15• Conflitos

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Eu tinha acabado de sair do banho rápido que eu tinha tomado. Suei bastante pela velocidade que subi a rua Grega com a caixa cheia de coisas. Coloco um vestido preto grudado que ia ate o joelho.

Mostro pro Uber a localização do cemitério que ia ocorrer o enterro e em poucos minutos eu estava lá. Muitas pessoas rodeavam o buraco no chão onde ia colocar o caixão que tinha ao lado. Elas estavam sentadas em cadeiras brancas dobráveis, algumas choravam e outros estavam sérios. Uma mulher dizia algumas palavras a todos. O ar do ambiente estava muito tenso. Procuro o Jughead e avisto o garoto. Estava sério, não com o que a moça falava, mas por que parecia que sua mente estava vagando por outro lugar. Sua mão estava guardando uma cadeira ao lado.

Passo entre as pessoas pedindo desculpas por tropeçar em suas pernas e pés. Seguro sua mão e finalmente sento na cadeira vaga.

- Pensei que não viria...- Ele fala baixo. Me olhava com o cenho franzido.

- Estou com você. - Digo no mesmo tom, sorrindo de boca fechada. O garoto levanta minha mão que segurava e dá um beijo nela.

Por incrível que pareça, muita gente gostava do senhor Jones. Ele parecia um cara legal e eu ia adorar te-lo conhecido. Muitas pessoas falavam em honra a ele e contavam lembranças felizes e faziam algumas piadinhas que os faziam tristes novamente.

- Você vai falar alguma coisa? - Pergunto pro Jughead. Ele nega.

- Não tenho nada o que falar pra essa gente que não conhecia F.P de verdade. Mesmo se tivesse, não falaria. Nunca gostei de me expressar...assim. - Me olha. Apenas concordo.

Jughead coloca a cabeça na curva do meu pescoço. Com a mão que passava por detrás dele, eu enfio em seus cabelos e faço movimentos leves, como se estivesse penteando com os dedos.

- Desculpa como eu agi mais cedo...- Seu hálito quente toca a pele do local.

- Foi o luto...- Olho pra ele por alguns segundos.- Você deveria aprender a controlar isso na hora pra não precisar pedir desculpas mais tarde.

- Eu sei...- Deposita um beijo no meu pescoço. - Betty eu te amo, mas eu cometi um pecado.

Me afasto um pouco para poder olhar seu rosto.

- Qual deles? - Meu sorriso some quando vejo que ele não estava pra brincadeiras. - Você roubou?

Seu maxilar trinca e olha pra frente.

- É complicado...melhor falar sobre isso depois...- Passa a lingua nos lábios.

Fico o resto do tempo me perguntando sobre o que ele iria falar e por que tinha uma expressão séria.

O funeral acabou já era noite. Eu queria ir embora, mas vários funcionários da Empresa ficaram insistindo para que fossemos na social que ia ter na mesma. Achei que Jughead ia recusar por também não gostar dessas coisas e que pudessemos ir conversar sobre o assunto de mais cedo, mas ele aceitou na segunda tentativa e eu por educação. O caminho foi em silêncio até o local. Chegando lá, todos estavam de preto, apenas os modelos mudavam. Champanha ou vinho circulavam pela grande sala, junto de pratos com frios.

-...Então, qual foi o seu pecado? - Pergunto quando ficamos sozinhos em um canto. Não responde. Respiro fundo e beberico o vinho. - Eu vou embora...

- Vou pegar mais vinho...- E sai do meu lado, sumindo entre as pessoas melancólicas. Não dá mais. Deixo meu copo em cima da lareira que tinha e ando pra fora daquela sala. Eu estava tão desconcentrada sobre as mil coisas que pensava, que só noto que trombei em uma garota quando ela já estava caída no chão. - Ai meu Deus...Desculpa, sério. Eu não te vi...

PRAZER MORTAL °RiverdaleOnde histórias criam vida. Descubra agora