Capítulo 26

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Espero que gostem, eu amei escrever.

Cecília

— isso não pode ser real!

Falei enquanto caminhava entre o corredor de girassóis. Theodor estava bem atrás de mim.
Foi uma surpresa absurdamente agradável quando Theodor me disse que estaríamos seguindo para Mato Grosso do Sul de carro, tentei reprimir meu entusiasmo, mas me vi pulando em seu corpo quando ele me disse.

Estávamos dirigindo a oito horas quando avistei o cultivo dos girassóis, Theodor parou no acostamento e aqui estávamos.

— é perfeito.

Falei sorrindo, me virei e flagrei
Theodor olhando para a tela do celular, ele estava sorrindo e eu tentei não pensar muito em como ele estava lindo, suas tatuagens estavam visíveis por conta da regata preta, ele também estava com uma calça moletom e chinelos, tão bonito.
Seus cabelos estavam bagunçados por conta do vento da estrada, ele parecia um homem normal, aqueles de história fácil, um homem simples, leve.

— você é perfeita, Cecília.

Não havia carranca ou olhar cínico, não havia expressão entediada ou sua habitual expressão sombria, não, havia admiração e um sorriso arrebatador.
Mudei o foco dos meus pensamentos.

— o que está fazendo?

Perguntei mesmo notando que ele estava me fotografando.

— registrando esse momento.

Ele falou o óbvio, sorri tentando não pensar mais uma vez em sua expressão relaxada.

— gostaria que eu tirasse uma foto sua?

Perguntei e ele negou com um movimento de cabeça.

— quero uma foto nossa, venha aqui.

Ele falou por fim.

— para postar no meu Instagram?

Perguntei meio tímida, não sabia por que estava me sentindo estranhamente ansiosa em estar com ele a sós, ele não parecia o mesmo Theodor poderoso, havia um sentimento de normalidade, talvez fosse a ausência dos seus capangas ou o fato dele estar fazendo essa viagem de carro comigo, talvez fosse tudo.

Ele sorriu.

— também.

Assenti me aproximando dele. Theodor abraçou minha cintura, estávamos olhando para a tela, eu o vi sorrir e então ele se virou para mim tomando meus lábios em um selinho.

O selinho se transformou em um beijo lento, até que estávamos aprofundando para um beijo intenso. Theodor tinha suas mãos em minha bunda, me trazendo para mais perto, quando dei por mim estávamos moendo nosso quadril em busca de alívio.

— ei, aqui não é lugar para isso!

Ouvimos uma voz ao longe.
Nos afastamos sorrindo, então eu me vi correndo entre os girassóis em direção a estrada. Theodor me seguia e eu juro, podia ouvir ele sorrindo atrás de mim.

Alcançamos o carro e eu estava arfando em busca de oxigênio. Me encostei na lateral do carro, Theodor estava a minha frente. Me inclinei olhando em seu rosto, ele estava sorrindo.

— por que você correu?

Ele perguntou retirando o cabelo do meu rosto.

— não sei, foi um movimento impensado - sorri com vergonha.

— você está vermelha, tão bonita.

Meu rosto esquentou ainda mais.

— vai escurecer em breve - falei mudando o foco da conversa — você pretende passar a noite na estrada, podemos revezar no volante ou podemos parar no próximo posto com motel.

Aprisionando PássarosOnde histórias criam vida. Descubra agora