35- Um céu sem estrelas

21 1 4
                                    

" Nesta noite sem fim,
tenho apenas um desejo: que
haja luz nesse céu sem
estrelas."
[Airmer]

_ Maldição? _ Perguntava Eliseo, tentando entender.

_ É como é chamado as poções que "imobilizam" uma pessoa de alguma forma.

_ E como pode ter certeza?

_ O pessoal da torre faz isso quando tem que prender alguém da Terra.

_ E como sabe disso? _ Desconfiou, aquele rapaz tinha um olhar malicioso, o lembrava uma raposa.

_ Trabalho com o tipo de coisa onde é necessário saber, mas esqueça isso, sei uma das formas para livrar alguém disso. _ Parecia sentir certo orgulho por possuir tal conhecimento.

M já havia chegado quando os dois estavam para partir, e ao seguirem para o cais explicaram ao ruivo a situação. Não demorou muito para que avistassem Paul, e ao seu lado a garota.

O único que se manteve escondido fora Deon, pois sabia que o que estava fazendo poderia lhe trazer muitos problemas, mais do que já tinha, e essa era a última coisa que queria com LAPs da Grande torre. Enquanto isso, os dois piratas de terra se aproximavam, não se preocupando com descrição.

_Ei! _ Eliseo chamava a atenção do LAP, consequentemente a de Brisa também.

M sacou a enorme espada, cujo o brilho parecia um sinal de que queria batalhar, e saiu em direção ao LAP, que com a investida desviou para o lado esquerdo. Logo olhou para onde deveria estar Brisa, onde só havia o rastro deixado por Eliseo.
Voltou a atenção para o guerreiro que o atacava, tinha certeza que não o conhecia e não acreditava que fosse um amigo de Brisa, pois aquela garota não tinha amigos para resgatá-la.

_ Você tem noção do que está fazendo? _ Retirou duas lâminas escondidas no sobretudo que pareciam com dentes de um grande felino.

Bris não sabia se ficava surpresa por ver que Eliseo estava, supostamente, tentando salvá-la, por ele ser tão rápido quanto Tayder, ou por ver Deon ali. Não sabia o que perguntar primeiro.

_ O- o que estão fazendo? _ Fora o que acabara perguntando.

_ Salvando você, não parece óbvio? _ Respondeu Eliseo.

_ Não podem, eu não posso ficar longe dele.

_ Tudo bem, logo isso não será um problema. _ Dissera Deon.

_ Vocês planejaram alguma coisa?

_ Sim. _ Respondeu. _ Essa maldição sincroniza o seu kari com o da pessoa mais perto no momento que a maldição é colocada, bom, o funcionamento não é tão simples assim, mas não importa, pois até onde eu sei, só o que precisamos fazer é modificar o kari de um dos dois para interromper a sincronia. _ Explicou, dando a entender que era algo simples de se fazer.

_ E como pretende fazer isso, Deon? _ Era visível sua desconfiança, e o rapaz parecia não ter gostado de perceber isso, pois por um momento ficara bastante sério.

Eliseo chamou a atenção dos dois ao apontar para Paul, que escapava de uma investida impiedosa de M, e logo defender com os sabres um golpe com a espada, por estar longe não notaram que uma rachadura se formava na arma do deumiano. Bris observava apreensiva, pois ali estava a resposta para sua pergunta. M saltou, como vinha com um corte por cima do oponente, para se defender o deumiano colocara o sabre a frente do corpo, acima do rosto.

A garota que assistia ficara assustada ao ver o sabre se partindo e a espada de M marcar o ombro direito do deumiano. Quando deu por si, já estava indo até os dois e empurrando M para que se afastasse. Os dois que estavam com ela, foram atrás, entranhado tal atitude.

Universo Obscuro - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora