Sem dúvidas a gravidez mudou a todos e não apenas o casal mudando a rotina, planejamento de vida e adaptação para receber uma criança. Então, todos os tios que o pequeno bebê teria, também estavam se adaptando a nova integrante que viria para completar a todos de uma maneira boa.
Essa ‘mudança’ não se referia a apenas a aguentar Kurenai, suas mudanças repentinas de humor, enjoos recorrentes nos primeiros meses, estresse, reclamações sobre seus pés inchados, assim como alguns desejos peculiares que faziam Asuma praticamente cair da cama durante a madrugada e tentar encontrar algo aberto naqueles horários para deixá-la feliz, muitas vezes ao retornar para a casa encontrou-a apagada na cama pouco se importando com o alimento. Além disso tudo, também precisavam servir de empregados dela vez ou outra, principalmente Iruka que tinha mais contato, além de Asuma. Sendo assim, diversas vezes precisou fazer massagens em seus pés, buscar comida em distâncias mínimas e coisas nesse sentido, porém, por outro lado, quando a barriga começou a mostrar-se, tudo fez sentido e ninguém reclamaria sobre ajudá-la.
- Sinto-me vingada vendo todos vocês, seus otários, trabalhando para mim. — Kurenai pontuou apoiada na porta branca, sorriso presunçoso olhando os homens e uma garrafa de água na mão.
No corpo, uma camiseta que já não conseguia ter a mesma eficiência em cobrir toda sua barriga, pois agora deixava um trecho de pele a mostrar a baixo do umbigo, aliado a isso, uma calça de moletom que Kakashi tinha certeza que era de Asuma, mas não comentou sobre isso em voz alta; chinelos nos pés e cabelo preso.
Os outros, por sua vez, estavam ajudando o casal a deixar o quarto da filha deles organizado, ou seja, Gai, Yamato, Kakashi e Iruka.
Os dois últimos citados, estavam lado a lado, um deles com a mão apoiada no próprio queixo, olhar bicolor pensativo encarando duas folhas de papel com escritas pequenas, desenhos e indicações de como deveriam montar o berço. O moreno de cabelos presos possuía uma chave em mãos, embora não soubesse se deveria confiar em seu conhecimento prático naquele quesito, pois seu medo se sobressaía a vontade de auxiliar o casal na montagem, não queria que o bebê logo em seus primeiros dias simplesmente caísse no chão porque seu berço foi mal instalado.
Asuma, o pai que se demonstrava extremamente cuidadoso com pequenos detalhes e sempre direcionava o máximo de carinho naquela barriga e a pessoa que a possuía, estava dobrando as peças pequenas de roupas para guardar no pequeno móvel que Yamato e Gai, após muita conversa sobre como deveriam fazer e enfim chegando ao consenso, conseguiram montar. Vez ou outra pegava algum dos vestidos, body ou simples brinquedos e mostrava para Kurenai mexendo com as duas mãos demonstrando sua empolgação.
Na metade da gestação, mais ou menos, conseguiram finalmente descobrir o gênero do bebê que estavam esperando. Então, deitada em uma cama hospitalar, um gel de consistência estranha sobre a barriga e um aparelho passando sobre sua pele conseguiu finalmente ouvir da médica que era uma garotinha, embora ela e Asuma tenham se olhado com a típica expressão: “Como ela conseguiu ver isso aí? Eu, sinceramente, não estou entendendo nada, mas é fofo porque esse negócio aí é o nosso bebê”.
Somente não disseram nada um ao outro para não estragar o clima de felicidade instalado entre eles com aquela informação.
Depois disso, presentes e mais presentes foram chegando de todos os lados, tanto familiares como, principalmente, os amigos.
O presente que mais se surpreendeu e deu risada ao receber foi presenciar o militar chegando em um dia qualquer na delegacia, parando na porta da sala deles, sendo que os dois outros esperavam que apenas tivesse vindo ver Gai, porém apertou uma embalagem escura e jogou com firmeza contra ele com a intenção de acertar no rosto. Com agilidade pegou em mãos e tratou de abrir, ao retirar de dentro viu um brinquedo qualquer que não entendeu exatamente o que fazia, apesar das cores estranhamente chamativas e uma música irritante saindo ao apertar alguns botões, além de um vestidinho pequeno rosa que certamente não visualizava Yamato comprando.
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Mascarado - KakaIru
FanfictionIruka, era um jovem professor ligeiramente desanimado com sua própria profissão até ver sua vida quase se esvaindo por um fio. Sem esperanças de sair livre da situação que se meteu, viu um homem mascarado o salvar, permitindo sua segurança. Diversas...