22. Pensei que ainda gostava de mim

5.2K 479 258
                                    

A porta do elevador se funde assim que digito o décimo andar

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

A porta do elevador se funde assim que digito o décimo andar. Me encosto na parede de metal atrás de mim, encarando os blocos de luzes brancas no teto e respiro fundo.

Tudo está um caos.

Tudo começou com o abuso que Lizzie sofreu e desde então vive a base de remédios e tem medo de ficar sozinha nem que seja por apenas cinco minutos.

Depois, com Candice me abordando na festa de Casey dizendo sobre sua gravidez e a possibilidade de eu ser o pai da criança.

Porra eu não estou conseguindo lidar com a minha vida agora, quem dirá com um bebê envolvido nisso tudo.

E agora descubro que o desgraçado do Anthony está se envolvendo aos poucos na vida da loirinha como se fosse o ser humano mais bondoso do mundo.

Eu preciso fazer algo.

Audrey disse que ele jantaria na sua casa hoje à noite e sinto um certo medo disso. Eu não sei o que se passa na cabeça de Anthony, o que me faz temer pela Hayes.

Ele poderia machucá-la assim como fez com sua própria filha.

Meu coração se acelera com a possibilidade de algo acontecer com Audrey.

As portas de aço se abrem e eu prontamente saio do pequeno cubículo, me desviando de duas garotas que estavam à espera do elevador.

Retiro as chaves do bolso e destranco a porta, pendendo a maçaneta para baixo.

— Que bom que chegou, cara. — Tyson vem apressado do corredor.

Fecho a porta e encaro seu rosto, que transmite desespero.

— O que houve?

— É a Lizzie.

Meu sangue congela de imediato.

— O que aconteceu com ela? — me aproximo em passos rápidos.

— Eu não sei eu... — esfrega a testa, nervoso. — Eu estava no meu quarto e ela acordou gritando e agora não para de chorar.

— Droga Tyson e por que não me ligou? — pergunto um tanto que irritado, enquanto caminho em passos duros até o quarto.

— Qual é, eu estava desesperado demais para pensar. — Tenta se justificar, caminhando atrás de mim.

— Me deixa sozinho com ela. — Paro em frente a porta fechada e ele anui. — E liga para o Peter. Pede para ele vir para cá.

— Acha que ele vem?

— Se fosse eu ligando com certeza não, mas é você.

Ele assente já com o celular em mãos e volta para a sala.

Pego a chave reserva do quarto do bolso, ao notar que a maçaneta estava trancada e abro a porta vagarosamente, sentindo um certo medo do que eu encontraria por detrás dela.

Mais De VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora