5• Boatos

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Depois de ter passado a noite no meu antigo quarto, me levanto indo a cozinha, sabendo que o café da manhã já estaria pronto.

— Bom Dia, Senhor Jay.— Uma empregada, da minha idade e que nunca vi, sorri colocando café em minha xícara.

—Por que casete o Jay? — Respiro fundo.— Jughead.Me chame de Jughead.

Ela ainda sorria.Arqueio a sobrancelha.Certeza que foi paga pra rir atoa.

—Não adianta descontar sua fúria na Winnie.—Meu pai aparece colocando a mão no ombra da mulher loira.— Seja bonzinho e não fale palavrão.

— Você ta transando com ela? — Falo calmamente e olho pra garota que tinha engasgado.— Sem querer ser grosso.

— Jughead, eu não transo com todas as empregadas.— Ele se senta na mesa, todo arrumado com seu terno e começa a tomar café.Faço o mesmo.A garota parecia ter ficado triste.

Depois de comer, tomar um longo banho quente e sair da minha antiga casa, chego finalmente na Alpha Gamma Delta e resolvo entrar antes de ir pro dormitório.Preciso repassar meu discurso.

—O turista apareceu.Pelo visto a noite foi longa.— Jensen fala do sofá.Finjo que nem ouvi.— Se você foi rápido em arrumar outra, sua mina foi o flash.

Volto dois passos, para que eu possa o ver no sofá com o controle do xbox na mão.

—O que você quer dizer com isso? — Franzo as sobrancelhas.

—Ontem, quando saiu correndo daqui e não apareceu na festa, pensei que tinha arrumado outra.— Faz som de raiva.— Droga, morri.Na festa, a loira ficou com um homem no escritório e depois vi ela saindo da boate com ele.

Fico paralisado e meu corpo fica pesado do nada.Eu não estou entendendo....a Betty ficou com outro?

—Que porra você ta falando? — Dou passos largos até o sofá.

—Ué cara.Eu somei A mais B.— Me olha com a sobrancelha arqueada.— Vocês não terminaram ontem? Pela cara dela...

Sem pensar eu dou um soco no seu queixo e seguro a blusa.

— Quem é o cara? — Falo entre dentes.

Jensen me empurra, mas meu aperto era muito forte na camisa.

—Eu não sei, me larga caralho.Não tenho nada haver com isso, até te contei...

Fico com raiva e saio com o sangue fervendo.Vou direto pro dormitório e quando chego no quarto dela, abro com tudo revelando uma menina morena de toalha.Ela da um grito e tampa o corpo.

—O que? Quem é você? — Olho no quarto e as coisas da Betty não estavam ali.

—SAI DO MEU QUARTO.— Grita tão agudo que doi meus ouvidos.

—Que porra seu quarto, maluca.Cade a garota loira que dorme aqui?— Me olha como se fosse louco.— Tem cabelo curto...

—A da cicatriz...— Parece se lembrar.— Entrou pra irmandade...

O que?

Abandono a garota e corro de volta pra rua grega.Merda, esqueci de perguntar pra qual ela entrou...Eu nem sabia que ela tinha conseguido entrar...Sorrio, lembrando do dia da iniciação.Não.Foco.

Vejo aquele nerd acelerado.

—Ei, você viu a Betty?— Seguro seus ombros.Sou retribuído com um olhar estranho.

—A da cicatriz? Não sei, a última vez que a vi foi na boate com um cara.Ah e um segurança...bom, depois outro cara...— Arregalo os olhos.

— TEM TRÊS CARAS? — Respiro fundo me acalmando.Eu não acredito que ela fez isso comigo.— Que casa ela ta?

PRAZER MORTAL °RiverdaleOnde histórias criam vida. Descubra agora