Capítulo 16

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Demorei? Desculpa mesmo, precisei viajar para o interior, fazia um tempo que não via o meu pai, vocês entendem, sim?
Esse capítulo vai fazer vocês me perdoarem pela demora, prometo.
Boa leitura, beijão ❤️

Cecília

Theodor estava sentado na cama me observando calçar as botas, o tempo estava esfriando, nada de rasteirinhas pra mim.
Ele não estava feliz com a nossa saída para encontrar Miriam e Gabriel.

- voltaremos em duas horas, é um tempo razoável para vocês conversarem.

- tudo bem - falei me levantando.

- preciso te alertar sobre alguma coisa?

Respirei fundo.

- não, eu não vou falar nada, você não precisa se preocupar.

Estava cansada de suas ameaças não faladas, era óbvio que ele não precisava me alertar, eu já estava nervosa o suficiente, já tinha medos demais.

- você está bem agasalhada?

Assenti e analisei suas roupas. Theodor estava com uma calça jeans preta, uma camisa preta e um sobretudo de lona. Ele parecia ainda maior dentro daquelas roupas.

- estou pronta.

Falei pegando minha bolsa.

Ele se levantou, caminhou até a sua mala, meu corpo gelou ao ver Theodor pegar sua arma. Ele se ergueu colocando a arma no cós a escondendo sob sua camisa.

- vamos.

Ele se aproximou tomando minha mão na sua.

- você está gelada, acho melhor colocar outro casaco.

Neguei com um movimento de cabeça.

- não faça nada com os meus amigos, por favor Theodor.

Ele me virou, colocou uma de suas mãos na lateral do meu rosto. Seu olhar atento.

- sou apenas o seu namorado, você estará indo me apresentar a eles, mostrará que está perdidamente apaixonada, eu serei o cara sortudo ao seu lado, àquele cara bobo que veio de Fortaleza apenas para conhecer as pessoas que você ama - ele se aproximou, se abaixou ficando na minha altura - você pode fazer isso, Cecília?

Apenas assenti incapaz de falar tendo ele tão perto. Theodor puxou meu rosto e me beijou, foi um beijo suave, delicado, sua língua apenas provando meus lábios.

Ele encerrou o beijo, sua mão continuou em meu rosto.

- você me ama.

- o quê?

Perguntei aturdida.

Theodor sorriu.

- você precisa repetir isso para não surtar quando sua amiga perguntar, ela já fez essa pergunta por mensagem e eu respondi que sim.

Me afastei sentindo meu corpo ser tomado por raiva, frustração e outros sentimentos.

- você não tinha o direito, você é - olhei pra ele, Theodor tinha seus braços cruzados sobre o peito, seu olhar me desafiando - o que você ganha com isso? Por que perder tempo respondendo minhas mensagens, postando fotos e fazendo todas essas merdas que você faz? Isso é ridículo - falei andando em direção a porta do banheiro, eu nem sabia por que estava indo pra lá, então voltei, Theodor tinha seu olhar sobre mim - é um tipo de diversão doentia pra você? Foder a minha vida de todas as formas, essa loucura toda te satisfaz em que, pelo amor de Deus?

Ele só ficou lá, me olhando como se eu estivesse falando besteira, ele parecia irritado.

- venha aqui.

Aprisionando PássarosOnde histórias criam vida. Descubra agora