Os dois amigos passaram o restante do dia juntos fazendo coisas que há meses nem se lembravam de quanto era divertido. Kurenai não pensou duas vezes em desistir de seu dia de serviço para ficar perto de Iruka, nem conseguiria trabalhar o deixando sozinho. Diante disso, o dia foi regado a comidas doces, pipoca e outras besteiras enquanto assistiam filmes que gostavam e comentavam mesmo que soubessem cada frase.
Quem passasse perto daquela porta escutaria coisas como:
"Ele não a merece! Ele é um babaca, eu super iria preferir que ela ficasse no final com o John, charmoso e misterioso!"
"Ah, mas olhe o corpo do amante, com essa definição eu concordo plenamente com a decisão tomada."
E coisas relacionadas aos filmes românticos que insistiam em assistir e comentar sobre.
Não trocaram mais nenhuma palavra sobre o incidente de Iruka, Kurenai queria vê-lo feliz e não se lembrando de traumas. Poderia ver como o amigo estava mais leve e gostava disso.
Por ter ido desprevenida acabou recebendo uma muda de roupas do homem para vestir após uma ducha antes de dormir.
No dia seguinte Kurenai despediu-se dele, pois precisava voltar para seu apartamento ficar menos bagunçada, mas prometeu que retornaria e fariam algo diferente naquela noite. Iruka não negou a proposta, entretanto uma parte de si queria continuar acolhido em sua própria casa sem sair dela por um bom tempo.
Em outro lado da cidade havia uma pessoa claramente de mal humor que escondia horrivelmente seu estado. Estava fardado com seu uniforme, a camisa por dentro do colete negro se estendia até cobrir seu rosto até o nariz, tinha o costume de esconder seu rosto quando estava fardado e ninguém nunca reclamou sobre, apenas certa curiosidade. Sentado entediado olhando pela janela do veículo com uma pasta cheia de folhas repousando em uma de suas pernas, já tinha lido o conteúdo delas e estava pensado sobre. O rádio tocava uma música qualquer em volume baixo, e nem dava atenção para o companheiro de equipe que cantava pouco se importando de que deveria impor uma postura diferente dentro de uma viatura.
- Tell me why, ain't nothin' but a heartache, Tell me why! — Cantou apontando o indicador para o amigo ao lado entrando de cabeça na emoção que a música o passava não dando a mínima se seu show não estivesse agradando o público, o qual limitava-se à Kakashi. — Ain't nothin' but a mistake, tell me why, I never wanna hear you say, I want it that way
Sendo a tradução literal da canção "I Want It That Way" dos Backstreet Boys algo beirando à:
"Diga-me por quê
Não foi nada além de uma mágoa
Diga-me por quê
Não foi nada além de um erro
Diga-me por quê
Eu nunca quero te ouvir dizer"
Kakashi não esperava que Asuma se importasse com qualquer coisa desse tipo, afinal aquele era o homem que fumava durante o trabalho não ligando para qualquer regulamento que proibia isso. Então, a performance musical também não seria impedida de ser realizada por linhas escritas em uma papel dizendo que não poderia.
- I want it that way! ("Eu quero assim").— Cantou em um tom mais alto e não tão afinado como pensava, fechou momentaneamente seus olhos entrando no ritmo do refrão.
Quando ia continuar o restante da letra parou de escutar o som ao fundo, abriu os olhos vendo que o parceiro havia desligado seu rádio na melhor parte da música nem se dando ao trabalho de avisar.
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Mascarado - KakaIru
FanfictionIruka, era um jovem professor ligeiramente desanimado com sua própria profissão até ver sua vida quase se esvaindo por um fio. Sem esperanças de sair livre da situação que se meteu, viu um homem mascarado o salvar, permitindo sua segurança. Diversas...