Me sentia ansioso. Ficamos talvez por duas hora e meia em silêncio admirando o céu. A mão de Mew na minha todo o momento. Nosso retorno foi um continuum do silêncio. Mew nunca ficava tão quieto, mesmo durante o dia, quando se distanciava, ele ainda continuava a conversar comigo. Será que depois do que eu disse, ele achou demais?
Suas palavras se mantinham na minha cabeça em looping. Não queria tirar qualquer conclusão apressada, mas parecia que para ele, nossa relação estava em algum nível em que ele mesmo não sabia lidar. E, para ser sincero, nem eu. Como era para se comportar? Eu não sabia! Nunca estive nesse meio termo antes. E o que pesava era o fato de que eu estava consciente dos meus sentimentos por ele, não dava para fugir.
Me mantenho quieto, sentado na cama, o aguardando sair do banheiro. Nós comemos algo na rua, mantivemos uma conversa leve acerca do lugar, nada demais. Mas era óbvio que alguma coisa estava deslocada.
Jogo minha cabeça para trás, exausto de pensar sobre isso. Era sempre assim ter de lidar com seus sentimentos e com o próximo? Cheguei a uma saída que soava meio amarga, mas era a única que fazia sentido. Mew não correspondia os meus sentimentos da mesma forma, isso eu já tinha em mente. No entanto, talvez ele não sabia como terminar isso. Eu sei que ele não gosta de me magoar e que importo para ele, mas isso não significa que ele não possa e não queria frear o que está rolando entre nós.
Assim que escuto a porta abrir, me endireito e o observo caminhar até a cama. Ele se deita ao meu lado, ajeitando a coberta por cima de si. Riel podia ser quente de dia, mas era muito mais frio a noite.
- Amanhã quer ir fazer escalada ? Na parte de cima do monte Ru há um lugar legal para se visitar, dá para se bronzear, tirar fotos, tem até mesmo piscina. - Ele sorri quando aceno. Me dando um beijo rápido na testa e volta a se deitar. - Boa noite G.
Suspiro profundamente. O quarto estava parcialmente escuro, a luz da lua e das pequenas lanternas azuladas na parte de baixo das paredes davam o quarto uma sensação de que estávamos submersos.
Eu quero tanto te tocar.
Olho para as costas de Mew. Ele raramente me dava as costas. Droga. Tomando uma última lufada de ar, me aproximo dele, colando meu corpo contra suas costas. O rodeio com o meu braço, tocando seu peito e me pressionando mais fortemente contra ele.
- Mew, você já vai dormir? - Murmuro em seu ouvido, aproveitando para depositar um beijo no seu nódulo, antes de suga-lo.
- Melhor irmos descansar. - Murmura, não se mexendo. Afasto o sentimento de frustração e continuo.
- Mas eu não estou cansado. - Levo minha mão para dentro de sua blusa, e permito meus dedos acariciarem sua pele, que estava quente. Desço espalhando beijos em seu pescoço até chegar em seu ombro. - Mew, você vai mesmo continuar a me ignorar assim?
Sua respiração já estava audivelmente alterada, assim como os movimentos de seu peito num descer e subir intenso. Tomo coragem para descer a minha mão até a barra de sua calça, finjo que minhas mãos não estavam tremendo e nem que eram inexperientes no corpo de outro homem. Afago o volume evidente por cima dos tecidos. Mew solta um suspiro, minha respiração já tão alterada quanto a dele.
- Gulf ? - A voz de Mew soava baixa e arrastada. Era aquela mesma voz da última vez. Mew se vira, ficando de costas no colchão, seus olhos miram em mim. Apesar da coloração mais escura, eu podia ter certeza que as pupilas dele estavam dilatadas. Ele põe sua mão por cima da minha. - Se for fazer isso, faça direito.
Mew pressiona meus dedos contra seu volume que pude senti-lo completamente em minha mão. E mesmo com todo o tecido era como se minha pele ardesse com o contato.
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Friends
FanfictionEra só que, por esses meses, eu me sentia mais suave que antes na presença dele. Eu entendi o que esta acontecendo, mas não parei para analisar, provavelmente esse seria o conselho dele, entretanto, não queria fazer isso. Pois, se eu entrasse no cun...