu.

_ Ahjer, Tayler… Vosso pai já sabe?

_ Não._ Responderam juntos.

_ Estamos indo informá-lo. _ Completou o garoto.

_ Acho melhor não irem.

_ Por quê?

_ O rei ficará furioso! Primeiro, procurem por seu irmão por todo o reino do vento se preciso for. Se não o encontrarem, então, contaremos ao rei.

Os dois concordaram.

☆☆☆☆☆☆

A sala seguinte pertencia a mercenária que acompanhava Yuri. Esta aconselhou que apenas ela, Yuri e Bris entrassem na sala, mas não fizera questão de explicar o porquê.

O deumiano não reclamou, já estava cansado e tinha fome, trouxera alguns petiscos, aproveitaria para fazer um lanchinho. Beca também pareceu conformada, tinha que se prepara pois depois da porta da mercenária só restaria a sua.

 Com os três do lado de dentro da sala, Medusa trancara a porta guardando sua chave em seguida.
Um campo montanhoso, coberto pelo verde das árvores e da grama e um belo céu azul. Para Bris, não havia nada de ameaçador ali. E logo lembrou, que na sua fala também não havia, e ficara alerta.

_ Yan! Isso já estava me incomodando.

Bris deixara de admirar a paisagem e se voltara para a mercenária, que lhe mostrou um sorriso perverso enquanto segurava a máscara ao lado do rosto.

_ Eu realmente pensei que me reconheceria assim que ouvisse minha voz, mas aí eu lembrei que você é meio lerda, se bem que a máscara cuidou de deixar minha voz horrível.

_ Anapoly, por que você está aqui… com ele?

_ Yuri?

_ Sim, ele é perigoso. _ encarou o rapaz com indignação, não sabia o que estava acontecendo ali, mas tinha certeza que, de alguma forma, a garota estava sendo enganada. _ Você não sabe quem ele é, ou  quem ele obedece.

_ Eu sei, sei de tudo, de Cairo os Omagaros e do que eles são capazes, por isso estou aqui.

_ O quê? _ Ficara intrigada.  _Então, por quê?

_ Porque, diferente de você, eu não sou capaz de ficar ao lado daqueles que me marcaram, me abandonaram e me lançaram olhares de desprezo.

Atrás de Anapoly a terra começou a se mexer, como se alguma coisa quisesse emergir das profundezas daquela terra e encontrar a luz do dia.

_ Cuidado _ avisou Bris.

_ Não se preocupe Brisinha, é só um amigo.

Mesmo com um sorriso no rosto, lágrimas percorriam a face da garota.

Universo Obscuro - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora