† | Kathie Quinn aos olhos de todos é uma adolescente comum - humana, mortal. Todavia, nem tudo é o que parece. O seu lado perigoso e feroz, que durante dezoito anos esteve adormecido, vai despertar e muito na sua vida vai mudar, ainda mais.
Irá co...
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☙ Niall❧
Ao ver a humana, dona de uns cabelos castanhos, longos e brilhantes; dona dos olhos castanhos mais claros que alguma vez vi ao longo da minha existência e dona de um corpo belo e bem definido; a entrar pela porta da sala, acompanhada por duas garotas conhecidas, os meus sentidos despertam simultaneamente.
Os meus olhos percorrem o seu copo minuciosamente, centímetro por centímetro. Os meus ouvidos eliminam qualquer som nesta sala menos o som da sua voz melodiosa e dos seus batimentos cardíacos calmos e ritmados. A ponta dos meus dedos formigam ao imaginar como será a sensação de tocar na sua pele branquíssima e quente. O meu olfacto aguça-se ainda mais permitindo-me sentir o cheiro do seu perfume, do seu cabelo e, em especial, do seu sangue, o sangue mais tentador que alguma vez cheirei. E por último sinto o sabor do veneno na minha boca enquanto imagino como será o sabor do seu sangue vermelho e quente.
Ser um vampiro tem as suas vantagens. Conseguimos ver, sentir, cheirar e fazer coisas que os humanos não conseguem.
- Vocês estão a sentir? – Pergunto num tom tão baixo que é impossível um humano ouvir.
As humanas sentam-se lá na frente e sou avassalado com um sentimento de desilusão. Sou apoderado pelo desejo de querer estar mais perto do seu cheiro deliciosos, é como um íman que me puxa na sua direção. Estar no meio de tantos humanos, especialmente adolescentes em que o seu sangue está carregado de hormonas, não é fácil. Todavia, o sangue dela consegue sobrepor-se ao dos restantes. Fascinante.
Sinto a garganta a arder, o que não é um bom sinal.
- Concentra-te. – Zayn, sentado à minha direita, diz entre dentes.
Sustenho a respiração e foco os meus olhos nos cabelos soltos e pousados nos ombros estreitos da garota nova. Não preciso de respirar, há muitos anos, é apenas um hábito e, também, uma forma de passar despercebidos no meio de tantos humanos. Iriam estranhar ao depararem-se com alguém que consegue suster a respiração por tanto tempo.
Ainda com os olhos postos na humana, um papel cai em cima do caderno aberto por cima da minha mesa. Pego nele e reconheço a inconfundível caligrafia de Louis, torta e praticamente ilegível.
"Não quero acabar a limpar a tua sujeira.
Como sempre."
Amasso o papel e atiro-o na direção de Louis, sentado ao lado de Liam. O papel bate-lhe na cabeça e ele sorri-me completamente divertido com a situação. Na verdade talvez ele se junte à minha sujeira se eu sucumbir à tentação. É por isso que está tão divertido.
Apesar dos meus anos de existência e experiência pode-se dizer que tenho alguns problemas com sangue humano. Tenho pouco controle na maior parte das vezes e com o aparecimento da nova humana, esse pouco controle pode passar a ser inexistente.