† | Kathie Quinn aos olhos de todos é uma adolescente comum - humana, mortal. Todavia, nem tudo é o que parece. O seu lado perigoso e feroz, que durante dezoito anos esteve adormecido, vai despertar e muito na sua vida vai mudar, ainda mais.
Irá co...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
☙ Kathie ❧
Eu não acreditava que alguém conseguisse mudar assim, de repente. Fico surpreendida de verdade com este Justin que tenho à minha frente, ele está realmente a cumprir a sua palavra.
Enquanto comemos as nossas fatias de pizza – fico pasma quando ele pede quase uma pizza inteira para ele enquanto eu pedi duas fatias – acompanhadas por milkshake de chocolate conversamos acerca um do outro, respondendo às perguntas de cada um. Ele está realmente a esforçar-se para desfazer-se daquele Justin com que tive de lidar e isso deixa-me contente e menos apreensiva quanto às suas intenções para comigo – apesar de saber quais são visto que já deixou isso bem claro.
Antes de aceitar sair com ele, lembrei-me do que o Niall me disse... Que o Justin e o seu grupo não são boas pessoas. Fiquei realmente tentada em recusar o convite de Justin, mas não me posso basear na opinião dos outros e as pessoas merecem uma segunda oportunidade. Mesmo quando a pessoa que nos aconselha é um amigo.
Agora consigo ver que no fundo o Justin é um garoto divertido, delicado e deveras curioso que só quer conhecer-me melhor - mesmo eu ainda não tendo entendido o porquê, não que me esteja a desvalorizar, só acho estranho. Vejo agora que, apesar das suas atitudes iniciais, ele é um pouco diferente daquilo que construí na minha cabeça e sinto-me mal comigo própria por o ter julgado daquela forma. Se bem que o facto de o ter julgado sem o conhecer é culpa dele, se ele não me tivesse agarrado daquela forma no corredor ou no vestuário, talvez tudo tivesse sido diferente.
Aquele Justin que é atiradiço e que não pensa antes de falar ou agir parece que está adormecido, mas não posso negar que o meu coração bateu descompassadamente quando julguei que ele me ia beijar quando estávamos naquele corredor arrepiante. Não sei o que aconteceu... Quando ele me toca, parece que fico enfeitiçada, o meu corpo não responde mais aos meus comandos e trabalha por si só.
Antes de cada um seguir o seu caminho, depois de almoçarmos, trocámos os nossos números de celular para eu puder avisar-lhe se posso ou não sair com ele esta noite. Estou curiosa, deveras curiosa, com o que ele possa estar a tramar, mas não o questionei porque sei que vai ser difícil convencer o meu irmão a deixar-me ir e não quero dar-lhe falsas esperanças acerca deste encontro. O problema, na verdade, não é por ser segunda-feira porque sempre posso vir cedo para casa – como o Justin disse -, o grande problema é como vou explicar ao Matt que vou sair com um garoto.
Entro em casa sem fazer barulho. Passou quase uma hora depois da hora em que, supostamente, tenho de estar em casa e se levar um sermão por causa disso... Duvido muito que possa sair esta noite. Aliás, estes sermões estão muito frequentes, mas não aconteceriam se o Matt não fosse tão chato e me deixasse voltar às horas que eu quero.
Suspiro ao entrar na cozinha e deparar-me com Matt encostado à bancada com uma maçã vermelha na mão.
- Porquê que tens um celular se nem as horas consegues ver? – Pergunta-me sem ao menos me cumprimentar ou olhar para mim, brincando com a maçã, atirando-a ao ar e apanhando-a quase de seguida.
