Aprisionando Pássaros

Capítulo 29

Oi, como estão? Mais um capítulo, espero que gostem. Boa leitura ❤️

                      SEIS MESES

Cecília

Meus músculos estavam reclamando, só mais seis repetições e estava feito, eu ouvia os sons dos punhos de Theodor contra o saco de pancadas, mais duas repetições, uma e chega de treino para mim.

Peguei a garrafa de água e me virei para observar uma das cenas mais interessantes do meu dia. Sim, estava falando de Theodor, ver ele pegando peso, se movendo em seus exercícios, ou socando aquele saco de pancadas era um afrodisíaco potente para o meu dia.
Ele estava sem camisa, banhado de suor, bonito demais para o meu autocontrole.

— continue me olhando dessa forma e eu vou te foder contra o tatame.

Seu tom era divertido, mas havia aquela intensidade rouca afetada.
Sorri caminhando em sua direção.

— não seria a primeira vez.

Ele parou quando me aproximei ficando a um passo seguro, suas costas relaxando antes de se virar, seu olhar escuro estava sobre o meu.

— suas costas ficaram vermelhas da última vez.

Sorri dando de ombros.

Seus braços estavam ao meu redor antes que eu conseguisse prever seu movimento.
Ele sorriu daquele jeito cínico me deixando mais afetada que o normal.

— minha Cecília, dessa vez não diga que não avisei.

Theodor me tirou do chão, envolvi os braços e pernas ao seu redor, seus lábios vieram sobre os meus.

Momentos depois estávamos no chão, não havia necessidade de preliminares, eu já estava ligada a muito tempo. Theodor me fodeu contra o tatame, forte, duro, áspero, nós gozamos juntos.
Foi intenso como todas as vezes.

Theodor ainda estava dentro de mim. Ele tomou seu tempo me beijando de forma lenta. Emoções desconhecidas passando em seu olhar quando se afastou e ficou me olhando.

— machuquei você?

Toquei seu rosto perfeito.

— não, eu amo ter você dentro de mim, não importa onde.

Falei arrastando minha mão em sua barba áspera. Theodor fechou os olhos por alguns segundos, então os abriu, uma imensidão de intensidade naqueles olhos negros.

— amo estar dentro de você, isso pode me fazer inconsequente, mais que o normal, preciso que me impeça quando não for bom ou confortável para você.

Meu coração batia como louco quando ele falava assim, por dias me pegava refletindo sobre seus cuidados comigo, eu não queria confundir as coisas, mas Theodor era tão carinhoso, do seu modo ele me fazia sentir tão querida. Theodor me fazia sentir coisas que eu não deveria. Retirei minha mão de seu rosto, o momento ganhando a familiar fisgada da estranheza.

— é sempre muito bom para mim.

Falei e forcei um sorriso para não deixar transparecer minha mudança de clima, mas ele sabia, seu olhar estreitando com o reconhecimento.

— pare de analisar tudo.

Ele não parecia aborrecido quando me ajudou a levantar.

— desculpe - me senti idiota em pedir desculpas.

Ele tocou a lateral do meu rosto, deslizando até minha nuca. Theodor colou nossas testas, uma respiração longa até dizer as palavras.

— você se sente bem em meus braços, sei disso, Cecília, vamos apenas viver o hoje, não pense em nada além de nós.