Zona de Guerra

7.

Evasão. - Revisada

-Chegamos. -Mitch disse a primeira palavra desde que entramos no carro, o clima era tenso e ansioso. Tudo podia acontecer.

Ele saiu do carro arrumou o paletó enquanto dava a volta no carro. Quando chegou na minha porta ele a abriu para mim e estendeu sua mão, o fite e respirei fundo sentindo uma pontada de adrenalina correr meu pelo meu corpo quando segurei em sua mão para sair do carro. Da última vez que ele esteve tão perto tinha uma faca contra o meu pescoço. Olhei no fundo de seus olhos e sai do carro abrindo um sorriso amigável.

Ergui a cabeça e fui atingida por diversos flashes, era realmente um evento grandioso. Senti a mão de Tomas na minha cintura e seu corpo ao lado do meu.

-Pronta? -Ele disse baixinho no meu ouvido enquanto em seu rosto tinha um sorriso estampado.

-Não temos essa opção. -Sorri de volta.

-E assim que fica mais divertido. -Ele me guiou até a porta do evento.

-Nomes por favor.-Disse a mulher muito bem arrumada na porta do evento, ela tinha a lista completa com todos os nomes. Sem contar que estava acompanhada de quatro seguranças.

-Senhor e Senhora Duncan. -Ele respondeu firme e confiante.

-Sejam bem-vindos e tenham uma ótima noite senhor e senhora Duncan. -Ela disse amistosamente colocando uma pulseira preta em meu pulso e no de Tomas.

-O mesmo para a senhorita. -Tomas sorriu para a mulher que eu vi perder o fôlego por alguns segundos.

Entramos pelas grandes portas douradas.

- Que comece a diversão. -Ele pegou duas taças de champanhe.

-Eu não fazia ideia dos seus dotes. -Peguei a taça.

-Você não sabe de tudo, senhora Duncan. -Ele sussurrou nosso sobrenome falso como em um suspiro.

-Eu sei o que precisamos fazer agora. -Respondi dando um leve gole no champanhe.

-Touche... -Ele deu um gole.

Era perceptível que estávamos sobre diversos olhares curiosos.

-Precisamos ficar mais próximos. -falei baixo, no mesmo instante ele me puxou pela cintura fingindo rir de alguma coisa e se abaixou na altura do meu ouvido.

-Pensei que não ligasse para os olhares curiosos. -Ironicamente ele estava certo.

-Na missão qualquer detalhe conta. -Sorri e coloquei minha mão em seu peito, ele assentiu rindo da situação. -Você também não sabe tudo. - O encarei.

-Por onde começamos? - Entramos um mais fundo no evento, ele me guiava.

-Aqui, você vai me encontrar no quarto andar em 20 minutos. -falei encarando seu relógio de pulso.

-Você não tem relógio. - Estávamos longe o suficiente dos olhos curiosos.

-Não se preocupa comigo, eu dou meu jeito. -Encarei o grande relógio de madeira no meio do salão que faria parte do leilão milionário.

-E se você não aparecer. -O interrompi quando escutei passos de alguém se aproximando.

-Você segue com a compra das joias e me encontra no champanhe meu amor... Não esquece do coração de ouro. -Arrumei sua gravata tentando disfarçar, por sorte ela estava realmente torta.

-Tudo bem, te encontro lá meu bem. -Tomas forjou um Celinho de canto de boca e saiu de lá, a moça da assessoria passou por mim indo para o banheiro. Fui em direção ao salão.