Universo Obscuro - Livro 2

11-Acaso

Um rapaz e uma mulher andavam a passos largos, pelas ruas imundas do pequeno país, Má. O garoto não estava vestido com seu manto preto tradicional. Seus braços estavam expostos, mostrando o total de quatro braceletes no braço direito. Yuri olhava fixo para frente.

_ Yuri, o que você acha que ela pretende? Será que ela já descobriu?

_ Creio que não, acho que só está querendo se divertir... Preciso que vá para Blaste.

_ Só eu? _ Pergunta Gane surpresa. _ Eu sou forte, Yuri, mas não acho que daria conta dela.

_ Há outras pessoas lá.

_ Outro Omagaro?

_ Não, aquele que deve estar vigiando ela. Ainda não descobri quem é, mas sei que deve ser um LAP nível A. Se ela ficar em perigo o LAP à protegerá.

_ Entendi... Já avisou ao Cairo?

_ Não será preciso, é apenas um acaso.

_ Enquanto isso, o que você fará? _ Ela espera uma resposta que não vêm. _ Yuri, você não está pensando em enfrentá-la, está?

_ Não. 

☆☆☆

A capital, como sempre, estava tranquila, cada um fazendo seus deveres diários. Os LDTs estudando na torre, cada um com seu sonho e uma meta a ser alcançada. E os LAPs apenas os encorajavam, mostrando sua força e ensinando o necessário para que esses jovens alcançasse suas metas, LAPs com cargos importantes, como Dragon, que além de ser o príncipe do reino do Vento, também era o atual comandante do exército do reino. Cargo esse que era cobiçado por uma das nobres mais famosas do reino, Mirla Malri.

Um nobres eram LAPs ou qualquer tipo de guerreiro,  conhecidos por suas incríveis habilidades e imenso poder, mesmo não tendo um cargo importante em seu país, reino ou na Grande torre. Muitos dos nobres daquele tempo ficaram conhecidos a partir de lutas organizadas pela SSSD, uma organização que promovia lutas entre guerreiros como forma de entretenimento. Para os países e reinos: uma forma de seus LDTs e LAPs lutarem entre si sem serem punidos, e testarem suas forças. Para a SSSD: Uma forma de lucro. Para os guerreiros: além de ter a chance de ser conhecido e se tornar um nobre, uma chance de conseguir dinheiro também, pois havia sempre prêmios para os ganhadores.

Em uma pequena vasilha estava vários pedaços de maçã, cortadas em cubos, todas do mesmo tamanho. Uma calda de tom marrom fora colocada sobre elas. Bris encarava Mirla atenta ao que ela fazia.

A mulher, sentada, estava com uma expressão serena. A mesa de madeira separava as duas na sala. Com um garfo, a mulher pega um dos cubinhos de maçã com chocolate e o leva até a boca, em seguida olha Bris, em pé à sua frente:

_ O que você quer?

_ Foi você que me chamou aqui!

_ Ah, é mesmo, _ ela diz como se tivesse esquecido. _ Vá ver Jack.

_ Mirla... Por que você não mandou o mensageiro dizer isso?

_ Porque não. 

Bris a encara com uma expressão séria, dando meia volta e fechando a porta com força. Ao sair da sala ela dar de cara com Jack, que se aproximava da sala de Mirla.

_ Brisa?

_ Professor, Mirla disse que quer me ver, aconteceu alguma coisa?

_ Não se preocupe, não é nada. queria que fizesse algo para mim.

_ O quê?

_ Um dos eventos da SSSD irá acontecer no Vento do Sul, no estado Sul, preciso que vá para lá, assista e faça um relatório sobre quem participou.