35° Titia é rica.

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Jughead cremou o pequeno corpo da Myera e fizemos um pequeno velório. As cinzas ficaram em uma urna tão cinza quanto era seu pelo e deixada em cima da lareira da sala de seu apartamento. O Don foi o que mais sentiu com a perda da irmã. Ele ficou entristecido pelos cantos e não queria comer e nem se divertia ao passear, que era o que ele mais gostava. Depois de duas semanas seu comportamento começou a normalizar, assim como o do Jughead.

Eu continuei vendendo drogas. Não precisei usar a arma e agradeço. Consertei o resto do meu Mustang. Agora tinha dinheiro pra comprar um apartamento e ainda viajar. Portanto, hoje será meu último dia naquela esquina nesse negócio e não vou precisar alongar esse tempo. Assim, não precisarei também contar a ninguém sobre essa parte da minha vida.

Daqui três semanas está marcada a data de morte do homem que tem a mesma doença que o Jughead, espero que dê tudo certo com a cura.

—...Ta, mas e como o resultado ficou esse? — Saio dos meus pensamentos com a Robin me cutucando.

— Ham?....— Lembro que estou ajudando ela em um tema. Passo a mão nos olhos. Ela coloca a caneta e o caderno de lado. Estavamos sentadas em um campo atrás de alguma fraternidade.

— Que foi, Betty? É a prova final? Relaxa que você vai passar, é mais inteligente que eu. — Me dá um cotovelada de brincadeira.

— Não é verdade, Robin. Você é inteligente. Só tem preguiça de pensar. — Sorrio. Abro a mochila e pego um beck que eu deveria vender, junto com um isqueiro.

— Que porra é essa? Desde quando você fuma sem ser em festas? — Fala indignada. Dou de ombros.

— Desde agora. — Coloco a ponta da seda na boca, mas logo é arremessada na grama e amassada com a sola do sapato. — Robin! Sabia que um desse, custa vinte dólares?

— Estou me fodendo. Pelo que você tinha me contado, seu ex não se deu bem com a maconha. Agora quer entrar nisso? Por que?

Respiro fundo e deito na grama estendendo meus braços e olhando o céu nublado.

— Sabe, eu me pergunto se é o meu destino fazer o que faço.... É muita besteira. Sério. — Mordo o lábio. — Essa louca sensação de fazer o que não pode deve ter vindo da parte do caralho do meu pai. Entrar no carro de um garoto que eu mau conhecia para invadir uma universidade, até a matar uns caras babacas.

— E você quer dizer o que com isso?

Levanto com um pulo e olho pro céu com as mãos na cintura.

— Que hoje é meu último dia no segundo emprego. Também o dia que eu vou ganhar a maior bolada da minha vida. Então é melhor começar cedo. — Pego minhas coisas e dou tchau pra Robin, que reclamou sobre eu não terminar de ajuda-la ou do que estava falando.

Resolvo matar a aula de hoje aproveitando que também era folga na confeitaria e vou direto ao encontro com aquela Gárgula da porra do inferno. Chegando no mesmo local embaixo do pontilhão da outra vez, lá estava ele escorado no concreto.

— Cicatriz de Sangue. — Se aproxima.

— Gárgula. — Ficamos frente a frente.

Ele me joga uma bolsa. Abro e vejo que tem três pacote de maconha lacrado com fita adesiva.

— Então o maior dinheiro que vou receber  é vender isso? Fácil. — Coloco dentro do carro.

— Não é tão simples assim, loira. — Sorri passando a mão na boca. — Não vai vender em becos. Um pacote vai ser levado a Indústria de Massa. O segundo ao Hospital Central e o terceiro até Michigan.

PRAZER MORTAL °RiverdaleOnde histórias criam vida. Descubra agora