Achamos nossa futura casa. (Mídia)
Era cara. Era chique. Era foda pra caralho. Digamos que ela saiu direto do pinterest.
Os vizinhos parecem ser amigáveis e nem um pouco psicopatas (nós checamos). Era em uma localização segura e seria ótimo, já que ficava também perto da minha faculdade e da destilaria do Jughead.
Depois de três dias arrumando tudo, nos mudamos finalmente. Compramos móveis e outras coisas pra nossa casa, só que iam levar alguns dias para chegar. Nela, tinha três quartos. Um pra mim e pro Jughead, outro pra Odette e mais um que seria pros gêmeos depois de um pouco crescidos.
Polly e eu conversamos mais cedo sobre tudo. Que ela estava em um vai-e-vem no relacionamento com o Archie e não saberia dizer se viria com ou sem ele no casamento. É até engraçado pensar que EU iria casar com ELE e só transar depois.
E aqui estava Elizabeth Cooper. Em um colchão no chão do quarto em cima do corpo nu do homem que iria me casar daqui uns dias. Os primeiros raios solares batiam no seu rosto, mas não tínhamos acabado de acordar.
— A Odette deve estar no vigésimo sono... — Sorrio contra seu peito.
— Culpa sua por ter apresentado aquele jogo pra ela. — Ele passa os dedos pela minha costa delicadamente. — Vamos acordar ela só daqui umas horas...
— Eu vou fazer o café da manhã. — Dou um beijo demorado em seu lábio e me levanto colocando uma blusa sua e uma calcinha.
— Eu queria ficar deitado o dia inteiro aqui. — Jughead diz com a voz rouca.
Don aparece correndo e pula em cima de seu corpo, fazendo o garoto fazer carinho em seu pelo cinza brilhante. Acabo rindo e vou em direção a cozinha.
— Você vai levantar daqui a pouco. — Falo mais alto para que ouça.
Faço o café e como um pedaço de bolo. Jughead acaba de sair do banho e me acompanha comendo. Fazemos piadinhas e rimos. Ao abrir o congelador para tirar alguma mistura para fazer no almoço, um pacote de camarões frescos acaba por cair em cima dos jornais de necessidade do Don, que até agora não haviam sido usados.
— Jughead, por que caralhos tem camarão na nossa geladeira? — Pergunto e pego. Eles tinham caido em cima de uma matéria que mostrava uma prisão e as reformas que estavam sendo feitas nelas. Era de ontem.
— Certamente por que eu comprei, não é? — Ele fala indiferente. Então sorri de canto. — Você pode não gostar de nada que venha do mar, mas eu sim.
— E a gente tem que mudar o lugar onde o Don faz as necessidades dele. Melhor lá fora. — Digo e amasso os jornais jogando no lixo.
Jughead vai até a sala e senta no sofá que tinhamos trazido do seu apartamento. Quando eu ia fazer menção de segui-lo, a campainha toca me parando no meio do caminho. Nos olhamos. Não esperávamos visitas. Não chamamos ninguém. E Carl e Enid entram como se a casa fosse deles. Passo a mão no cabelo e vou até a porta e abro ela, dando de cara com três policiais e duas viaturas no meu quintal.
— Oi...? — Arqueio uma sobrancelha.
— Elizabeth Cooper? — Um deles pergunta. Fico confusa. Olho pra trás ao ver que o Jughead se aproximava com as mesmas dúvidas que eu.
— Sim?... Sou eu. — Eles trocam olhares. O segundo policial tira uma algema do cinto e adentra minha casa indo pra cima de mim.
— Você esta presa por incêndio e tráfico de drogas, tudo que disser pode e será usado contra você no tribunal. — Sou virada brutalmente e meus pulsos apertados violentamente com as algemas. Eu estava sem palavras. Estava em choque. Mas Jughead xingava e gritava, desesperado.
Eu só queria dizer para ele que ficasse em silêncio. Odette dormia e sonhava com seus desenhos divertidos, não com a "mãe" sendo presa.
— .... QUE PORRA É ESSA... — Jughead corria me acompanhado enquanto eu era puxada e jogada dentro da viatura, como um pacote de merda que ninguém liga. A porta foi fechada e trancada. Jughead batia no vidro com seus olhos brilhando. — Não, não, não, Betty. Eu vou tirar você dai, eu vou dar um jeito nessa merda eu juro.
— Eu vou ficar bem. — Não sei se ele me ouviu, pelo jeito estranho que minha voz saia. Eu tinha vontade de chorar. — Cuida da Oddie. Eu te amo.
Mas a viatura já tinha partido. Eu já havia passado por isso antes. Os policiais. As algemas. Mas agora eu estava sozinha para encarar os crimes que eu mesma cometi. Olho pra trás vendo o Jughead parado me encarando com as mãos na cabeça, angustiado.
***
São vinte e um anos. Eu fiz as contas.
São quinze anos por tráfico e mais seis por incêndio.
Passei horas na cadeia antes da minha sentença e só pensava em quem tinha sido. Como? Tudo estava indo bem. Seria uma conversa longa com o advogado. Meus pensamentos estavam a 100 km/h.
Eu iria para a prisão?
Eu ficaria em prisão domiciliar novamente?
Putz, eu estava grávida. Se eu ficar todo esse tempo presa, eles iriam nascer na prisão e serão tirados de mim?
Oh, Jughear. Meu Jughead. Deve estar tão preocupado. A mulher dele foi presa poucos dias antes do casamento, logo após de adotarem uma criança e comprarem uma casa. Lágrimas escorrem desesperadas e tristes pelas minhas bochechas.
Nesse momento, todos já devem estar sabendo da notícia. Que porra.
" O camarão vai decidir para onde você irá".Essas palavras rondam minha cabeça. Acabo rindo alto e sarcasticamente, limpo minhas lágrimas
— Ta rindo do que, loira? — Uma garota da outra cela pergunta.
— Eu pensei que videntes eram uma farsa para ganhar dinheiro de pessoas idiotas. — Rio ainda mais e depois acabo chorando. No fundo eu sabia qual seria o resultado da sentença.
E dessa vez não existiria casas de luxo ou um parceiro gostoso que eu estaria apaixonada.
Maldito Karma.
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Oieee, caso vcs não viram, vou colocar aqui também.
Eu recebo várias criticas em relação ao relacionamento deles e eu sei sobre isso, não precisam ficar dizendo. Por isso eu coloquei aquele "aviso" antes dos primeiros capítulos. Mas vcs que gostam, votem e comentem🥰
Bye Bye 💥
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PRAZER MORTAL °Riverdale
Fanfic{NECESSÁRIO LER PRAZER FATAL ANTES} Betty e Jughead finalmente chegam a Chicago.O que eles não sabem, é que terão que enfrentar novas paixões, traições, a fraternidade e as festas....e que é a vez dela de o ensinar a transar, com sua nova sede por s...