† | Kathie Quinn aos olhos de todos é uma adolescente comum - humana, mortal. Todavia, nem tudo é o que parece. O seu lado perigoso e feroz, que durante dezoito anos esteve adormecido, vai despertar e muito na sua vida vai mudar, ainda mais.
Irá co...
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☙ Desconhecido ❧
Os nossos lábios chocam repetidamente e sonoramente à medida que as suas mãos quentes descem pelo meu abdómen até ao interior dos meus boxers. Aperto os seus braços, delicadamente, sem sentir nada perante o seu toque. Já não sinto o que sentia quando ela me toca.
De repente, aquela sensação magnética avassala-me. Sinto-me a ser puxado numa única direcção e, com certeza, não é na de Jenny.
Escuto uma voz feminina e Jenny afasta-se imediatamente de mim. Vejo-a puxar a saia para baixo e apanhar a blusa do chão, só então é que olho para a garota parada junto da porta. O meu corpo petrifica por completo e o desejo de tocar-lhe preenche-me.
Percebo instantaneamente o porquê daquela sensação magnética.
Apesar de ter os olhos tapados pelas mãos sei perfeitamente que é a garota do parque de estacionamento. Sinto-o em cada célula do meu corpo. A mesma garota que não sai da minha cabeça desde a primeira vez que a vi, a garota que procuro com o olhar sempre que chego na escola com a esperança de a encontrar sozinha e não acompanhada por aqueles malditos cinco sanguessugas que parecem ter tanto interesse nela.
Quem é ela e porquê que me faz sentir assim? Nem sei o seu nome!
Perco a noção do tempo, imóvel contra a parede, enquanto a observo atentamente para tentar entender todo este mistério. Ela é linda, muito linda, mas percebo que não é apenas isso. É algo mais. Ela faz-me querer estar perto dela, para sempre, o que é deveras intrigante. Nunca me senti assim, sinto que a amo mais do que tudo no mundo.
É um sentimento que nem eu próprio entendo ou sei descrever.
O problema é que não a conheço, nunca falei com ela e nunca a tinha visto por aqui até aquele dia.
Quando dou por mim estou a segurar no seu braço, impedindo-a de sair deste banheiro. Viro-a delicadamente e os seus cabelos embatem no meu rosto, possibilitando-me cheirá-los nos milésimos de segundo que passaram como se fossem minutos. Uma mistura de shampoo de frutos exóticos e um leve aroma a baunilha que exala da sua pele branca.
Encaro os seus olhos arregalados, chocolate e caramelo, e volto a sentir a sensação de que lhe pertenço e ela a mim. Escuto o seu coração a bater aceleradamente assim como o meu, que bate freneticamente contra o meu tórax.
Desvio os olhos dos seus e olho para o seu cabelo castanho e brilhante. Inconscientemente enrolo uma mecha do mesmo nos meus dedos sentindo o quanto é macio. Não preciso de aproximar-me muito para sentir o seu aroma, o meu olfacto é bastante apurado até para senti-lo se ela estivesse a metros de distância.
- O q-que...? O que estás a fazer?
A sua voz, apesar de estar nervosa, é música para os meus ouvidos.
Solto a mecha de cabelo, voltando a focar-me nos seus olhos. Apercebo-me do seu desconforto por causa da nossa proximidade e por muito que me custe, recuo um passo soltando também o seu braço. A minha atenção foca-se na sua blusa e esboço um pequeno sorriso perante a ironia da situação.
