8.

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Subestimado.- Revisada.

Ele voltou bruscamente e me avisou que alguém estava se aproximando. Apontei para cima, havia uma tubulação acima de nós. Ele fez um sinal de positivo com a cabeça.

Institivamente ele me levantou e eu abri a portinha.

-Sobe.- Ele sussurrou.

-Vai primeiro, você sabe o caminho.- Respondi.

 Ele concordou e me desceu. Ofereci apoio em vão, quando vi ele estava sozinho usando apenas a parede de apoio com um impulso ele já estava dentro da tubulação me estendendo a mão. Por não ter muito tempo para fazer o mesmo segurei em sua mão e ele me puxou para si rapidamente. Ele foi engatinhando até um entroncamento de tubulações.

-Acho que a cozinha é pra lá.- Sussurrei.

-Não, tem uma decida reta pra lá.- Ele respondeu olhando para frente.

-Desci ali, pode dar em algum quarto.- Ele saiu da minha frente me dando passagem.

- Frouxo..- Resmunguei baixinho.

Quando cheguei no final da tubulação tinha um corredor vazio. Tirei os parafusos pelo lado de dentro e abaixei metade do meu corpo para conferir.

-Tá limpo.- Quando olhei para trás ele não estava mais lá.

A decida era alta para a minha altura, não a dele. Quando cogitei a possibilidade de descer e me soltar senti as mãos de alguém me segurando.

-AH. - Ameacei em seguida ele tampou minha boca, me desceu e fez um "Shiu" com um dedo na frente da boca ainda me segurando com o outro braço. Confirmei com a cabeça e ele me soltou.

-Seu idiota, por onde você passou?- Bati nele e sai andando.

-Está agindo como a minha esposa de novo.- Virei para trás e o perfurei com os olhos, lá estava ele  andando graciosamente atrás de mim com as mãos nos bolsos.

-Por ironia do destino essa noite eu sou ela.- Respondi sarcasticamente, ele esboçou um sorriso de canto de boca.

Ao final do corredor demos de cara com uma escada. Subimos dois andares e chegamos onde deveríamos, o andar do quarto deles. Enquanto andávamos para o quarto escutei passos, ele também percebeu e mesmo assim manteve o ritmo dos passos.

-Me desculpem mais vocês não podem ficar aqui.- Um segurança disse se aproximando.

-Me desculpe mais eu não conheço essa senhorita.- Tomas disse sínico e confiante.

-Muito menos eu esse senhor, tenho permissão para estar aqui. Vou deixar isso aqui no quarto da senhora da festa.- Levantei a maleta.

-A senhorita tem uma credencial?- Ele questionou sério.

-Tenho sim.- Tirei a credencial do bolso esquerdo e encarei Tomas, eu havia colocado um no dele também. 

Enquanto o segurança estava conferindo o meu Tomas tinha que bolar um plano. O segurança se distraiu comparando em seu tablet, apontei para a logo no tablet e Tomas entendeu na hora.

-Está tudo certo, a Miriam emprestou tanto esse cartão hoje que fica até difícil de acompanhar.-ele disse mais tranquilo.

-Pois é, muito obrigada. Eu volto logo.- Respondi sorrindo.

Ele acenou e eu sai de cena.

Entrei no quarto e marquei o tempo no cronometro do celular, se ele não estivesse na porta em cinco minutos eu teria que sair sozinha de lá.

Zona de GuerraOnde histórias criam vida. Descubra agora