13. Não temos o que conversar

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— Hoje vai ser tão incrível! — Casey rodopia no meio do meu quarto, com um sorriso de orelha a orelha

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— Hoje vai ser tão incrível! — Casey rodopia no meio do meu quarto, com um sorriso de orelha a orelha.

Olho para o meu celular, pensando incansavelmente se eu devia mandar uma mensagem para Preston perguntando se ele estava bem ou me justificando por eu sair de sua casa seis horas da manhã na quinta-feira.

— Por que parece que você não estar tão animada como eu? — minha amiga cai sentada no colchão, fazendo a cama ranger em protesto pelo peso inesperado que cai sobre ela.

— Ãhn... — bloqueio meu celular, o jogando em um canto qualquer — não, eu estou animada, mas... não tanto porque é a primeira apresentação das animadoras que eu não vou participar.

Finalmente o jogo mais esperado pelos estudantes de Winterfell iria se realizar essa noite e todos estavam completamente eufóricos e ansiosos para ver nossa escola jogar contra os Warrior's, um dos maiores times de beisebol da California.

— Ai, Audrey — pousa seu braço ao redor de meus ombros — sinto muito por tudo o ocorreu. Brenden deveria ser desclassificado do jogo também, não acha? Isso é culpa dele.

— Ninguém acredita em mim, Casey. Iria precisar de provas para fazer a acusação.

— Isso é ridículo! — se afasta de mim, se levantando — ele não sofreu consequência alguma e ainda vai jogar essa noite?! — seu tom sai extremamente irritado, enquanto anda de um lado para o outro.

— Não adianta se estressar com isso, não vai ajudar em nada. — Me levanto, passando as mãos nos cabelos.

— É, você tem razão — suspira, se sentando novamente — mas você pelo menos vai? — olho para ela com uma feição duvidosa. Não sabia se eu deveria ir. — Quero que esteja lá para me ver fazendo o salto que vou dedicar exclusivamente a você. — Comenta e eu sorrio fraco.

— Sei que quer, mas... — olho para minhas mãos, pensando em como dizer o que queria sem fazer Casey surtar — meus remédios acabaram. — Não tenho coragem de olhar nos olhos da garota que permanece sentada na minha cama, mas o silêncio perturbador que paira sobre o quarto, me obriga a encará-la.

Casey estar imóvel, me olhando como se ainda tentasse compreender o que eu estava querendo dizer.

— E o que isso tem a ver com o jogo? — desvio os olhos para a janela, fingindo ver algo de interessante do lado de fora e evitando o olhar de desapontamento da garota — Audrey me diga que não é isso que eu estou pensando? — se levanta dando a volta na cama e se aproximando de mim — estar viciada naqueles remédios? — mordo os lábios fortemente, me forçando a olhá-la e meu silêncio denuncia a concordância com sua pergunta — eu sabia — sussurra, dando leves passos para trás.— Falei para você aquele dia que não estava certo se automedicar daquele jeito!

— Eu sei...

— E mesmo assim continuou!

— Eu não preciso de sermão agora Casey. Preciso de remédios.

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