Capítulo 50

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Demorei e eu sempre tenho motivos justificáveis, mas peço desculpas de qualquer forma.
Espero que gostem desse capítulo, ele tem todo o meu coração em cada linha.
Um beijo e estarei disponível para responder aos seus comentários e dúvidas.
♥️

Cecília

— você pinta, aí meu Deus!

Sorri colocando a paleta na cadeira, tinha passado boa parte da tarde pintando no meu antigo quarto.

— um pouco.

— há, tá doida! Isso tá perfeito, você deveria fazer você também.

— depois eu faço outro, no momento quero retratar pai e filha, eu meio que estou com a imagem dos dois na minha cabeça e preciso colocar na tela.

Duda assentiu.

— vou virar de frente para a parede, é uma surpresa para Theodor.

Duda me ajudou a virar o cavalete.

— você é uma mulher interessante, puta merda, sabe que eu sou bi, né?

— tá falando sério?

Ela negou com um movimento de cabeça então soltou uma gargalhada.

— mas olha que pra você eu abro uma excessão.

Sorri observando ela enxugar o canto dos olhos.

— precisava ver sua cara quando eu disse que era bi.

— pelo amor de Deus, não tenho nada contra, mas não faz essa brincadeira perto de Theodor, senão ele vai inventar de sentir ciúmes e eu não quero perder você.

— eu sei, já vejo ele me olhando com aquela cara assassina só por ser sua amiga.

Assenti.

— ele é irracional as vezes.

Ela concordou.

— então, mudando o foco da conversa, como está se saindo com Pedro?

Ela sentou na ponta da cama, parecia chateada e eu limpei minhas mãos no pano indo me sentar ao seu lado.

— nós conversamos, eu meio que barrei a passagem dele e eu sei, eu sei, foi burrice, mas ele foi muito educado, me perguntou se eu precisava de algo, acredita?

— e você?

Ela escondeu o rosto entre as mãos.

— eu caí na idiotice romantizada de dizer sim, preciso de você!

Então ela se deitou dramaticamente na cama.

— ele riu e balançou a cabeça, eu acho que ele está rindo até agora.

— mas ele disse alguma coisa depois da sua declaração?

— ele disse, abre aspas, você é uma mulher muito bonita, não pense que não me agrada, mas as normas não permitem relacionamento entre funcionários.

— isso é sério?

— uhum, eu não lembro de ler isso no contrato, mas eu também não li muito.

Bati na coxa dela.

— você só assinou um contrato para uma organização criminosa e não leu todas as cláusulas?

— bom, eu sei o básico, tipo o termo de confidencialidade, multa de dois milhões de reais caso eu quebre qualquer acordo...

— dois milhões?

Ela assentiu.

— mas nós sabemos que a palavra morte está implícita em cada linha, então eu não me preocupei em ler o resto. Contrato maldito, regra desgraçada.

Aprisionando PássarosOnde histórias criam vida. Descubra agora