33° Cicatriz de Sangue

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Jughead e eu corremos e ascendemos as luzes, depois deslizamos a grande porta de aço para o lado para revelar uma Enid de braços cruzados.

— Que porra você ta fazendo, Parker? — Jughead se escora na porta.

— Ouvi vocês cochichando atrás da porta e não vieram abrir a porta. Imagina se eu estivesse morrendo?

— Por isso abrimos quando você gritou. — Dou de ombros. — Ta fazendo o que aqui?

Ela boceja ao passar pela gente. Vejo que no corredor, varias pessoas de pijama estavam fora de seus quartos nos olhando com a testa franzida e alguns sentados no chão parecendo acordados a mais tempo.

— Não se preocupem, ela tem problemas leves. — Sorrio pra eles e puxo o Jughead pra dentro e tranco a porta. Lanço um olhar a minha bolsa.

— Cadê meu sobrinho? — O garoto joga a camisinha no lixo.

— Ah, sei lá. Deve estar com o Carl ou com a Robin. Ou com os dois, eles andam juntos ultimamente. — A morena se joga no sofá e respira fundo.

— Isso é uma mãe exemplar. — Sorrio de canto. — Mas por que não está na casa nova que alugou?

— Por que a Enid adora encher nosso saco em plena três horas da manhã. — Jughead sobe as escadas.

— Eu fui inventar de ter um encontro com o cara do tinder, por isso pedi pro Carl ou a Robin cuidarem do Charlie. Não, nem peça detalhes. Foi uma merda. O cara só falava "Aham", "Ah" ou "Legal Hein". Fiquei com preguiça de caminhar até minha casa e aqui é mais perto pra passar a noite... Eu não sei se é os hormônios, mas estou sentindo cheiro de sexo....

Balanço a cabeça olhando pros lados. — Ah, não sei...

— VAGABUNDA...— Ela sorri se jogando pra trás, finalmente entendendo. — Eu sabia. EU SABIA.

— Cala boca e vai dormir, Enid. — Rio. Abro o banheiro e solto o Don que depois de me lamber vai pra caminha com a Myera.—  Eu te jogo umas cobertas do Jughead lá de cima.

***

— Então é aqui? — Pergunto no outro dia de manhã, em frente ao galpão que o pai do Jughead deixou pra ele.

O dia estava um pouco nublado e o vento frio era de arrepiar, por isso roubei um moletom do Jones que era preto. Meus Jeans eram cinzas, assim como o tênis. Minha mochila estava nas costas com as paradas que eu tinha que vender depois de sair desse lugar. Tinha várias indústrias nessa rua e todas pareciam vazias ou com operarios do lado de dentro. O galpão era de um azul desbotado e um grande portão fechado branco. Eu filmava para meu canal no YT da QueenB.

— Seu pai deve ter comido a Winnie aqui. — Enid faz cara feia pro local acabado. Ela também tinha pegado um moletom branco do Jughead, mas usava o shorts pretos de ontem.

— Se aquela desastrada tivesse vindo aqui, teria morrido. — O garoto fala rodando as chaves nas mãos.

— Acho que isso teria poupado grandes desastres. — Carl diz saindo de dentro do Uber. Robin desce com o bebê Charlie nos braços.— E calem a boca, a gente veio por que o tedio estava enorme.

— Mas a sua aula já começou...— Sorrio colocando a mão na cintura.

— Não é a questão... — Carl se vira pra Robin. — Se der merda, você dá fuga com o bebê. Fechou?

— Eu saio mais rapido que o flash. — Ela sorri. — Mais é melhor não rolar morte igual a outra vez.

— Se a gente trombar algum porra louca e eles vierem para o ataque, a gente desce neles. — Digo e Olho pra cada um deles que concordam.

PRAZER MORTAL °RiverdaleOnde histórias criam vida. Descubra agora