Revelações

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Iruka acordou no meio da madrugada assustado pelo sonho tão vívido que teve. Seus cabelos castanhos estavam soltos em uma completa bagunça, o peito desnudo e uma calça de moletom em suas pernas deixando algo bem marcado no tecido. Apesar das temperaturas baixas do quarto seu corpo estava quente e até com algumas gotas de suor. Fechou os olhos rigidamente tentando controlar sua respiração e sentir o estado que se encontrava não melhorava em nada. Por algum motivo seu sonho o levou até aquele olho vermelho e aquela cicatriz, o resto não quis nem tentar lembrar-se, pois mesmo ali sozinho estava em completa vergonha.

Colocou o travesseiro sobre seu rosto para que aquelas imagens não voltassem em sua mente, mas era impossível e tudo isso só piorava o estado em que se encontrava. Seu membro latejava pedindo liberdade daqueles tecidos. Manteve seu rosto escondido como se aquilo o ajudasse a sentir menos vergonha do que faria, não poderia ficar daquela forma, mas não dormiria enquanto não resolvesse seu problema.

Passou uma de suas mãos em seu abdômen sentindo o calor de sua pele e uma pequena definição dos músculos. Adentrou o tecido da calça passando os dedos em seu membro. Com certa urgência puxou mais daquele tecido para baixo o libertando finalmente e dando espaço para aquela ereção motivada por um sonho qualquer.

Deixaria para sentir-se envergonhado na manhã seguinte, pois naquele momento só queria se concentrar em movimentar sua mão e aos poucos contorcer-se na cama. Retirou o travesseiro de seu rosto apenas para ter visão do quarto, principalmente do móvel ao lado de sua cama, com certa agilidade procurou um frasco em uma das gavetas e lambuzou sua mão com ele. Gemeu baixinho com a sensação gélida quando passou aquele conteúdo em seu membro. Aumentou gradativamente aqueles movimentos querendo finalizar o quanto antes, seus olhos vagaram sem foco nenhum até a janela do quarto, mordeu os lábios impedindo que mais algum gemido baixo escapasse e sentiu aos poucos seu corpo ser tomado uma explosão de tesão. Queria aumentar o ritmo de sua mão, mas ao mesmo tempo queria ir mais lentamente para aproveitar as sensações.

Arqueou a coluna com aquilo mais eminente em seu corpo, seus pés apertavam o tecido do lençol com certa urgência. Novamente aquela imagem do sonho voltou em seu cérebro e se misturou com algumas cenas daquela noite, da pessoa do bar. Então, acabou fechando seus olhos para que conseguisse ter seu sonho mais nítido, não queria confundir-se com outros pensamentos. Mordiscou os lábios com tamanha força que sentiu o gosto férrico de uma linha fina de sangue em sua boca. O gemido mais alto e uma tentativa falha de controlar sua respiração foi quando estava no ápice, não aguentava mais segurar e apenas se entregou.

Sujou sua mão com aquele líquido, o cobertor e até sua própria calça. Parecia um adolescente tão necessitado a ponto de utilizar sua própria mão, mas não era como se pudesse evitar em realizar seus desejos.

"Eu acabei de, literalmente, bater uma punheta por causa de um sonho erótico com um cara que eu só vi os olhos?" — Perguntou-se a si mesmo em pensamento tentando raciocinar sobre o que tinha feito. Respiração ainda ofegante e corpo relaxado esparramado pela cama. — "Talvez a culpa seja do álcool, com certeza o álcool".

Se Iruka tinha até se aproveitado de sua mão naquela madrugada, Kakashi por sua vez tinha passado boas horas pensativo após aquela despedida. Estranhamente aquelas palavras que ouviu do professor de geografia falante tinham mexido em sua cabeça de um modo estranho. Gai dirigiu alguns minutos solitário até chegar em seu apartamento, o trajeto foi divertido para ele, afinal em bons momentos negou com a cabeça deixando um sorriso em seus lábios pela tamanha cara de pau do melhor amigo em não ser nada discreto em ir embora com Iruka.

Kurenai após um tempo deixou de lado sua preocupação com Iruka, pelo menos enquanto estivesse acompanhada de Asuma e agradecia ter saído com ele, pois não, ao contrário do que pensou, não se arrependeu em nenhum momento durante as horas que passou ao lado do homem barbado que até tinha parado de fumar em sua presença. Entretanto, ali sozinha vendo o sol iluminar seus móveis e deixar alguns raios trazendo calor em sua pele, não poderia negar o impulso de ter quaisquer notícias do amigo.

Mascarado - KakaIruOnde histórias criam vida. Descubra agora