Universo Obscuro - Livro 2

37- Um passado que não voltará

O deumiano chegou no mosteiro ao atravessar o buraco negro. Cairo não escondia sua ansiedade e rosnou irritado com o rapaz, mesmo este vindo no instante que Cairo gritou em sua cabeça para retornar.

_ Onde está Mary, Yuri? _ Perguntou com um tom impaciente.

_ Não me deu tempo.

_ Desculpas? Eu dispenso. Hanayr está descontrolada por aí, procurando Mary, e você irá atrás dela.

_ Devo proteg-

_ A cabeça, Yuri! _ Gritou estufando o peito e invadindo o espaço daquele com quem falava. _ Não volte aqui sem a cabeça de Hanayr! _ Antes que o rapaz pudesse assentir, gritou o interrompendo. _ Agora!

O portal do deumiano apareceu novamente, sumindo depois com o rapaz. Serpente ainda estava ali, e não conteve olhar com desgosto para o mago, que se retirou assim que Yuri partira.

☆☆☆☆☆☆

Não demorou muito para os três, Bris, Eliseo e M, chegarem ao acampamento. O ambiente onde se localizava o acampamento era tortuoso, mas os dois piratas sabiam como driblar trilhas muito ruins. Bris se manteve calada quase toda a viagem, sem nem mesmo perguntar em que lugar estavam do país da terra. M também era fechado, depois de Bris perceber que o rapaz não ouvia é que acreditou entender o porquê, mas não era isso. M era realmente recluso e tinha certeza que ele a detestava, as vezes, conversando com Eliseo, ele apontava para o lado e mostrava caras de desprezo e irritação, isso se repetiu muitas vezes na viagem. Bris compreendia, sentia que estava dando trabalho, e o que poderia fazer, dizer para eles a esquecerem. Não seria o mesmo que dizer para Eliseo que ele não era capaz de manter sua promessa. E Tayder, também não se irritaria se ela simplesmente sumisse. Talvez sua crença nela já estivesse por um fio. E o que faria sozinha também. Muitas coisas borbulhavam em sua mente, enquanto era arrastada pelos piratas.

Quando chegaram ao acampamento, todos presentes cumprimentaram bem humorados os dois rapazes, todos pareciam ser próximos, deveria ser normal visto que o acampamento não era muito grande.

Havia várias habitações que misturava construções simples com tendas, no final uma casa de verdade, com dois andares de janelas compridas, era para lá que estavam indo.

O caminho dos três cruzou o de um homem magro e alto, que saia da casa, pela estatura e o cabelo comprido lembrava uma versão mais velha de Eliseo.

_ Estou esperando notícias de vocês há semanas, em que buraco se enfiaram? _ O homem os interrogou. _ E acho que deixei claro para M não ir com você naquela missão.

_ Mas eu não o levei! _ Pontuou Eliseo. _ Ele me seguiu.

_ Não pense que isso me fará ter bons olhos para você. Como não percebeu que estava sendo seguido? Me pergunto qual dos dois é o mais idiota.

M apontou rapidamente para Eliseo.

_ Isso não vai ficar assim, M. _ Dissera encarando o rapaz.

_ E que problema me trouxeram agora? _ Fez um aceno com a cabeça na direção da garota atrás dos dois.

_ É uma boa história... _ Começou Eliseo com um sorriso um tanto nervoso, e contara tudo que havia acontecido para o capitão, dizendo quem era aquela garota.

_ Então você descobriu três dos quatro lugares mantidos em segredo pela GT e ainda roubou as peças do onre debaixo dos seus narizes, não sei nem se eu conseguiria. _ Pontuou o capitão com admiração.

_ Não fui eu, senhor.

_ Ah... _ Suspirou e deu as costas para os três.

_ Espera, capitão! _ Pediu Eliseo.