Jimin.
Pela primeira vez sinto seu cheiro de perto. Pela primeira vez nossos cheiros se misturam. Pela primeira vez me aninho em seus braços, sentindo seu calor e seu carinho. Pela primeira vez... Me sinto em casa!
Meu lar, é onde me sinto acolhida, onde sem precisar de palavras dizemos tudo que sentimos, onde somente com um olhar podemos ler o coração do outro.
Um lar vai muito além de paredes, móveis, ou qualquer outra coisa. É acolher, onde posso ser quem sou e apesar de todos os meus defeitos, mesmo assim, ser amada. É assim que me sinto agora aninhada em seus braços, sentindo seu perfume que tanta falta me fez. Sentindo o cheirinho de lar!
Ficamos envolvidos nesse abraço por um longo tempo, como se nenhum de nós quiséssemos sair.
— O senhor precisa descansar — digo ainda dentro do abraço — Depois dessa longa viagem, deve estar cansado.
— Realmente, estou exausto — Sr. Jeon continua fazendo um carinho em minhas costas — Eu estava tão preocupado com você que não consegui dormir durante o voo.
Me afasto de seus braços e me levanto estendendo a mão para ele — Vem, vou te levar para seu quarto, assim o senhor descansa um pouco.
— Me chama de Jungkook — ele diz enquanto me acompanha — E não precisa dessa formalidade, pode me chamar de você.
— Tá bom, vou tentar... — sorrio olhando em sua direção — Vai ser difícil pra eu me acostumar.
Deixo Jungkook no quarto onde está sua mala, sorrio e vou procurar por Sr. Kim, preciso falar sobre minha decisão. Vou até a sala, encontrando o Sr. Kim e os meninos e minhas cunhadas, preciso aprender a chamá-lo de pai.
— Oi, já levei ele para o quarto de hóspedes — digo me sentando ao lado da minha família — Podemos conversar agora?
— Sim, então, qual sua decisão? — meu pai pergunta sentando a minha frente.
— Eu já havia decidido que voltaria com eles — digo — mas estava em dúvida devido a minha insegurança — meu pai balança a cabeça concordando — Eles me acolheram no momento mais difícil, se preocuparam com meu bem estar, quando não tinham obrigação alguma. Eu não era problema deles, mas largaram tudo só pra me buscar, ao receberem a notícia.
— Realmente, sou obrigado a reconhecer — meu pai sorri — O que aconteceu pra acabar com sua insegurança?
— Uma conversa sincera, explicando seus motivos, então, eu percebi que foi tudo um mal entendido — digo — Eu ficarei aqui até sair o resultado do exame e resolver a documentação, enquanto isso, quero curtir bastante minha família de sangue ao lado da família do coração. Seokjin e Namjoon foram meus pais, quem me dava colo quando eu estava triste. São pessoas maravilhosas, eu tenho certeza que o senhor irá conhecê-los, não só os dois, mas a família toda.
— Eu tenho certeza que são ótimas pessoas! — meu pai diz — Eu compreendo, pois ninguém viajaria doze horas para buscar alguém que não ame. Eles provaram seu amor ao virem logo que avisei sobre o ocorrido. Agora me responde uma coisa — meu pai me abraça falando baixinho — Sua amiga é comprometida? Eu vi que ela não é marcada...
— Que eu saiba, não! — sorrio — Que tal perguntar pra ela?
Vemos Lalisa chegando na sala, parece que acabou de sair do banho. Como ela disse que sempre dorme no avião, dessa vez não deve ter sido diferente.
— Oi, minha linda! — meu pai levanta e Lalisa senta ao meu lado — Então, conversaram bastante!?
— Sim, ele me explicou tudo — digo fazendo um carinho em sua mão que está sobre a minha — Tenho outro assunto pra conversar com você — Lalisa me olha curiosa — Meu pai quer saber se você está solteira?
Olho pro meu pai que se levanta estendendo a mão para Lalisa — Agora seremos nós dois que iremos conversar — meu pai pisca pra nós — Me desejem sorte!
— Fight! - os meninos dizem em uníssono depois riem.
— Então quer dizer que você é minha cunhada? — Jisoo pergunta sentando-se ao meu lado — E eu querendo que você namorasse seu pai!?
— Eu não sei explicar, mas mesmo achando ele um homem muito bonito, eu não me senti atraída por ele, não dessa forma — digo — Eu me senti segura ao lado dele, protegida, tanto que em pouco tempo eu contei a ele o que estava acontecendo. Acho que é a tal ligação familiar, algo que eu não saberia explicar.
— Eu estava conversando com os meninos e nos sentimos do mesmo jeito em relação a você — Chanyeol diz — Ao te conhecer também senti que precisava te proteger. O Sr. Lee me pagava por fora pra contar tudo que você fazia fora da mansão, até sobre suas ligações telefônicas, mas eu nunca disse nada. Além de tudo que você fez por mim, eu sentia que deveria te proteger dele.
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Depois do jantar, fui me sentar no jardim, pensando sobre a conversa que tive com Jungkook. Aproveitando a noite numa temperatura agradável, o céu estrelado.
Saber que ele me ama, fez me sentir especial, diferente, aqueceu meu coração.
— Posso te fazer companhia? — olho para o lado vendo Jungkook — Ou você prefere ficar sozinha com seus pensamentos?
— Eu estava pensando no que conversamos — Jungkook senta ao meu lado — Estava tentando imaginar como será o futuro, mesmo sabendo que é impossível. Normalmente não sou tão ansiosa.
— Não nego que também estou ansioso — sorrio ao ouvi-lo — Eu esperei tanto tempo pra falar sobre meus sentimentos, que me tenho pressa pra saber como será daqui pra frente, principalmente pra saber como se sente em relação a mim.
— Eu sempre te achei muito bonito, mesmo com seu jeito sério e distante — digo — Quando se afastou de mim, eu senti sua falta, senti falta até da sua "bipolaridade" - digo a última parte sorrindo.
— Como assim, bipolaridade? — ele pergunta confuso.
— Pelo jeito que o senhor... Você, durante a conversa, mudava do suave para o frio do nada — ele sorri — Ou a forma que encerrava a conversa, simplesmente ficando em silêncio, se afastando.
— Além de eu ser um Lúpus, ainda havia uma luta interna — ele começa a explicar — Eu queria você, mas não podia me aproximar, não da maneira que eu realmente queria, então eu me afastava, para evitar problemas.
— Entendo — digo pensativa — Eu achava que você não se sentia bem perto de mim, me rejeitava de alguma forma, mesmo fazendo tudo que fez por mim, seu jeito de se manter distante e depois você sumiu, então pensei que não gostasse de mim, ou sei lá... Eu me sentia triste com isso.
— Eu não podia te falar, tinha medo de você não entender por ser uma criança — ele diz segurando meu queixo com suavidade me fazendo olhá-lo — Diante de tudo que você viveu, poderia entender de forma errada, mas de qualquer jeito, por eu não explicar, terminou te machucando.
Sinto nossos rostos se aproximando lentamente, enquanto nossos olhos estavam conectados, seus lábios tocam os meus delicadamente.
— Eu te amo Jimin, sempre te amei! — ele diz com seus lábios próximos aos meus — Ficar perto de você, sentindo seu cheiro, sem poder te beijar, pra mim é uma tortura.
Nossos lábios voltam a se encontrar, agora em um beijo suave que aos poucos vai ganhando intensidade.
Nosso primeiro beijo!
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𝘿𝙚𝙨𝙚𝙟𝙤 ( 𝙅𝙞𝙠𝙤𝙤𝙠 𝘼𝘽𝙊)
FanfictionLongfic. Jimin Fem. Início: 28/01/21 Terminada: 03/03/21 Uma vida de abandono e descuidos, deixou marcas profundas no coração da jovem Ômega. Aos dezesseis anos, se sentindo fraca, por não comer nada por dias, ao passar próximo a um pomar com muitas...